Kambuzia Partovi, um dos cineastas mais influentes do cinema iraniano, foi premiado com um Leão de Ouro no Festival de Veneza

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Kambuzia Partovi (1956 – 2020), roteirista e diretor de cinema iraniano

 

 

 

Kambuzia Partovi venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim de 2013. (Imagem: JOHN MACDOUGALL/AFP)

 

 

Partovi, um dos cineastas mais influentes do cinema iraniano

 

 

Kambuzia Partovi (Rasht, no norte do Irã, 11 de novembro de 1955 – Teerã, 24 de novembro de 2020), diretor de cinema, foi um dos ‘cineastas mais influentes do cinema infantil iraniano’, foi roteirista do único filme iraniano premiado com um Leão de Ouro no Festival de Veneza.

 

O diretor de cinema, roteirista do único filme iraniano que ganhou um Leão de Ouro em Veneza, ganhou quatro prêmios de melhor roteiro no festival Fajr de Teerã, o maior número de prêmios entre seus pares.

 

Também escreveu o roteiro do filme épico de 2015 “Muhammad”, o mais caro da história do cinema iraniano. Este filme biográfico, que retrata a infância do profeta muçulmano, foi criticado como um “ato hostil” e uma “distorção do islã” pelo máximo clérigo da Arábia Saudita, rival regional do Irã.

 

Nascido em Rasht, no norte do Irã, Partovi começou sua carreira como diretor na década de 1987 com o média-metragem “Eynak”, que foi seguido um ano depois por seu primeiro longa, “Mahi” (“O Peixe”), premiado com um troféu especial da UNICEF no Festival de Berlim. Ele rapidamente se tornou uma figura importante do cinema iraniano, mas não se limitou ao gênero infantil do começo da sua carreira.

Ao todo, dirigiu 10 filmes, mas também se projetou como roteirista, ao trabalhar com vários cineastas iranianos de renome, como Abbas Kiarostami, Jafar Panahi e Majid Majidi.

 

Uma de suas parcerias mais celebradas foi “Cortinas Fechadas” (2013), que ele codirigiu com Panahi. No filme premiado no Festival de Berlim, Partovi também atuou como protagonista, vivendo praticamente a si mesmo: um roteirista se esconde do mundo em uma casa de praia, tendo apenas seu cachorro clandestino (proibido de morar no local) como companhia. A tranquilidade é quebrada abruptamente pela chegada de uma jovem que se diz em fuga das autoridades. Ela se recusa a sair e faz muitas perguntas sobre a vida do escritor, despertando-lhe a paranoia.

 

Além de filmes de arte, consagrados pela crítica, ele também escreveu o roteiro do filme épico “Muhammad”, de 2015, que foi o mais caro da história do cinema iraniano. Apesar de realizado com a chancela do governo islâmico do país, este filme biográfico, que retrata a infância do profeta Maomé, foi criticado como um “ato hostil” e uma “distorção do islã” pelo clérigo máximo da Arábia Saudita, rival regional do Irã.

 

Seu roteiro de maior projeção também criou polêmica entre conservadores islâmicos, ao abordar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres iranianas. Lançado em 2000, “O Círculo”, dirigido por Jafar Panahi, foi consagrado pela crítica mundial e se tornou, foi o primeiro e até agora o único filme iraniano a ganhar o Leão de Ouro de Melhor Filme no prestigioso festival de cinema de Veneza – além de mais cinco troféus, incluindo o Prêmio da Crítica.

 

Seu último trabalho foi “Kamion”, que ele escreveu e dirigiu há dois anos, sobre uma mulher e seus filhos em fuga do Estado do Islã. O longa também lhe rendeu seu último prêmio, como Melhor Roteiro no Festival Fajr. Foi a quarta vez que seus roteiros ganharam reconhecimento no festival de Teerã, o que tornou Partovi o maior vencedor da categoria entre seus pares.

Kambuzia Partovi faleceu em 24 de novembro de 2020 aos 65 anos de covid-19, no hospital Dey de Teerã, anunciou o órgão de cinema do Irã.

Chamado de um dos “cineastas mais influentes do cinema infantil iraniano”, ele morreu no hospital Dey de Teerã aos 64 anos, disse a fundação Farabi em uma mensagem de condolências em seu site.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE / FAMOSOS / Pipoca Moderna – 24 NOV 2020)

(Fonte: https://www.uol.com.br/splash/noticias/afp/2020/11/24 – NOTÍCIAS / FILMES / Da AFP, em Teerã (Irã) – 24/11/2020)

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.880 – 28 E 29 DE NOVEMBRO DE 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 35)

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