José Luís Peixoto, escritor português, recebeu em 2001 o prêmio José Saramago com o seu 2º romance, Nenhum Olhar – o primeiro foi Morreste-me (2000)

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José Luís Peixoto, escritor português

José Luís Peixoto nasceu em 1974, ano da revolução dos cravos, em Galveias, venceu o prêmio José Saramago, em 2001, com o romance “Nenhum Olhar”, o segundo da sua carreira, incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados no Reino Unido, em 2007, e recebeu o galardão Salerno Libro d’Europa, em 2013, por “Livro”, entre outras distinções.

O escritor estreou-se na ficção com “Morreste-me”, em 2000, a que se seguiram, entre outros, “Uma Casa na Escuridão”, “Cemitério de Pianos”, melhor romance estrangeiro publicado em Espanha, em 2007, e “Em Teu Ventre”.

As suas obras foram ainda finalistas de prêmios internacionais como o Femina, em França, Impac Dublin, Irlanda, e o antigo Portugal Telecom, Portugal/Brasil.

Na poesia destacam-se “A Casa, a Escuridão”, “Gaveta de Papéis”, que recebeu o Prêmio Daniel Faria, e “A Criança em Ruínas”, Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores.

“Anathema”, “À Manhã” e “Quando o Inverno Chegar”, no teatro, são outras obras do escritor.

Em 2012, José Luís Peixoto publicou “Dentro do Segredo, uma viagem na Coreia do Norte”, primeira incursão na literatura de viagens.

Os seus romances estão traduzidos em mais de vinte idiomas.

O romance "Galveias", do escritor português José Luis Peixoto, é o vencedor do prémio literário Oceanos, organizado pelo Itaú Cultural, no Brasil, foi hoje anunciado pelo júri.  (Foto: João Manuel Ribeiro / Global Imagens)

O romance “Galveias”, do escritor português José Luis Peixoto, é o vencedor do prémio literário Oceanos, organizado pelo Itaú Cultural, no Brasil, foi hoje anunciado pelo júri. (Foto: João Manuel Ribeiro / Global Imagens)

 

José Luís Peixoto recebeu em 2001 o prêmio José Saramago com o seu segundo romance, Nenhum Olhar – o primeiro foi Morreste-me (2000). A Criança em Ruínas mereceu-lhe o prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores e foi finalista do prêmio Femina (França) e, entre outros, do antecessor do Oceanos, o prêmio Portugal Telecom. Além da prosa no romance, Peixoto enveredou também pela poesia e dramaturgia, estando a sua obra traduzida, segundo a sua editora, a Quetzal, em mais de 20 línguas. 

 

O escritor potuguês José Luís Peixoto ganha o Prêmio Oceanos 2016 (Foto: Reprodução/Facebook/José Luís Peixoto)

O escritor potuguês José Luís Peixoto ganha o Prêmio Oceanos 2016 (Foto: Reprodução/Facebook/José Luís Peixoto)

 

José Luís Peixoto, escritor português, ganha o Prêmio Oceanos 2016

Autor levou R$ 100 mil pela conquista do antigo Portugal Telecom. Julián Fuks (2º), Ana Martins Marques (3º), Arthur Dapieve (4º) também levaram; entrega foi dia 6 de dezembro de 2016 em São Paulo.

José Luís Peixoto foi anunciado, em 6 de dezembro de 2016, ganhador do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa, antigo Prêmio Portugal Telecom. Pelo romance “Galveias”, o autor levou R$100 mil. A cerimônia de entrega aconteceu no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo.

O título da obra vencedora é extraído do nome da aldeia natal de Peixoto, na região do Alentejo, em Portugal. Em nota, a organização descreve o texto como “um mergulho no Portugal profundo, rural, com uma narrativa que alinha personagens emblemáticos desse universo arcaico a partir de um evento (a queda de um meteorito em Galveias) que deflagra a narrativa e, simbolicamente, confere um sentido cósmico a essa comunidade que se extingue entre rústica violência, desolação, melancolia e choque com a modernidade”.

Em segundo lugar no Oceanos 2016, ficou Julián Fuks, com o romance “A resistência” (Companhia das Letras), que rendeu R$ 60 mil ao autor. Depois, vieram Ana Martins Marques, com o volume de poesias “O livro das semelhanças” (Companhia das Letras), que ganhou R$ 40 mil, e Arthur Dapieve, com a coletânea de contos “Maracanazo e outras histórias” (Alfaguara), que ganhou R$ 30 mil.

Os vencedores passaram por três etapas desde as inscrições, incluindo fase semifinal com 50 obras selecionadas e fase final, com dez. Além dos quatro ganhadores, os finalistas foram os brasileiros Marcelo Rubens Paiva, Eucanaã Ferraz, Antonio Carlos Viana, Marcos Siscar, Nuno Ramos e o português Gonçalo M. Tavares.

O júri da fase final foi formado pela professora e ensaísta Beatriz Resende, pelos escritores Cristovão Tezza, José Castello e Rodrigo Lacerda e pelos poetas Heitor Ferraz Mello e Sérgio Alcides.

740 livros avaliados
Pelo regulamento, podiam concorrer ao Oceanos 2016 livros em língua portuguesa (nos gêneros Poesia, Romance, Conto, Crônica e Dramaturgia) publicados em primeira edição no Brasil em 2015.

Nos demais países lusófonos, podiam concorrer livros lançados originalmente entre 2012 e 2015 e publicados no ano passado por editora brasileira ou sediada no Brasil.

Antigo Portugal Telecom
Até 2014, o Oceanos se chamava Portugal Telecom. Mas, depois que a empresa foi vendida para uma operadora francesa, o Itaú Cultural assumiu a organização e mudou o nome para Oceanos, que teve sua primeira edição no ano passado.

Além disso, a partir de 2015 não houve mais divisão em categorias. Criado em 2003, o Portugal Telecom se dividia nas categorias Romance, Poesia e Conto/Crônica.

Em 2015, o Oceanos foi vencido por Silviano Santiago, com o romance “Mil rosas roubadas”. O segundo lugar ficou com Elvira Vigna, pelo livro “Por escrito”. Depois, vieram Alberto Mussa, com “A primeira história do mundo” (Record), e Glauco Mattoso, com “Saccola de feira” (NVersos).

Veja, abaixo, os ganhadores do prêmio Oceanos 2016:
1º lugar: “Galveias” (Companhia das Letras), de José Luís Peixoto
2º lugar: “A resistência” (Companhia das Letras), de Julián Fuks
3º lugar: “O livro das semelhanças” (Companhia das Letras), de Ana Martins Marques
4º lugar: “Maracanazo e outras histórias” (Alfaguara), de Arthur Dapieve

Veja, abaixo, os demais finalistas do prêmio Oceanos 2016:
“Ainda estou aqui” (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva
“Escuta” (Companhia das Letras), de Eucanaã Ferraz
“Jeito de matar lagartas” (Companhia das Letras), de Antonio Carlos Viana
“Manual de flutuação para amadores” (7Letras), de Marcos Siscar
“Sermões” (Iluminuras), de Nuno Ramos
“Uma menina está perdida no seu século à procura do pai” (Companhia das Letras), de Gonçalo M. Tavares.

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia – POP & ARTE/ Por Cauê Muraro, G1 – 06/12/2016)

(Fonte: https://www.publico.pt/2016/12/07/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON – 7 de dezembro de 2016)

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