José Craveirinha, poeta moçambicano, considerado um dos maiores expoentes da literatura moçambicana

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José Craveirinha (Foto: Moçambique History/Divulgação)

José Craveirinha (Foto: Moçambique History/Divulgação)

José João Craveirinha (Lourenço Marques, 28 de maio de 1922 – Maputo, 6 de fevereiro de 2003), poeta moçambicano, considerado um dos maiores expoentes da literatura moçambicana.

José Craveirinha, 80 anos, recebeu em 1991 o prêmio «Camões», da literatura portuguesa, pelo conjunto da sua obra literária.

Em 1991, o poeta moçambicano, foi distinguido com o Prêmio Camões, o mais importante galardão dos países lusófonos. José Craveirinha nasceu a 28 de maio de 1922 em Lourenço Marques, atual Maputo, filho de mãe portuguesa. Auto-didata, desempenhou várias atividades, desde jornalista a futebolista.

Entre os jornais para que colaborou, contam-se: “O Brado Africano”, “Noticias”, “Itinerário”, “Mensagem”, “Notícias do Bloqueio”, “Voz de Moçambique” e “Notícias da Beira”. Craveirinha, um amigo íntimo de Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique, foi militante da Frelimo e esteve preso antes da independência. A colaboração com o movimento independentista levou-o a ser detido pela PIDE, em 1965, tendo estado preso durante cinco anos.

Além do Prémio Camões, o poeta moçambicano recebeu vários outros galardões, nomeadamente o Prêmio Nacional, em Itália, e o Prêmio da Associação Afro-Asiática de Escritores. O Prêmio “Vida Literária”, atribuído pela Associação de Escritores Moçambicana, e a “Ordem Amizade e Paz”, concedida pelo presidente Joaquim Chissano, em 1997, foram outros dos galardões que recebeu.

Craveirinha presidiu também à Associação Africana e foi vice-presidente do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa. Da sua obra, destacam-se: “Xigubo” (1964), “Cântico a um Dio de Catrane” (1966), “Karingana Ua Karingana” (1974), “Cela 1” (1980), “Maria” (1988) e “Haminas” (1997). 

José Craveirinha morreu em 6 de fevereiro de 2003, na África do Sul aos 80 anos vítima de colapso renal e dificuldades respiratórias.

José Craveirinha tinha sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) no princípio de julho de 2002, quando se encontrava na capital moçambicana, tendo sido internado de urgência numa clínica na África do Sul.

Regressara a sua casa em Novembro último, muito debilitado e remetido a uma cadeira de rodas.

As causas da morte do poeta moçambicano José Caveirinha, na madrugada de hoje em Joanesburgo, foram um colapso renal e dificuldades respiratórias, disse à Agência Lusa um dos seus netos, que acompanhou o avô nas suas últimas horas.

Stélio Craveirinha foi chamado ao hospital de Milpark, em Joanesburgo, cerca das 02:30 horas locais de hoje (00:30 horas em Lisboa), porque o estado clínico do avô se começava a deteriorar rapidamente.

«O meu avô já tinha começado ontem (quarta feira) a ter problemas de falta de oxigénio, mas depois, segundo o que nos disse o médico, os rins pararam e as duas coisas juntas provocaram lhe a morte», afirmou.

Visivelmente emocionado com a morte do avô, o jovem moçambicano afirmou que «só tinha boas imagens dele», antes de referir que a família pretende repatriar o mais depressa o corpo do poeta para Moçambique e, se possível, realizar o funeral em Maputo já no sábado.

(Fonte: Veja, 12 de fevereiro de 2003 – ANO 36 – Nº 06 – Edição 1789 – DATAS – Pág: 68/69)

(Fonte: http://www.tsf.pt/arquivo/2003/artes – ARTES – MOÇAMBIQUE – 6 DE FEVEREIRO DE 2003)

(Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/cultura – CORREIO DA MANHÃ – CULTURA – 06.02.2003)

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