José Briamonte, músico deixou a marca em discos de MPB lançados ao longo dos anos 70, arranjador dos álbuns Quero ver de perto (70), Prato e faca (74) e Amigos novos & antigos (75), lançados pelas cantoras Elizabeth, Cristina Buarque e Vanusa, respectivamente

0
Powered by Rock Convert

José Briamonte (1931 – 2022), o pianista que arranjou a MPB com maestria

 

José Briamonte (São Paulo, 21 de setembro de 1931 – 27 de abril de 2022), pianista, arranjador, maestro e compositor paulistano.

 

O músico deixou a marca em discos de MPB lançados ao longo dos anos 1970. Os arranjos desses discos são parte do legado deixado por Briamonte na música do Brasil.

 

Há pouco aparente traço de união entre o primeiro álbum de Simone, lançado em 1973, e o último álbum da dupla Toquinho & Vinicius, Um pouco de ilusão, editado em 1980. É que ambos foram gravados com arranjos de José Briamonte.

 

O nome de Briamonte também consta – para citar somente mais três exemplos –como arranjador nas fichas técnicas dos álbuns Quero ver de perto (1970), Prato e faca (1974) e Amigos novos & antigos (1975), lançados pelas cantoras Elizabeth, Cristina Buarque e Vanusa (1947 – 2020), respectivamente.

 

Formado em 1956 pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, o pianista bebeu da fonte límpida da bossa nova e, no embalo do movimento, formou nos anos 1960 o Sansa Trio com Airto Moreira na bateria e José Ordoñez no baixo.

 

Com o Sansa Trio, José Briamonte lançou dois álbuns em 1965 e 1966 pela gravadora Som Maior. Na sequência, o artista iniciou discografia solo que gerou álbuns como Sambeco – A música de Briamonte (1968), Briamonte Orchestra (1970) e Momentos românticos (1982).

 

Neste disco de 1982, Briamonte reviveu Tema de Cristina (1970), composição feita com Arnaud Rodrigues (1942 – 2010) e arranjada pelo artista para a trilha sonora da novela Pigmaleão 70 (TV Globo, 1970) com a mesma maestria com que dera forma em 1967 à canção Eu e a brisa (Johnny Alf) em arranjo apresentado no festival em que a cantora Márcia deu voz à então inédita música. Mais um exemplo do grande legado de José Briamonte na música brasileira.

 

Briamonte faleceu em 27 de abril, aos 90 anos, vítima de parada cardiorrespiratória. “Ele estava muito fraco devido a um câncer já muito avançado e agressivo no estômago”, informa o filho do artista, o também maestro Miguel Briamonte.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2022/05/08 – POP & ARTE / MÚSICA / por Mauro Ferreira – 08/05/22)

Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em ‘O Globo’ e ‘Bizz’.

Powered by Rock Convert
Share.