Jorginho Guinle, o eterno e o mais famoso playboy do Brasil

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Jorginho Guinle: o eterno playboy

 

O adeus do eterno playboy

 

Jorge Guinle foi um dos protagonistas da fase áurea do Copacabana Palace, nos anos 30 e 40

 

 

Jorge Guinle (Petrópolis, 5 de fevereiro de 1916 – Rio de Janeiro, 5 de março de 2004), carioca, o mais famoso playboy do Brasil. Guinle viveu 88 anos sem trabalhar, com exceção de breves experiências como modelo e como guia de turismo, no fim da vida. Gastou mais de 12 milhões de dólares herdados do pai, cuja família fez fortuna no ramo de construção de estradas de ferro, com festas, viagens, bebidas e mulheres. Vangloriava-se de ter namorado celebridades como as atrizes Marilyn Monroe e Rita Hayworth.

 

O eterno playboy da sociedade carioca era herdeiro de uma fortuna que lhe permitiu viver luxuosamente grande parte da vida.

 

Lenda da aristocracia brasileira, Jorginho nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 1916, e aos sete anos já testemunhava a inauguração do Copacabana Palace, de propriedade de sua família e que só foi vendido em 1989.

 

Jorginho cresceu em meio às grandes recepções, aprendendo a desfrutar a vida e sem se preocupar em trabalhar.

 

Gostava de narrar detalhes de uma noite de amor com a intérprete de Gilda, a bordo de um iate, no Rio de Janeiro, durante um Carnaval. Em Hollywood, frequentava festas de artistas de primeira linha do cinema e recebeu em sua casa, no Brasil, os músicos Louis Armstrong e Stan Getz, entre outras estrelas.

 

A baixa estatura de 1,62m, disfarçada com sapatos de salto, não foi empecilho para o sucesso com as mulheres. Ele gabava-se de ter conquistado estrelas como Marilyn Monroe, Kim Novak, Ava Gardner e Rita Hayworth.

 

O jazz era uma de suas grandes paixões e, em uma breve concessão ao ócio, escreveu um livro sobre o assunto. O mais tradicional hotel do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace, foi erguido por seu tio, em 1923. Foi lá que Jorginho organizou grandes comemorações, ilustradas com convidados vip do mundo inteiro. Em 1989, o hotel foi vendido, mas Guinle continuou ligado sentimentalmente ao local. No dia 4 de março, deixou o hospital em que estava internado havia três dias, assinou um termo de compromisso recusando-se a retirar um aneurisma na aorta abdominal e transferiu-se para uma suíte do Copacabana Palace. Queria passar os últimos dias no hotel que foi palco de alguns dos mais glamourosos momentos de sua vida de bon vivant.

 

Para se despedir da vida, Jorginho Guinle escolheu o cenário que melhor traduziu o glamour de seus 88 anos. Na quinta-feira 4, o eterno playboy da sociedade carioca recusou-se a operar um aneurisma na aorta abdominal, depois de quatros dias no Hospital Ipanema, e pediu para ser transferido para sua suíte preferida no Copacabana Palace, a de número 153. Na madrugada do dia seguinte, depois de saborear um requintado jantar e assistir a um filme de jazz, Guinle morreu dormindo, levou consigo muito da história de um mundo de sofisticação que parece destinado a desaparecer.

 

Jorginho faleceu no dia 5 de março de 2004, no Rio de Janeiro.

 

O eterno playboy, que casou-se quatro vezes e teve três filhos, foi enterrado sem pompas, como queria, no jazigo da família, no Cemitério São João Batista, no Rio, apenas com presença da família e de amigos íntimos.

(Fonte: Veja, 10 de março, 2004 – ANO 17 – N° 10 – Edição 1844 – DATAS – Pág; 82)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/240/aconteceu – Edição 240 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 15/03/2004)

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