John Gotti, chefão do crime organizado americano, foi o mafioso mais famoso dos Estados Unidos desde Al Capone

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John Gotti, o maior chefão do crime organizado da máfia de Nova York

 

John Joseph Gotti (Bronx, Nova Iorque, 27 de outubro de 1940 – Springifield, Missouri, 10 de junho de 2002), chefão do crime organizado americano, foi o mafioso mais famoso dos Estados Unidos desde Al Capone.

 

O ex-chefe da família Gambino John Gotti, condenado à prisão perpétua em 1992 por sequestro e assassinato, era o último dos lendários chefões da máfia de Nova York, que durante um longo tempo esteve nas manchetes da imprensa sensacionalista.

 

O ex-chefe mafioso John Gambino cumpria desde 1992 pena de prisão perpétua por assassinatos e extorsão. Gotti era americano filho de italianos, tinha 61 anos e sofria de câncer.

 

Ele se tornou célebre porque a polícia não conseguia reunir provas de suas atividades mafiosas e, por isso, sempre conseguia ser inocentado nos tribunais. Suas vítimas incluíram o chefe da família mafiosa Gambino, “Big Paul” Castellano, a quem mandou matar em 1985.

 

Gotti assumiu, então, a chefia dos Gambinos, a mais poderosa das cinco ramificações da Máfia da cidade. Apareceu na capa da revista Time e se tornou tema constante nos tabloides por se vestir com elegância e safar-se da Justiça.

 

Durante anos o chefe da família Gambino, um dos cinco famosos grupos do crime organizado local, conseguiu enganar a Justiça. Tendo conseguido a absolvição em três julgamentos, ganhou o apelido de “Don Teflon”, aquele que conseguia escapar das garras da lei.

 

Como em um filme de Martin Scorcese ou Francis Ford Coppola, sua vida começa nas ruas do bairro nova-iorquino do Brooklyn. No início dos anos 50, o pequeno Johnnie já era um líder no bairro de Sheepshead Bay.

 

Ao abandonar os estudos aos 16 anos, se especializa em atacar caminhões, e passa breves temporadas na prisão. Chama a atenção de um “capo” da família Gambino, que o leva para a conhecer os chefões da máfia da cidade.

 

Passa por todos os escalões da família Gambino, dirigida após a morte do patriarca Carlo Gambino por “Big” Paul Castellano. Foi com o planejamento da execução do chefão, que John Gotti entra em 1985 na história da máfia de Nova York.

 

Ao contrário de seus colegas, John Gotti não consegue escapar da atenção da imprensa: cada aparição diante da Justiça é um acontecimento. Suas roupas criadas pelos melhores estilistas lhe valem outro apelido, “Don Arrumadinho”.

 

Diverte os jornalistas com seus comentários engraçados; aparece em público com vedetes; faz aposta sobre sua libertação; sai nas páginas principais dos jornais e da revista Time; adquire em alguns bairros de Nova York uma reputação de Robin Hood.

 

“As pessoas viam nele alguém que poderia vencer o governo, atravessar a burocracia. A realidade é que cortava gargantas”, comenta Howard Blum, autor de um livro baseado em Gotti, intitulado “Gangland”.

 

Esta publicidade atrai as unidades anti-máfia da polícia nova-iorquina e do FBI, que conseguem instalar um microfone em seu clube preferido, o “Ravenite Social Club” na região da Little Italy.

 

As gravações são contundentes, e contribuem principalmente para a prisão de Sammy “O Touro” Gravano, principal assessor e executor dos trabalhos sujos de Gotti. Em troca de seu depoimento, teve uma pena reduzida de cinco anos por 19 assassinatos admitidos e a promessa de uma nova vida na Costa Oeste.

 

Especialistas no mundo do crime de Nova York o consideravam o gângster mais importante desde Al Capone. Foi o grampeamento do telefone de Gotti pelo FBI e a traição de seu lugar-tenente, Salvatore “Sammy the Bull” Gravano, que permitiram sua prisão em 1990.

Gravano fez um acordo com o FBI para atenuar sua pena e acusou Gotti de dez assassinatos.

 

Em seu quarto processo, a sorte o abandona. é preso em 11 de dezembro de 1990 e condenado à prisão perpétua. “O teflon desapareceu”, comemora o veredito James Fox, diretor-adjunto da agência de Nova York do FBI na época.

 

John Gotti tentou, através de seus filhos, dirigir a família de dentro da prisão. Mas seu herdeiro também foi preso. Durante os últimos anos se multiplicaram as operações contra a máfia, colocando em apuros os impérios mafiosos.

 

Doente há vários meses, John Gotti assistiu entre as grades o fim de seu mundo.

John Gotti morreu em um hospital prisão federal em Springfield, no Estado do Missouri, aos 61 anos, vítima de câncer na língua, pescoço e ouvidos.

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/150/aconteceu – Edição 150 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 17/06/2002)

(Fonte: https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral- NOTÍCIAS – GERAL / INTERNACIONAL – 10 de jun de 2002)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/inter/afp/2002/06/10 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Por NOVA YORK (AFP) – 10/06/2002)

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