Jimmy Breslin, jornalista americano vencedor do Pulitzer e pioneiro do “novo jornalismo”

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Vencedor do Pulitzer ficou conhecido como ‘máquina de furos’, ele passou décadas escrevendo sobre Nova York

O jornalista Jimmy Breslin, em 2004 - (Foto: JIM COOPER / AP)

O jornalista Jimmy Breslin, em 2004 – (Foto: JIM COOPER / AP)

 

James Earle “Jimmy” Breslin (Jamaica, Nova York, 17 de outubro de 1930 – Manhattan, 19 de março de 2017), jornalista, escritor e icônico colunista norte-americano, ganhador do Prêmio Pulitzer de Comentário em 1986 e colunista durante mais de 50 anos. Breslin escrevia de forma “divertida, simples e única”, que o distinguiu entre os jornais nova-iorquinos ao longo de sua carreira. Ele passou décadas escrevendo crônicas sobre a vida em Nova York. 

Breslin destacou-se por retratar em crônicas a vida cotidiana da cidade de Nova York, em especial seus habitantes anônimos, e os desafios contemporâneos. Por seu estilo, Breslin era considerado um dos pioneiros do “novo jornalismo”, corrente que aproximou a profissão à expressão literária, ao lado de autores como Gay Talese e Tom Wolfe.

No New York Daily News, para o qual escrevia todos os domingos antes de sua morte, Berlin recebeu a alcunha de “máquina de furos”. Um deles, em 1977, resultou da carta que o jornalista recebeu de David Berkowitz, o Son of Sam, assassino que assombrou as ruas de Nova York entre 1976 e 1977. Foi escrevendo para o New York Daily News que Breslin ganhou o Prêmio Pulitzer para comentário, em 1986.

Em uma de suas colunas mais conhecidas, a que lhe valeu o prêmio Pulitzer, humanizou o relato da então incompreendida epidemia de Aids descrevendo a vida de um portador da doença, David Camacho.

Anos antes, em 1963, o jornalista ganhou a admiração de vários colegas com uma famosa coluna na qual descrevia Clifton Pollard, o homem que cavou a cova do presidente John F. Kennedy.

Breslin continuou escrevendo até recentemente e, segundo explicou, a raiva era sua motivação: “A raiva é a única qualidade que mantém a mim ou a qualquer um que tenha estudado alguma vez, escrevendo colunas para jornais”.

Em uma entrevista à CNN, em 2013, Breslin explicou seu método simples de trabalho: “Mantenha sua boca calada e seus olhos abertos e siga em frente”.

Jimmy Breslin faleceu em sua casa em Manhattan (Nova York, EUA) aos 88 anos, em 19 de março de 2017, de uma pneumonia.

“Jimmy Breslin era uma voz furiosa, divertida, extravagante e carinhosa das pessoas que fizeram do texto de jornais uma literatura”, disse o editor-chefe do New York Daily News, Arthur Browne.

(Fonte: https://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos – NOTÍCIAS – MUNDO – ESTADOS UNIDOS – 19 de março de 2017)

(Fonte: http://www.anj.org.br/2017/03/21 – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS – 19 MARÇO 2017)

(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – N° 18.735 – 27 de março de 2017 – TRIBUTO – Pág: 31)

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