James Michener, romancista, autor de Havaí e Texas, lhe renderam um Prêmio Pulitzer

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Michener, um autor entre o romance e a arte japonesa

Um renomado autor de best-sellers

James A. Michener (Bucks County, Nova York, 3 de fevereiro de 1907 – Austin, Texas, 16 de outubro de 1997), romancista e escritor americano, autor de Havaí e Texas, livros que fizeram sucesso nos anos 50 e lhe renderam um Prêmio Pulitzer.

O escritor norte-americano James Albert Michener foi o vencedor do prêmio Pulitzer, ele abordou em sua obra temas que iam do esporte ao apartheid social.

Entre romances e tragédias, porém, Michener brilhou sobretudo ao manejar os elementos de cor local. E, assim, o leitor de Havaí, transportado para o centro da ação, pode ver-se numa praia enluarada, tocando ukelele sob as palmeiras.

AGRURAS FAMILIARES – Havaí, o 50.° Estado americano é um grande painel épico sobre a formação da epopeia. Partindo da formação das ilhas por erupções vulcânicas ocorridas há dezenas de milhões de anos e chegando até 1954, o autor analisa a formação étnica do povo havaiano, numa trajetória que percorre 52 gerações.

Esse gigantesco percurso sensibilizou tanto os americanos que rendeu não apenas um, mas dois filmes: Havaii, de 1966, em que Max von Sidow e Julie Andrews fazem o papel de missionários ammericanos que chegam à ilha, e O Senhor das Ilhas, de 1970, que enfoca a vida dos descendentes desses pioneiros, com Charlton Heston e Geraldine Chaplin nos papéis principais.

Michener revelou um outro interesse, longe das pinceladas românticas com que descreveu seus personagens: trata-se de um profundo estudioso da arte japonesa. Sua dedicação ao assunto o levou a publicar dois livros sobre ele: The Floating World, de 1958, uma história didática da gravura japonesa, e Japanese Prints from the Early Masters to the Modern, de 1959, em que usou como referência a sua preciosa coleção de 257 gravuras.

Com 28 livros publicados, Michener percorreu uma trajetória diversa dos habituais autores de best-sellers. Só em 1947, aos 41 anos, escreveu seu primeiro livro de ficção, Contos do Pacífico Sul, que enviou anonimamente à´própria editora onde trabalhava como editor de livros de Educação, a Macmillan, de Nova York.

O livro lhe valeu, no ano seguinte, o Prêmio Pulitzer, e, transformado num musical que ficou em cartaz por cinco anos, e também no filme Ao Sul do Pacífico, permitiu que Michener se dedicasse apenas à literatura.

Foi o começo de uma série de compensas para esse filho de pais desconhecidos, nascido em Nova York, em fevereiro de 1907. Resgatado de um orfanato por pais adotivos, aos 15 anos ele já viajava pelo país, trabalhando em circos para prover o próprio sustento. Suas proezas no basquete deram-lhe uma bolsa de estudos com a qual pôde diplomar-se em inglês e começar a lecionar. Seu último livro, Space, conta a história do programa espacial americano em ritmo de ficção.

James Michener morreu no dia 16 de outubro de 1997, aos 90 anos, de complicações renais, em Austin, Texas.

(Fonte: Veja, 22 de outubro de 1997 – ANO 30 – Nº 42 – Edição 1518 –- Datas -– Pág: 127)

(Fonte: Veja, 15 de junho de 1983 – Edição 771 – LIVROS – Pág; 143/144)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/10/22/ilustrada – ILUSTRADA – FOLHA DE S.PAULO – 22 de outubro de 1997)

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(Fonte: Veja, 28 de agosto de 1985 – Edição 886 – LIVROS/ Por Mário Sérgio Conti – Pág: 125)

 

 

 

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