Ex-guarda nazista Jakiw Palij
Foi cidadão americano, mas acabou deportado.
Jakiw Palij, antigo guarda de um campo de concentração nazista, expulso em agosto dos Estados Unidos
O último suspeito de crimes de guerra nazistas a ser deportado dos EUA foi retirado de sua casa na cidade de Nova York em 21 de agosto de 2018, e foi enviado à Alemanha.
Jakiw Palij, nascido na Polônia e que vivia desde 1949 em Nova York, foi assistente SS em 1941 no campo de trabalhos forçados de Trawniki, no qual morreram mais de 6 mil judeus.
Palij emigrou para os Estados Unidos em 1949 e obteve nacionalidade americana alegando ser agricultor durante a II Guerra Mundial.
Mas em 2003 um juiz federal retirou sua nacionalidade por ter mentido sobre seu passado nazista.
O campo de concentração de Trawniki, aberto em setembro de 1941, fechou no outono de 1943 após unidades da SS matarem todos os prisioneiros, cerca de 6 mil judeus, em um massacre conhecido como “Festa da Colheita”.
Nos últimos anos a Alemanha julgou e condenou vários ex-integrantes da SS por crimes de guerra, como John Demjanjuk, Reinhold Hanning e Hubert Zafke, mas nenhum foi preso devido a seu estado de saúde.
Em agosto, a Alemanha aceitou acolher o ex-guarda da SS, expulso dos Estados Unidos, argumentado sua “responsabilidade moral”.
A Justiça alemã tem sido muito criticada pelo tratamento que deu aos crimes do Terceiro Reich e por condenar muito tarde seus responsáveis.
Jakiw Palij morreu na Alemanha aos 95 anos. Palij faleceu em um asilo de Ahlen, na Renânia do Norte-Vestfália.
“O antigo guarda de prisão nazista Jakiw Palij morreu na Alemanha. Agradeço a Donald Trump por ter convertido esta causa em uma prioridade”, escreveu no Twitter o embaixador Grenell.
(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.295 – 12 E 13 de janeiro de 2019 – TRIBUTO – Pág: 35)