Jacques Rivette, cineasta francês que integrou a Nouvelle Vague e fez parte do grupo de críticos da revista “Cahiers du Cinéma”

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Jacques Rivette, cineasta da Nouvelle Vague, integrou a ‘Cahiers du Cinéma’ com Godard, Truffaut e Chabrol.

Diretor fez filmes como ‘Paris nos pertence’, ‘A religiosa’, ‘A bela intrigante’.

 

O diretor francês Jacques Rivette durante fala na Cinemateca Francesa, em Paris, em 2005 (Foto: Stephane de Sakutin/AFP)

O diretor francês Jacques Rivette durante fala na Cinemateca Francesa, em Paris, em 2005 (Foto: Stephane de Sakutin/AFP)

 

Jacques Rivette (Rouen, 1º de março de 1928 – 29 de janeiro de 2016), cineasta francês que integrou a Nouvelle Vague e fez parte do grupo de críticos da revista “Cahiers du Cinéma”

O diretor foi responsável por filmes como “Paris nos pertence” (1961), “A religiosa” (1966), “Céline e Julie Vão de Barco” (1974), “La bande des quatre” (1989), “A bela intrigante” (1991), entre outros. O mais recente foi “36 vues du Pic Saint Loup” (2009).

Trajetória
Rivette começou a carreira com dois curtas (“Aux quatre coins” (1949) e “Le quadrille” (1950), estrelando Jean-Luc Godard); no meio dos anos 1950, Rivette trabalhou como assistente dos diretores Jean Renoir e Jacques Becker.

Considerado um dos mais importantes e revolucionários movimentos da história do cinema, a “Nouvelle Vague” surgiu nos anos 1950 na França e foi obra dos jovens críticos da revista “Cahiers du Cinéma”.

Eram cineastas e roteiristas como Jean Luc-Godard, Alain Resnais, Éric Rohmer, Claude Chabrol e o próprio Rivette, que defendiam o cinema de autor.

Em 1958, sem o investimento de um produtor, Rivette foi para as ruas de Paris com seus amigos, uma câmera de 16 milímetros, e um estoque de filme comprado com dinheiro emprestado. Após o sucesso comercial dos filmes “Os Incompreendidos” (1959), de Trufautt, “Hiroshima Meu Amor” (1959), de Resnais, e “Acossado” (1960), de Godard, Rivette lançou o seu “Paris nos pertence”.

Seu próximo filme, “A Religiosa” (1966), uma adaptação do romance de Diderot, teve sua exibição proibida pelo governo por um ano. Suas teorias revolucionárias do cinema influenciaram figuras como Jean-Marie Straub, Danièle Huillet e Chantal Akerman, e trabalhou com os atores Jean-Pierre Léaud, Juliet Berto, Anna Karina e Maria Schneider.

Com “A bela intrigante”, estrelado por Jane Birkin e Michel Piccoli, o cineasta ganhou alguns de seus principais prêmios. No Festival de Cannes de 1991, o filme rendeu o Grande Prêmio do Júri e ainda uma menção especial. O mesmo longa garantiu duas indicações no César, considerado o Oscar francês, nas categorias melhor filme e melhor diretor.

Em 1989, ganhou no Festival de Berlim o prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCi) com o longa “La bande des quatre”.

Jacques Rivette morreu em 29 de janeiro de 2016, aos 87 anos. Ele sofria do Mal de Alzheimer há alguns anos.

Fleur Pellerin, ministra francesa da Cultura, disse em seu Twitter que Rivette foi um cineasta “da intimidade e da impaciência amorosa”. O presidente francês François Hollande saudou Rivette como “um dos maiores cineastas francesas, cuja obra fora de padrões valeu a ele um reconhecimento internacional”.

“Era um dos mais lúcidos, mais inventivos e mais livres da Nouvelle Vague”, destacou o crítico e ex-presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob. “O cinema francês perde um de seus diretores mais livres e inventivos”, concordou a atriz Anna Karina, que atuou em seu filme “A religiosa” (1966).

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/01 – CINEMA – Do G1, em São Paulo – 29/01/2016)

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