Hugh Masekela, trompetista sul-africano, consagrou-se devido a composições de jazz e canções anti-apartheid como “Soweto Blues” (1977) e “Bring him back home” (1987), que virou um hino pela libertação de Nelson Mandela

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Ícone do jazz em seu continente, ele era símbolo de luta contra apartheid

 

Hugh Masekela em apresentação no Brasil em 2012 – (Guito Moreto / Agência O Globo)

 

Hugh Ramopolo Masekela (Witbank, 4 de abril de 1939 – Joanesburgo, 23 de janeiro de 2018), trompetista conhecido mundialmente tanto por seu talento quanto pelos anos de militância contra o apartheid na África do Sul.

 

Ao longo de sua vida, Masekela era conhecido como ‘o pai do jazz sul-africano’. O músico foi influente no movimento contra o Apartheid.

 

O músico se consagrou devido a composições de jazz e canções anti-apartheid como “Soweto Blues” (1977) e “Bring him back home” (1987), que virou um hino pela libertação de Nelson Mandela. Masekela era amigo próximo de lendas do jazz como Miles Davis, John Coltrane e Charles Mingus. Ele também tocou ao lado de astros de outros estilos, como Janis Joplin e Jimi Hendrix.

 

Masekela nasceu em Witbank, uma cidade mineira no Leste da África do Sul. Aos 14 anos, ele ganhou seu primeiro trompete do arcebispo Trevor Huddleston, um conhecido ativista que lutava contra a segregação racial no país e foi o fundador de uma pioneira banda de jazz em Soweto, ainda nos anos 50.

 

A repressão do governo sul-africano contra a população negra levou Masekela a sair do país quando ele tinha 21 anos. O artista estudou música em Londres e Nova York, onde se desenvolveu como jazzista. Pupilo de astros do estilo como Dizzy Gillespie e Louis Armstrong, Masekela desenvolveu um estilo único e alcançou o sucesso. Sua composição “Grazing in the grass” foi um grande hit, com cerca de 4 milhões de cópias vendidas.

 

O trompetista voltou para sua terra natal em 1990, logo após a libertação de Nelson Mandela, que viria a se tornar o primeiro presidente negro do país africano.

 

Conhecido por seu talento, e também por lutar contra o apartheid na Àfrica do Sul, o trompetista, Hugh Masekela, ficou conhecido com algumas de suas composições de jazz, como ”Soweto Blues” e ”Bring him back home”, música que se tornou hino pela libertação de Nelson Mandela. Seu hit ”Grazing in the grass” teve cerca de 4 milhões de cópias vendidas. O diagnóstico de sua doença veio há quase uma década.

 

O cantor realizou a sua última apresentação solo, em 2010, na cidade de Joanesburgo, no mesmo ano em que fez parte da cerimônia de abertura da Copa do Mundo da África do Sul. Após a notícia de sua morte, as redes sociais ficaram cheias de mensagens de solidariedade a Masekela. Muitas das publicações falavam da ligação que a sua música tinha com os acontecimento políticos do país. Jacob Zuma, presidente da África do Sul, publicou uma nota lamentando a morte do cantor.

 

A repressão do governo sul-africano contra a população negra, levou Masekela a sair do país quando ele tinha apenas 21 anos. O músico deixou a sua cidade natal Witbank, cidade no leste da África do Sul, e foi assim que estudou música em Londres e Nova York. Retornou para sua terra natal em 1990, logo após a libertação de Nelson Mandela, que viria a se tornar o primeiro presidente negro do país africano.

 

Hugh Masekela, de 78 anos, faleceu em 23 de janeiro de 2018, após lutar contra um câncer de próstata.

 

Após a notícia de sua morte, as redes sociais ficaram cheias de mensagens de solidariedade a Masekela. Muitas das publicações falavam da ligação que a sua música tinha com os acontecimento políticos do país. Jacob Zuma, presidente da África do Sul, publicou uma nota lamentando a morte do cantor.

 

“A nação chora por um de seus talentos mais renomados na pessoa do irmão Hugh Masekela. É uma perda incomensurável para a indústria da música e para o país inteiro. A contribuição dele para a libertação nunca será esquecida. Queremos prestar nossos sentimentos para a família e para seus pares na fraternidade das artes e da cultura. Que sua alma descanse em paz”, disse.

 

O artista foi diagnosticado com a doença há quase uma década. Seu último show solo aconteceu em Joanesburgo, em 2010, mesmo ano em que ele participou da cerimônia de abertura da Copa do Mundo da África do Sul. A notícia de sua morte gerou uma enxurrada de manifestações de luto pelo “Irmão Hugh” nas redes sociais. Muitas publicações ressaltavam a ligação de sua música com as turbulências políticas no país.

 

“É com profundo pesar que a família de Ramapolo Hugh Masekela comunica seu falecimento. Depois de uma longa e corajosa batalha contra um câncer de próstata, morreu em paz em Johannesburgo”, informou um texto publicado no Facebook por parentes do músico. “Um pai, irmão, avô e amigo amoroso, nossos corações sentem profundamente sua perda. A contribuição ativista de Hugh para o mundo e a participação em áreas da música, teatro, e as artes em geral está guardada nas mentes e na memória de milhões de pessoas nos seis continentes e nós somos abençoados e agradecidos se fazer parte de uma vida e legado de amor expansivo, criatividade generosa e de vanguarda que transcende o tempo e o espaço. Descanse em paz, amado, você está para sempre em nossos corações”.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA – JOANESBURGO / POR O GLOBO – 

(Fonte: https://www.terra.com.br/amp/diversao/arte-e-cultura – DIVERSÃO – ARTE e CULTURA – 23 jan 2018)

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