Hércules Barsotti, fundou o Estúdio de Projetos Gráficos, junto com Willys de Castro

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

 

Hércules Barsotti (São Paulo, 1914 – São Paulo, 21 de dezembro de 2010), foi uma artista plástico brasileiro. Conhecido por seu trabalho concretista, Barsotti fundou o Estúdio de Projetos Gráficos, em 1954, junto com Willys de Castro (1926-1988). Na década de 1960, ele fez parte do Grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro. Em 2004, o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou a exposição “Hércules Barsotti: Não-Cor Cor”.

O pintor realizou com a mais absoluta coerência, como o inflexível adepto de uma tendência extremamente racional: a abstração geométrica. Nessa família (que fala por intermédio de retas, triângulos, círculos e cores), Barsotti foi encontrar seu vocabulário de eleição. E o emprego com grande parcimônia e acerto.

 

Diagonais – Nascido em São Paulo, em 1914, Barsotti formou-se em química na juventude, ao mesmo tempo que tomava suas primeiras lições de arte, ainda acadêmica. Pode-se dizer, contudo, que sua obra só começou, efetivamente, no finzinho da década de 40. Foi em 1949 que ele e seu futuro sócio num escritório de planejamento visual, o também pintor Willys de Castro, visitaram uma exposição do mestre suíço Max Bill (1908-1994). Dois anos depois, nova revelação, na sala da Suíça na I Bienal de São Paulo: “Descobríamos também a possibilidade de haver uma linguagem plástica de entendimento universal”.

De 1950 a 1962, aproximadamente, o exigente Barsotti limitou-se a trabalhar com duas cores: o preto  e o branco. Só ao fim desses doze anos a cor começou a invadir sua pintura. Seu objetivo, era ligar harmoniosamente as cores usando apenas a intuição – e não recorrer a esquemas matemáticos, como, por exemplo, o húngaro Victor Vasarely (1906-1997), um dos mestres da op art.

Por volta de 1962, Barsotti fazia sua descoberta principal: a utilização sistemática e eclusiva de diagonais. Em vez das telas retangulares ou quadradas, ele passou a superfícies losangulares que, por seu próprio formato, fugiam à possibilidade de lembrarem um fragmento do real, entrevisto numa espécie de janela.

 

(Fonte: Veja, 4 de dezembro de 1974 – Edição 326 – ARTE/ Por Olívio Tavares de Araújo – Pág: 116/117)

 

 

 

 

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.