Harry Schwarz, ex-goleiro do Sport Club Internacional da década de 1940, atuou no Rolo Compressor colorado

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Antigo goleiro do Sport Club Internacional

Reprodução do pôster dos campeões gaúchos em 1947 (Crédito: Reprodução/Reprodução)

Ex-jogador atuou no Rolo Compressor colorado na década de 1940

 

Harry Bernardo Schwarz

Jogando no Inter, o goleiro conquistou o Campeonato Gaúcho de 1947 (Crédito: Andréa Graiz/Agencia RBS)

 

Harry Bernardo Schwarz , ex-goleiro do Inter da década de 1940, fez parte do ‘Rolo Compressor’. Jogando no Sport Club Internacional, o goleiro conquistou o Campeonato Gaúcho de 1947

Filho do município de Venâncio Aires, em função da profissão do pai, o médico Conrado Schwarz, com dois meses de vida foi com a família para Santa Cruz. Ali, Harry fez suas primeiras defesas nas peladas da várzea com os amigos. Aos 15 anos, aprendeu que, em alguns momentos da vida, o jogo termina e não há como ter prorrogação. O falecimento do pai fez com que sua mãe, a dona de casa Maria Elisabeta Schwarz, voltasse com os quatro filhos – Rudy, Redy, Lory e Harry – para a Capital. Para ajudar a família, o menino vendia na escola doces feitos pela mãe.

Chegando em Porto Alegre, começou a trabalhar em uma empresa de produtos farmacêuticos. O time de futebol da CRT, na época localizada próximo ao local de trabalho de Harry, percebeu as habilidades do garoto no gol.

– Me convidaram para trabalhar com eles. Assim, poderia jogar no time deles – lembra, rindo, o, hoje, morador do Bairro Lindoia.

Em seguida, o Grêmio Esportivo Renner acertou a contratação do jovem goleiro. As jornadas de trabalho eram divididas com os treinos. Em 31 de dezembro de 1946, conheceu Leda Suely Sperb Schwarz. O namoro só não foi à primeira vista porque, no mesmo dia, Harry, em uma disputa de bola, levou uma pancada no olho, marca que ainda carrega no rosto. Foram 20 dias no hospital. No retorno, a grande disputa: Renner contra o Internacional.

Harry jogou e, pela bela atuação, uma semana depois, foi contratado pelo seu time do coração. O Inter, em 1946, chorava a perda de uma sequência de seis títulos gaúchos para o seu arquirrival.

 

Harry Bernardo Schwarz

Em 2011, a convite do Diário Gaúcho, Harry posou para fotos dentro do Beira-Rio (Crédito: Andréa Graiz/Agencia RBS)

 

Orgulho do ex-jogador é gigante

Reserva de Ivo Winck, Harry ajudou o time de 1947 a comemorar mais um título.

– Jogadores que estavam no banco jogavam tanto quanto os titulares, diferente de hoje – revela o ex-goleiro.

A dedicação pelo futebol não pode ir adiante. O salário que os profissionais recebiam não era suficiente para o sustento de uma família. E ele optou por continuar somente na CRT, onde ficou por 40 anos, tempo em que os três filhos – Roberto, Ricardo e Dóris – e os netos nasceram.

No final de semana em que o Estado divide-se em vermelho e azul, Harry dá o seu pitaco:

– No tempo em que eu jogava, quando tinha clássico Gre-Nal, já sabíamos que era três pontinhos para nós. Agora, é mais parelho. Acho que teremos um empate no domingo – revela.

O tempo em que Harry defendeu o gol do Inter pode ter sido pouco, mas o orgulho de fazer parte da senda de vitórias colorada equivale-se à alegria da torcida que viu o time dos Eucaliptos se tornar o Gigante da Beira-Rio.

Harry Bernardo Schwarz morreu em Porto Alegre em 30 de outubro

(Fonte: http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/noticia/2011/08 – 27/08/2011)

 

 

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