Guillermo Mordillo, célebre ilustrador e cartunista argentino, ícone mundial do humor gráfico

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Ilustrador argentino, ícone mundial do humor gráfico

 

 

Uma das ilustrações animais inconfundíveis de Mordillo / MORDILLO

 

 

Inconfundíveis são os seus brilhantes e bem humorados desenhos de traços arredondados.

Artista ficou famoso nos anos 1970 por cartuns que primavam colorido característico e pela ausência de textos

 

Guillermo Mordillo Menéndez (Villa Pueyrredón, Buenos Aires, 4 de agosto de 1932 – Maiorca, Espanha, 30 de junho de 2019), cartunista argentino, ou mais popularmente, Mordillo, foi ícone do humor gráfico mais publicado em escala global nos anos 70.

 

Mordillo se firmou por cartuns marcados pelo humor e por cores fortes, além da presença recorrente de animais como a girafa. Ele também ficou bastante conhecido pelos quadrinhos sobre futebol, que geraram o livro Futebol & Cartuns, publicado no Brasil em 2015.

 

Cartunista argentino de fama internacional, Guillermo Mordillo Menéndez era ícone do humor gráfico, mais publicado em escala global nos anos 1970, Mordillo ficou famoso por cartuns que primavam colorido característico e pela ausência de textos. No Brasil, seus trabalhos foram publicados em diversas revistas e foram animados para serem exibidos em programas da TV Globo.

 

 

Mordillo passou a infância no modesto bairro de Buenos Aires de Villa Pueyrredón. Seus principais interesses eram desenho e futebol, e ele sentia grande admiração por Buster Keaton e Walt Disney. Aos 23 anos ele se mudou para o Peru, onde permaneceu por cinco anos. Mais tarde ele foi para Nova York, onde obteve trabalho nos estúdios Paramount como desenhista dos filmes do marinheiro Popeye.

 

 

Nos anos 1960, Mordillo se mudou para Paris, onde viveu por 17 anos vendendo seus cartuns humorísticos. Entrou no mundo dos jornais através de um desenho publicado na revista “Paris Match” em 1966. Como não dominava o francês, optou por fazer um clima silencioso. Essa falta de texto acabou caracterizando todo o seu trabalho. Ao longo de sua carreira, ele fez poucos desenhos com diálogos e, destes, muitos são onomatopaicos.

Sua fama internacional veio durante a sua estadia em Paris. A universalidade de seus desenhos humorísticos fez com que ele fosse apreciado em quatro continentes. Segundo várias entrevistas, seu processo de criação foi intuitivo. Em seu trabalho, dois de seus hobbies aparecem frequentemente: futebol e animais, e ele conseguiu fazer mais de 2.000 desenhos sem palavras, com uma média de 60 por ano.

 

 

Filho de espanhóis, Mordillo nasceu em Villa Pueyrredón em 4 de agosto de 1932, filho de um eletricista e de uma funcionária pública. Foi com 13 anos que começou a dedicar-se mais seriamente ao desenho até que acabou por se formar como ilustrador.

Aos 23 anos mudou-se para Lima, Peru, onde trabalhou numa agência de publicidade. Cinco anos mais tarde acabaria por se mudar para Nova Iorque, Estados Unidos, tendo conseguido um contrato para trabalhar na Paramount que lhe encomendou que desenhasse os movimentos de Popeye para o cinema. Os famosos estúdios de cinema estavam a atravessar uma grave crise econômica e, na altura, para contornarem a situação, optaram por fazer uma espécie de animação do popular boneco, na qual apenas as expressões do rosto e dos braços tinham movimento.

Mas Mordillo tinha ambição de fazer animação completa e, por isso, decidiu instalar-se em Paris, França, onde, nos primeiros três anos, conseguiu sobreviver à custa de desenhos com que personalizava cartões de visita. Décadas depois, diria numa entrevista: “Eu falo cinco línguas, mas a que eu falo melhor é a do desenho, que é universal”.

As suas ilustrações na famosa revista “Paris Match” foram a porta de entrada para uma carreira global. Os seus cartoons foram posteriormente reproduzidos pela revista alemã “Stern” e, depois disso, em publicações de todo o mundo.

 

Ao longo das várias entrevistas que deu sempre afirmou que o seu processo de criação foi intuitivo. No seu trabalho, há dois temas dominantes: o futebol e os animais,

 

Já consagrado, dividiu sua vida entre Paris e Maiorca. Entre os prêmios que recebeu contam-se o Prêmio Phoenix de Humor (1973), o Prêmio Criança Amarela (1974), o Prêmio Nakanoki (1977), o cartonista do Ano do Salão Internacional de Cartuns de Montreal (1977) e a Palma de Ouro de San Remo.

Ao longo de sua carreira, fez apenas três exposições: uma em Paris no final dos anos 60, outra em Barcelona e a última em Palma de Maiorca, em novembro de 1989, cujos fundos foram destinados ao tratamento de crianças autistas.

Em 2015, Mordillo teve sua obra sobre futebol reunida pela primeira vez em livro no Brasil em “Mordillo – Futebol & Cartuns” (Panda Books). No prefácio, o jornalista Alberto Villas escreveu: “Seu traço inconfundível transformava qualquer bicho, qualquer monstrengo, num bichinho fofo. Fosse um elefante, fosse uma girafa, fosse uma vaca, um jacaré. Ou fosse até mesmo um baixinho narigudo. Os humanos, geralmente em preto e branco, estavam sempre em situações que desaguavam no humor. Não aquele humor de gargalhada, do riso fácil, mas o humor que faz pensar. Quem bate o olho num Mordillo sempre para, pensa e deduz: ‘Que sacada!'”

 

 

Ao longo de sua carreira, o cartunista fez apenas três exposições: uma em Paris no final dos anos 1960; outra em Barcelona; e a última em Palma de Mallorca em Novembro de 1989, cujos recursos foram dedicados ao tratamento de crianças autistas em Maiorca ilha, onde viveu temporariamente desde 1980. Mordillo, ávido golfista, ele foi presidente da Associação Internacional de Autores de Histórias em Quadrinhos e Desenhos animados.

Entre os prêmios recebidos ao lago sua longa carreira estão o Phoenix de Humor (1973), o Yellow Kid (1974), o Nakanoki (1977), Cartunista do Ano do Montreal International Salon de Cartoons (1977) e a Palma de Ouro de San Remo.

Guillermo Mordillo faleceu em 30 de junho de 2019, aos 86 anos, em Maiorca, Espanha, onde tinha uma casa e passava longos períodos.

O artista, que ainda trabalhava todos todos os dias, sofreu uma indisposição enquanto jantava com a família em um restaurante na estância turística de Palmanova.

(Fonte: https://www.jn.pt/artes – JORNAL DE NOTÍCIAS / ARTES / CULTURA / ILUSTRAÇÃO / CARTOON / Por Ana Vitória – 30/06/2019)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura –  CULTURA / Por O Globo – 30/06/2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.440 – 2 de JULHO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)

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