Grão-duque Jean de Luxemburgo, que reinou durante 36 anos neste pequeno Estado europeu antes de ceder o trono ao filho Henri

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Grão-duque de Luxemburgo, reinou por três décadas

 

 

Grão-duque Jean de Luxemburgo (Castelo de Berg, 5 de janeiro de 1921 – Luxemburgo, 23 de abril de 2019), que reinou durante 36 anos neste pequeno Estado europeu antes de ceder o trono ao filho Henri

 

Em 1942 ele se alistou como voluntário no exército britânico. Dois anos mais tarde participou no Desembarque da Normandia e depois na libertação de seu país, algo que seus compatriotas nunca esqueceram.

 

O grão-duque, popular e considerado uma pessoa agradável, estava aposentado desde que abdicou do trono e foi substituído por seu filho em outubro do ano 2000.

Sua esposa Josephine-Charlotte, irmã dos ex-reis belgas Baudoin e Albert II, com quem teve cinco filhos, faleceu em 2005.

 

Jean, nascido em 5 de janeiro de 1921, quinto soberano de uma dinastia fundada em 1890, assumiu o trono aos 43 anos, em 12 de novembro de 1964, após a abdicação de sua mãe, Charlotte.

 

O príncipe Félix, seu pai, pertencia à família Bourbon-Parma e era descendente direto do rei Luis XIV através de Felipe V, que foi rei da Espanha durante mais de 40 anos no século XVIII.

Sua mãe, a duquesa Charlotte, pertencia a uma ala da Casa de Nassau.

 

No fim de 1999, o grão-duque Jean anunciou a abdicação em favor do filho Henri, que tinha 45 anos.

 

“Tenho a profunda convicção de que com a chegada do novo milênio e depois de 35 anos de reinado é sensato me afastar dos assuntos de Estado”, disse.

 

A transição aconteceu em 7 de outubro de 2000, mas as cerimônias foram adiadas em uma semana para a recuperação do príncipe Guillaume, o filho mais novo de Jean, vítima de um grave acidente de trânsito um mês antes na França.

Os luxemburgueses adoravam a personalidade de Jean, soldado do exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial e que participou na libertação de seu país.

 

Quando as tropas alemãs invadiram o Grão-Ducado, em 10 de maio de 1940, a família real se refugiou na França, depois em Portugal e finalmente em Londres, onde foi recebida pela família real britânica e onde instalou a sede do governo luxemburguês no exílio.

 

Jean se alistou no exército britânico em novembro de 1942 e foi promovido em março de 1944 a tenente do corpo de elite dos Irish Guards.

Cinco dias após o desembarque em 6 de junho de 1944, o regimento do príncipe Jean atravessou o Canal da Mancha e desembarcou em Bayeux, Normandia, e depois participou na libertação de Luxemburgo, em setembro de 1944.

 

Em 1995 foi nomeado pela rainha Elizabeth II general honorário do exército britânico.

 

A nível internacional, a monarquia de Luxemburgo, de tradição católica, dá certa visibilidade a este pequeno país de 600.000 habitantes e com uma superfície de 2.586 quilômetros quadrados.

O grão-duque estava internado por uma infecção pulmonar. Em março apareceu em público em um fórum organizado por sua nora, a duquesa Maria Teresa, sobre a violência sexual em zonas de guerra.

 

Jean de Luxemburgo faleceu em 23 de abril aos 98 anos.

“O grão-duque Jean era e continuará sendo um símbolo de nossa história e de nosso país”, afirmou o primeiro-ministro Xavier Bettel.

(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 55 – N° 19.381 – 24 de abril de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)

(Fonte: https://istoe.com.br – Edição nº2573 – COMPORTAMENTO / Por AFP – 23/04/19)

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