Gilberto Dimenstein, escritor e jornalista, autor de mais de 10 livros, era fundador e dono do portal Catraca Livre

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Jornalista e escritor Gilberto Dimenstein atuou na Folha por 28 anos

 

Ganhador de prêmios literários e fundador do site Catraca Livre

 

Gilberto Dimenstein (São Paulo, 28 de agosto de 1956 – São Paulo, 29 de maio de 2020), escritor e jornalista brasileiro, ex-comentarista da Rádio CBN e colunista da Folha de S. Paulo por 28 anos, autor de mais de 10 livros, era fundador e dono do portal Catraca Livre, uma plataforma multimídia de jornalismo educativo que divulga atividades culturais gratuitas em São Paulo.

 

Nascido em 28 de agosto de 1956, em São Paulo, Dimenstein era filho de um pernambucano de origem polonesa e de uma paraense de ascendência marroquina.

 

Paulistano e de origem judaica, Dimenstein se formou em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista. Estudou no Colégio I. L. Peretz e se formou em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Foi diretor da Folha de S. Paulo na sede em Brasília e correspondente em Nova Iorque pelo mesmo jornal.

 

Em 1994, publicou “O Cidadão de Papel”, que ganhou os Prêmios Jabuti e Esso de melhor livro de não-ficção daquele ano.

Na obra, o autor busca mostrar o desrespeito aos direitos humanos na nossa sociedade e apresenta uma rede que une o assassinato de crianças, a violência, a fome e a falta de escola com o desenvolvimento da economia, a crise da educação, a falta de emprego.
O livro discute o papel dos jovens como cidadãos de deveres e direitos , analisa as instituições do país e trata de questões sociais, como a má distribuição de renda e a desigualdade social. A obra também traz reflexões sobre documentos como a “Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Também escreveu “Aprendiz do Futuro” e “Meninas da Noite”.
Seu início no jornalismo foi em 1977, na revista Shalon, da Comunidade Judaica do Brasil. Ele se formou pela Faculdade Cásper Líbero e trabalhou em veículos como a Folha de S.Paulo (SP), onde foi diretor e correspondente internacional, e a rádio CBN (SP), como comentarista. Passou também por O Globo (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Correio Braziliense (DF), Última Hora (SP) e as revistas Educação (SP), Visão (SP) e Veja (SP).

 

Dimenstein ganhou dois Prêmios Esso de Jornalismo – em 1988, na categoria Principal, com a reportagem “A Lista da Fisiologia”, e, no ano seguinte, na categoria Informação Política, com “O Grande Golpe”, ambas publicadas pela Folha de S.Paulo -, dois Prêmios Líbero Badaró de Imprensa e o Prêmio Jabuti de Literatura de Melhor Livro de Não-Ficção em 1993, com “O Cidadão de Papel”.

 

Na “Folha de S.Paulo”, foi diretor na sucursal de Brasília e correspondente em Nova York.

Ao longo da carreira como jornalista, trabalhou também em outros veículos de comunicação, como “Jornal do Brasil”, “Correio Braziliense” e a revista “Veja”. Ficou conhecido pela defesa de direitos nas áreas de educação e de meio-ambiente, nos quais atuava com projetos sociais.

Ao sair da Folha, após 28 anos de dedicação, escreveu, em sua última coluna: “Saio da Folha com a gratidão de quem teve suporte para fazer da vida um laboratório. Mas a Folha não sai de mim: estará sempre associada à sensação de que o exercício da imaginação é o que nos torna singulares e relevantes”.

 

Em 2007, o jornalista foi apontado pela revista Época como uma das cem figuras mais influentes do País por suas reportagens sobre temas sociais e experiências em projetos educacionais.

 

Ganhou o Prêmio Nacional de Direitos Humanos juntamente com Paulo de Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz , da Unicef , Prêmio Esso (na categoria principal) e o Prêmio Jabuti de melhor obra de não-ficção, em 1993, por seu livro “Cidadão de Papel”.

 

Dimenstein teve grande importância na área educacional. Em 2009, um documento da Escola de Administração de Harvard o apontou como um dos exemplos de inovação comunitária por conta de seu projeto bairro-escola em São Paulo, através do Projeto Aprendiz. Este, foi replicado pelo mundo pela Unicef e Unesco.

 

Além disso, segundo o senador Cristovam Buarque , Gilberto Dimenstein foi um dos inspiradores do ” Bolsa-Escola “, projeto que pagava uma bolsa mensal em dinheiro às família de jovens e crianças de baixa renda, desde que frequentassem a escola regularmente.

 

Atualmente, permanecia ativo como um crítico do governo Bolsonaro e Trump . Perguntado sobre o que traria energia a ele, respondeu: “A raiva profunda que eu tenho do Bolsonaro e do Trump. Eu fico louco quando ouço as besteiras do Bolsonaro. Mas a raiva é movedora. Vou pro Twitter, escrevo contra eles e me sinto vivo”.

 

Dimenstein escrevia, juntamente com sua companheira, Anna Penido , um livro entitulado “Os Melhores Dias da Minha Vida – Lições do Câncer”. “Estou fazendo uma auto reportagem. E a Anna, além de escrever, é também minha ombudsman. Às vezes conto algo sobre a doença e ela diz, ‘Gilberto, não, isso é mentira'”, afirmou em sua última entrevista, em março deste ano.

Gilberto Dimenstein faleceu em São Paulo, em 29 de maio de 2020, aos 63 anos. Ele vinha travando uma batalha contra um grave câncer, que começou no pâncreas e teve metástase para o fígado, conforme contou ao UOL, em março.

Dimenstein foi vítima de um câncer originado no pâncreas, com metástase no fígado.

Atualmente, ele era responsável pelo site Catraca Livre.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/05/29 – COTIDIANO / ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Por Maurício Dehò e Patrick Mesquita Do UOL, em São Paulo – 29/05/2020)

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/05/29 – SÃO PAULO / NOTÍCIA / Por G1 SP — São Paulo – 29/05/2020)

(Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2020-05-29 – BRASIL / Por Rafael Lara – 29/05/2020)

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