Germaine Tillion, foi um destaque da Resistência à ocupação nazista da França na II Guerra Mundial

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Antropóloga francesa Germaine Tillion foi um dos símbolos da Resistência francesa na Segunda Guerra.

Nicolas Sarkozy a classificou como ‘uma mulher de exceção’.

Germaine Tillion (Allègre, França, 30 de maio de 1907 – Saint-Mande, nos arredores de Paris, 18 de abril de 2008), antropóloga francesa, estudou os bérberes na Argélia nos anos 30 e foi um destaque da Resistência à ocupação nazista da França na Segunda Guerra Mundial

 

Germaine Tillion, em foto tirada no ano de 2000. (Foto: Manoocher Degathi/AFP)

Germaine Tillion, em foto tirada no ano de 2000. (Foto: Manoocher Degathi/AFP)

 

Nascida em 30 de maio de 1907, ela era uma das mulheres mais condecoradas da França e uma das cinco que receberam a Grande Cruz da Legião de Honra.

Da Argélia, onde realizou várias missões como antropóloga pioneira nos anos 30, Tillion voltou à França em 1940 após a derrota e a capitulação francesas diante dos nazistas.

Depois se envolveu na Resistência, com a criação em Paris da primeira rede de resistentes. Detida em 1942 por causa de uma delação, foi presa e depois acabou deportada para o campo de concentração nazista de Ravensbrück, onde morreu sua mãe.

Depois da Segunda Guerra Mundial, investigou os crimes de guerra nazista e os campos de concentração stalinistas na União Soviética, antes de se concentrar na guerra da Argélia na segunda metade dos anos 50.

Investigação

Investigou a tortura, as execuções e os lugares de detenção e, durante a batalha da Argélia, em 1957, conseguiu, graças a um encontro secreto com o chefe militar nacionalista da região da capital, que os atentados fossem interrompidos durante algumas semanas.

Após este conflito, a antropóloga, que diria em uma ocasião que nesta “era de descolonização generalizada, o imenso mundo feminino continua sendo uma colônia em muitos aspectos”, se dedicou a outras causas, como a emancipação da mulher no Mediterrâneo.

Em 2004, iniciou com outros intelectuais um movimento contra a tortura no Iraque.

Entre suas obras se destacam “Ravensbruck” (1973, atualizado em 1988) sobre o fenômeno dos campos de concentração, sua autobiografia “Il était une fois l’ethnographie” (2000), e “Le harem et les cousins”, um estudo sobre o casamento no Magrebe.

Germaine Tillion morreu em 18 de abril de 2008, aos 100 anos de idade, em sua casa de Saint-Mande, nos arredores de Paris, informou a associação que tem seu nome.


Valor

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, rendeu tributo a “uma mulher de exceção, cujo valor, compromisso e humanismo” o guiaram ao longo de toda sua vida.

Em declaração, homenageou “a resistente que foi levada ao campo de Ravensbrück e que nunca perdeu a esperança, a antropóloga apaixonada pela África do Norte e o Oriente Médio, a autora prolixa e a mulher comprometida com o combate político e a emancipação das mulheres e contrária a toda forma de tortura”.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL418516-5602,00- MUNDO – FRANÇA – Da EFE – 19/04/08)

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI2759583-EI8142,00- NOTÍCIAS – MUNDO – EUROPA – 19 de abril de 2008)

EFE – Agência EFE – Todos os direitos reservados. 

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