Gerard Debreu, economista americano de origem francesa, vencedor do prêmio Nobel de Economia em 1983

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Debreu: força ao mercado

Gerard Debreu (Calais (norte) em 4 de julho de 1921 – Paris, 31 de dezembro de 2004), economista americano de origem francesa, vencedor do prêmio Nobel de Economia em 1983 por seus trabalhos sobre equilíbrio econômico na economia de mercado

O economista americano de origem francesa, Gerard Debreu, prêmio Nobel de economia em 1983 por seus trabalhos sobre equilíbrio econômico, nascido na cidade francesa de Calais (norte) em julho de 1921, publicou em 1959 nos Estados Unidos sua obra mais famosa, a Teoria do Valor, uma análise do equilíbrio econômico.

O economista teve sua carreira acadêmica interrompida em 1944, quando se alistou no Exército francês. Foi mandado para uma escola de oficiais em Cherchell, na Argélia, e serviu ainda nas forças de ocupação francesas na Alemanha até julho de 1945.

Sua obra mais conhecida, “Teoria do Valor”, foi publicada nos EUA em 1959. O trabalho tem influência da teoria do equilíbrio econômico inaugurada pelo economista Léon Walras (1834-1910), entre 1874 e 1877, da qual tomou conhecimento através do trabalho do também economista Maurice Allais (1911-2010).

Ao premiar Debreu, o Comitê Nobel considerou que esta obra demonstrava a existência de um equilíbrio geral na fixação do preços.

Linha de frente

Debreu, francês naturalizado americano, foi o 12.º professor dos Estados Unidos distinguido com o Nobel de Economia, desde sua instituição em 1969. Sua escolha deveu-se principalmente ao seu esforço para demonstrar que era possível o equilíbrio entre a oferta e a procura numa economia capitalista competitiva.

Há mais de dois séculos, no livro A Riqueza das Nações, Adam Smith chegara, intuitivamente, à mesma conclusão. Mas foi Debreu, em 1950, quem forneceu as provas matemáticas da existência de uma “mão invisível” regulando o mercado.

Suas teorias, expostas sempre num estilo elegante e preciso, foram qualificadas pelo influente economista Joseph Schumpeter (1883-1950), como a “Carta Magna” da ciência econômica. Outros economistas discordam, afirmando que Debreu vivia num mundo irreal. Afinal, dizem eles, as condições imaginadas pelo ganhador do Nobel para o perfeito equilíbrio entre a oferta e a procura não existem mais neste planeta.

Ao contrário de outros recentes ganhadores, como o monetarista Milton Friedman, Debreu manteve-se meticulosamente distante de qualquer debate político sobre a economia de qualquer país, rejeitando também qualquer classificação do estilo “liberal” ou “conservador”.

Debreu foi anunciado como o ganhador do Prêmio Nobel de Economia, pelo presidente da Real Academia de Ciências da Suécia, Assar Lindback em outubro de 1983, onde retratou-se quase como um pedido de desculpas. “No começo, não tínhamos compreendido a importância do trabalho do doutor Debreu. Agora percebemos seu real valor.”

Afinal, como Lindback observou em seguida, os premiados nos dois anos anteriores haviam içado os fundamentos de suas descobertas dos estudos de Economia Matemática que o professor Gerard Debreu, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, desenvolvia desde 1950. Um deles, James Tobin, agraciado com o Nobel de Economia em 1981, ao tomar conhecimento da premiação, sustentou que no trabalho de Debreu repousa a “verdadeira base cintífica da teoria econômica.”

Gerard Debreu faleceu no dia 31 de dezembro de 2004, em Paris.

(Fonte: Veja, 26 de outubro de 1983 – Edição 790 – PRÊMIO – Pág: 109)

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2005/01/05/ult35u38957 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – PARIS (AFP) – 05/01/2005)

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(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u92196 – MERCADO/ Por VINICIUS ALBUQUERQUE da Folha Online – 05/01/2005)

Com agências internacionais

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