George Michael, cantor e compositor

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Músico vendeu mais de 100 milhões de álbuns ao longo de sua carreira

George Michael, studio portrait, London, 1987. (Photo by Michael Putland/Getty Images)

George Michael, studio portrait, London, 1987. (Photo by Michael Putland/Getty Images)

George Michael (East Finchley, Londres, 25 de junho de 1963 – Oxfordshire, no Sudeste da Inglaterra, 25 de dezembro de 2016), cantor, compositor e símbolo gay, estrela, que lançou sua carreira no Wham! na década de 1980 e continuou o seu sucesso como artista solo.

Sexy, atraente e carismático, ele se tornaria o artista perfeito para estrelar a era dos videoclipes, que apenas se iniciava.

Fora dos palcos, sua vida também geraria manchetes em todo o mundo. Politizado, crítico da primeira-ministra conservadora Margaret Tatcher, ele se tornaria – mais tarde, depois de se assumir como gay, no final dos anos 90 – uma voz em defesa da comunidade LGBT.

George Michael nasceu em East Finchley, bairro no norte de Londres, filho de pai cipriota e mãe inglesa, George Michael, nascido Georgios Kyriacos Panayiotou, foi uma das principais estrelas do pop mundial, tendo vendido cerca de 100 milhões de discos ao longo da carreira.

Michael criou o Wham! com o amigo Andrew Ridgeley em 1982. O duo lançou seu álbum de estreia, “Fantastic”, no ano seguinte e, a partir de então, popularizou hits como “Careless whisper”, “Last Christmas”, “Wake me up before you go-go” e “Everything she wants”. O sucesso levou os artistas a fazerem, em 1985, o primeiro show de música pop ocidental na China.

A dupla se separou em 1986, quando Michael iniciou uma bem-sucedida carreira solo, em um dueto com Aretha Franklin na música “I knew you were waiting”. Ele lançou “Faith”, seu primeiro álbum solo, em 1987. Entre os hits mais conhecidos da fase solitária da carreira, estão “Freedom! ’90”, “One more try” e “Father figure”.

O inglês George Michael estourou na música nos anos 1980 graças a hits superdançantes como “Wake me up before You go-go”, que lançou quando fazia parte do duo Wham!. Com a banda, ele gravou também “Club Tropicana”, “Last Christmas” e a romântica “Careless whisper”. Em 1987, após três discos ao lado do Wham!, partiu em carreira solo com o disco “Faith”, que vendeu 20 milhões de cópias, ganhou o Grammy de álbum do ano e continha sucessos como “I want your sex” e “Father figure”.

Seu segundo disco solo, “Listen without prejudice vol. 1” (1990), teve arranjos, produção e composições do próprio Michael, que optou por não aparecer na capa para se afastar da imagem de símbolo sexual que o marcava até então. Entre as canções estavam sucessos como “Freedom! ‘90”, cujo clipe trazia as supermodelos Cindy Crawford, Naomi Campbell e Linda Evangelista. Outros hits eram “Cowboys and angels”, “Mother’s pride” e “Praying for time”. O disco levou o cantor ao tribunal, numa disputa contra a Sony. Michael discordava do modo como o álbum havia sido comercializado pela gravadora, mas perdeu a causa.

Sua popularidade nos anos 1980 e 90 se traduziu em vários prêmios, entre eles três Brit, um MTV e oito indicações ao Grammy, ganhando duas vezes. O cantor é considerado o artista britânico mais reproduzido nas rádios até 2004. Em 1991, ele se apresentou na segunda edição do Rock in Rio, no Maracanã.

Em 2012, George Michael participa de show para arrecadar dinheiro para a ONG Sidaction, de combate à AIDS (Foto: Francois Mori / AP)

Em 2012, George Michael participa de show para arrecadar dinheiro para a ONG Sidaction, de combate à AIDS (Foto: Francois Mori / AP)

George Michael em conferência em 2005. (Foto: Tobias Schwarz/Reuters)

George Michael em conferência em 2005. (Foto: Tobias Schwarz/Reuters)

Ele lançaria mais quatro álbuns solo — o último foi “Symphonica”, em 2014, após dez anos de hiato. Em quase quatro décadas de carreira, Michael acumulou, além de grandes sucessos, inúmeras polêmicas e passagens por delegacias. Em 2010, ficou quatro meses preso na Inglaterra depois de dirigir sob efeito de drogas e bater seu carro em uma loja. Antes, em 2006, durante uma entrevista para um programa na TV inglesa, acendeu e fumou um cigarro de maconha na frente das câmeras. Ainda nos anos 90, em 1998, foi preso e condenado a serviços comunitários por atendado ao pudor ao tentar fazer sexo em um banheiro masculino com um policial à paisana, em Los Angeles. Com o escândalo, o astro se viu obrigado a assumir a homossexualidade e revelou que a canção “Jesus to a child” (1996) fora escrita como tributo ao estilista brasileiro Anselmo Feleppa, seu companheiro, que morreu em decorrência da Aids, em 1995.

O cantor vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo todo. Nesta foto de 2008, Michael aparece em show em Inglewood, California, durante sua "Live Global Tour" (Foto: © Mario Anzuoni / Reuters / REUTERS)

O cantor vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo todo. Nesta foto de 2008, Michael aparece em show em Inglewood, California, durante sua “Live Global Tour” (Foto: © Mario Anzuoni / Reuters / REUTERS)

Michael e Feleppa se conheceram em 1991, quando o cantor esteve no Rock in Rio II, no Maracanã, na primeira e única oportunidade em que se apresentou para o público brasileiro. Os dois iniciaram uma relação amorosa e, pouco depois, Feleppa descobriu que era soropositivo. O inglês passou os quatro anos seguintes ajudando a cuidar do namorado, até sua morte. Segundo o cantor, foi a primeira vez em que ele teve uma relação amorosa com um homem. “Eu já transava por aí, mas tinha tão pouca experiência com homens que minha vida sexual era absurdamente inadequada para mim. Até conhecer Anselmo”, contou ao jornal inglês “The Independent”, em 2005. “É muito difícil sentir orgulho de sua sexualidade quando ela nunca lhe trouxe alegria, mas, quando você encontra uma pessoa que realmente ama… não é tão difícil assim”, continuou. “Anselmo rompeu minhas barreiras vitorianas e me mostrou como viver realmente, como curtir a vida”.

Anos mais tarde, em 2007, Michael pediu que uma entrevista em que discutia seus temores de ser portador do vírus HIV fosse retirada de um documentário a ser veiculado pela BBC por ser “pessoal demais para a família de Anselmo rememorar”, segundo seu porta-voz. Produtor do documentário (“Stephen Fry: HIV and me”), Ross Wilson, no entanto, afirmou na época: “George disse que não acredita em testes de HIV”. Ele disse que acha que a espera por resultados é (uma dor) excruciante e que não fazia teste desde pelo menos 2004 por temores de poder ser soropositivo”.

George Michael aparecerá num filme com estreia prevista, nos Estados Unidos, para maio de 2017. Ele é um dos astros incluídos no documentário “Sound it out: The untitled LGBTQIA music documentary”, do diretor americano Eric Aroxa. O tema do longa é a influência de artistas gays na cultura popular e na indústria do entretenimento. O elenco tem vários outros cantores, como Adam Lambert, Sam Smith e Halsey. Michael já foi atração de alguns documentários, como “George Michael at the Palais Garnier” (2014), “George Michael: A different story” (2005) e um episódio da série “Behind the music” (2004).

Seu último lançamento, o álbum ao vivo “Symphonica”, saiu em 2014. Neste mês, a imprensa internacional noticiou que o artista estava trabalhando em um novo disco com o produtor e compositor Naughty Boy.

George Michael morreu em 25 de dezembro de 2016, aos 53 anos, em sua casa, em Oxfordshire, no Sudeste da Inglaterra, de um ataque cardíaco e o músico teria morrido dormindo. Em 2011, ele esteve entre a vida e a morte após cancelar sua turnê mundial e ser internado em Viena com pneumonia. Em 2014, foi atendido por duas ambulâncias em casa depois que um amigo acionou os serviços de emergência por motivo não revelado.

(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia – MÚSICA – NOTÍCIA/ Por G1, São Paulo – 26/12/2016)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica – CULTURA/MÚSICA/ POR O GLOBO – 25/12/2016)
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