George H. W. Bush, ex-presidente dos Estados Unidos, esteve à frente da Casa Branca entre 1989 e 1993

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Ex-presidente dos EUA George H.W. Bush era pai do ex-presidente George W. Bush, comandou o país entre 1989 e 1993.

Intervenção dos EUA no Iraque durante guerra do Golfo marcou gestão.

 

 

O ex-presidente dos EUA George H. W. Bush em fotografia de 4 de dezembro de 1992. (Foto: Luke Frazza / AFP)

 

Foi o último presidente dos EUA na Guerra Fria

 

Pai de George W. Bush, republicano lutou na Segunda Guerra Mundial

 

 

George Herbert Walker Bush (Milton, 12 de junho de 1924 – Houston, 30 de novembro de 2018), foi o 41° presidente dos Estados Unidos, foi o último presidente dos EUA da geração que lutou na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

 

George Herbert Walker Bush nasceu em 12 de junho de 1924, em Milton, Massachusetts, filho do senador Prescott Bush. De família rica e politicamente atuante nos Estados Unidos, Bush frequentou uma escola da elite da Nova Inglaterra.

 

 

Aos 18 anos, Bush se tornou o mais jovem piloto da Marinha americana a combater na Segunda Guerra Mundial. Ele esteve presente em 58 missões de combate e quase morreu quando seu avião foi atingido no Pacífico. Por sorte, Bush acabou sendo resgatado por um submarino. Com o fim da guerra, recebeu medalha de honra pelos serviços prestados.

 

Quando voltou aos Estados Unidos, Bush se formou em Economia, pela prestigiada Universidade de Yale. Com o diploma, mudou-se para o Texas e começou a trabalhar na indústria petrolífera.

 

 

Em 1963, Bush se tornou presidente do Partido Republicano no condado de Harris, no Texas. No ano seguinte, tentou uma cadeira no Senado, mas não foi bem-sucedido. Em 1966, no entanto, foi eleito para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, onde atuou por dois mandatos como deputado.

 

 

Durante os anos 1970, Bush foi nomeado para vários cargos importantes como de embaixador dos EUA nas Nações Unidas em 1971, chefe do Comitê Nacional Republicano durante o escândalo de Watergate, enviado dos EUA à China e diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) em 1976.

 

 

Bush, então, começou a focar na presidência dos Estados Unidos. Em 1980, tentou, mas não conseguiu ganhar a nomeação do Partido Republicano. No entanto, foi escolhido como candidato a vice-presidente da chapa de Ronald Reagan. A dupla venceria dois mandatos. Aproveitando a popularidade de Reagan, Bush foi escolhido como candidato do partido para a eleição de 1988. O republicano venceu o democrata Michael Dukakis, e se tornou o primeiro vice-presidente eleito presidente desde 1837.

 

 

O governo Bush foi marcado pela Guerra do Golfo e pela crise econômica. No Oriente Médio, em 1990, o Iraque invadiu o Kuait em busca de petróleo. Uma coalizão da ONU, liderada pelos EUA, removeu as forças de Saddam Hussein do país vizinho e garantiu que a Arábia Saudita não fosse invadida. Com a guerra, o governo Bush viu sua popularidade crescer, apesar de erros básicos de estratégia, como o fato de ter deixado Saddam no poder.

 

 

No entanto, os índices de aprovação de Bush despencaram por problemas internos. Os Estados Unidos enfrentaram uma dura recessão econômica e o presidente se viu obrigado a quebrar uma promessa de campanha. Durante seu discurso de aceitação de nomeação na Convenção Nacional Republicana de 1988, Bush declarou: “leia meus lábios: nada de novos impostos”. No entanto, o presidente se viu obrigado a buscar apoio dos democratas, o que significou o aumento de impostos já existentes.

 

 

Sob a gestão de Bush pai, o mundo vivenciou a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética. Apesar de ser um momento de reafirmação da hegemonia americana, o país passou por uma recessão em seu governo, gerando a famosa expressão “é a economia, estúpido”, de James Carville, estrategista de Bill Clinton, que evitou que Bush pai fosse reeleito em 1992, apesar da popular vitória, até o momento, na primeira Guerra do Golfo — diferentemente da invasão do Iraque em 2003, a coalizão internacional liderada pelos EUA em 1990 teve o aval da ONU.

 

 

Sob a gestão de Bush pai, o mundo vivenciou a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética. Apesar de ser um momento de reafirmação da hegemonia americana, o país passou por uma recessão em seu governo, gerando a famosa expressão “é a economia, estúpido”, de James Carville, estrategista de Bill Clinton, que evitou que Bush pai fosse reeleito em 1992, apesar da popular vitória, até o momento, na primeira Guerra do Golfo — diferentemente da invasão do Iraque em 2003, a coalizão internacional liderada pelos EUA em 1990 teve o aval da ONU.

 

 

Bush perdeu apoio dos conservadores e foi derrotado na eleição de 1992 pelo democrata Bill Clinton, em uma das grandes surpresas eleitorais da história dos Estados Unidos. Um dos fatores que pode ter ajudado para a derrocada eleitoral de Bush, foi o crescimento da candidatura do independente Ross Perot, que terminou a eleição com 19% dos votos populares.

 

De ex-presidente, Bush logo se tornou pai de presidente. Isso porque seu filho mais velho, George W. Bush, foi eleito presidente em 2000. Por causa disso, Bush acabou fazendo muitas aparições públicas para mostrar apoio ao filho. Além disso, o ex-presidente também participou de diversas ações com outros ex-mandatários.

 

Em 2000, viu seu filho George W. Bush foi eleito e, em 2004, reeleito presidente dos EUA. Outro filho seu, Jeb Bush, foi governador da Flórida e perdeu, em 2016, as primárias republicanas para Donald Trump. A família, influente no ambiente conservador americano, nunca apoiou o atual presidente republicano.

 

Em 2005, ele juntou forças com o ex-presidente Bill Clinton para ajudar as pessoas afetadas pelo furacão Katrina, que devastou a região da Costa do Golfo. Em 2011, foi homenageado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente Barack Obama.

 

Chamado popularmente de “Bush pai” após a eleição do filho George W. Bush como presidente, o republicano foi o 41º presidente a ocupar a Casa Branca, entre 1989 e 1993.

 

Antes de ocupar a presidência, ele foi vice-presidente durante os oito anos da administração Reagan, diretor da CIA e congressista.

 

Seu governo registra uma grande vitória militar em 1990, a operação “Tempestade no Deserto”, que pôs fim à ocupação militar no Kuait pelo Iraque.

 

 

Infância e juventude

 

 

George Herbert Walker Bush nasceu em Milton, Massachusetts, em 12 de junho de 1924. Pouco depois sua família, que era muito rica, se mudou para o subúrbio de Nova York, onde foi criado.

Bush estudou em escolas privadas, foi líder estudantil e, após se formar no ensino médio, alistou-se para servir na 2ª Guerra Mundial.

Aos 18 anos, tornou-se um dos mais jovens pilotos da história do país e serviu em 58 missões. Em uma delas, o avião em que estava foi derrubado por japoneses e teve que ser resgatado das águas do Pacífico por um submarino americano. Bush chegou ao cargo de tenente antes de ser liberado com o fim da guerra.

Casamento e vida pessoal

O ex-presidente dos EUA George H.W. Bush e sua mulher, Barbara, em foto de 12 de dezembro de 2008 — (Foto: Reuters/Larry Downing/File Photo)

 

 

Em 1945, casou-se com Barbara Pierce. O casal teve seis filhos: George, Robin (que morreu ainda criança), John (conhecido como Jeb), Neil, Marvin e Dorothy. Ficaram casados por 73 anos até a morte da ex-primeira-dama, em 17 de abril de 2018.

Cursou economia na Universidade Yale, formando-se com louvor em 1948. No mesmo ano, se mudou para o Texas e começou a trabalhar na indústria do petróleo do estado, criando uma carreira lucrativa: fundou uma empresa exploradora em 1951 e, na década de 1960, já presidente de outra companhia, tornou-se milionário.

Carreira política

Filho do senador Prescott Bush (eleito por Connecticut, em 1952), Bush se filiou ao Partido Republicano, de perfil mais conservador e economicamente liberal.

Em 1967, tornou-se deputado pelo Texas e ficou no cargo durante duas gestões, até 1970. Entre 1971 e 1974, serviu como embaixador na ONU e passou 14 meses como representante na China. Entre 1976 e 1977, foi diretor da CIA, o serviço de inteligência norte-americano.

Em 1980, Bush tentou se candidatar à presidência, mas perdeu e foi escolhido como vice na chapa do republicano Ronald Reagan. Em seu mandato como vice, de 1981 a 1989, Bush era responsável por programas antidrogas e fez visitas diplomáticas a dezenas de países.

Presidência

George H. Bush recebe Margaret Thatcher em Washington em novembro de 1988. — (Foto: Paul Hosefros/The New York Times)

 

 

 

Em 1988, foi nomeado candidato à presidência pelo Partido Republicano. Em uma campanha pesada, com ataques pessoais dos dois lados, Bush derrotou o democrata Michael Dukakis. O republicano teve 54% dos votos populares e 426 dos 537 dos votos do colégio eleitoral.

Presidente dos EUA durante o fim da Guerra Fria, seu mandato foi marcado por profundas mudanças na geopolítica, como o desmantelamento da União Soviética.

A política externa teve papel central em seu mandato. Em dezembro de 1989, Bush autorizou o envio de tropas ao Panamá para depor o general Manuel Noriega.

Entre 1990 e 1991, o país enviou tropas com apoio da ONU para remover soldados de Saddam Hussein que invadiram o Kuwait, durante a chamada primeira guerra do Golfo. Quando os soldados foram retirados, ele optou pelo fim da operação militar e não perseguiu Hussein.

 

Em sua política doméstica, Bush ostentava a promessa de não aumentar impostos, mas chegou a aprovar esta medida em uma tentativa de reduzir o déficit do país.

Bush foi alvo de muita atenção da mídia quando, em 1992, vomitou e em seguida desmaiou durante um jantar diplomático no Japão, com a presença de mais de 100 diplomatas. A cena foi filmada e repercutiu internacionalmente.

O republicano tentou a reeleição e foi derrotado pelo democrata Bill Clinton na eleição de 1992.

 

George H.W.Bush foi piloto de guerra, embaixador na ONU, congressista, diretor da CIA, vice-presidente e presidente

 

 

Piloto de guerra, embaixador na ONU, congressista, diretor da CIA, vice-presidente e presidente: George H.W. Bush foi quase tudo, mas entrou para a história como um presidente de um só mandato ao qual a popularidade pela Guerra do Golfo não lhe bastou para sobreviver ao declive econômico.

 

 

“Bush pai”, como passou a ser chamado popularmente após a eleição de seu filho George W. Bush como presidente em 2000, será lembrado como um republicano moderado que soube ganhar o respeito de ambos partidos apesar de ter governado apenas quatro anos.

A frágil economia nacional pôs fim a uma presidência definida pela política externa: a queda do muro de Berlim, a reunificação alemã, a invasão do Panamá, a Guerra do Golfo, a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria.

 

Foi também na administração que a Guerra Fria terminou, com a queda do Muro de Berlim em 1989, seguida da dissolução da União Soviética e do estabelecimento por Bush e Mikhail Gorbachev da parceria estratégica entre Rússia e EUA, EM 1991.

 

 

Em 1991 assinou com o então líder soviético, Mikhail Gorbatchov, o Tratado de Redução de Armas Estratégicas para limitar o número de mísseis nucleares.

 

No entanto, foi sua liderança na Guerra do Golfo (1990-1991), alcançando a saída do Iraque do Kuwait com um número mínimo de vítimas americanas, que lhe transformou no presidente mais popular do país até então, com 89% de aprovação.

George H.W. Bush e sua mulher, Barbara, durante campanha aos Senado, em imagem de 6 de junho de 1964 — (Foto: Ed Kolenovsky / Arquivo / AP Photo)

 

 

Bush organizou uma coalizão militar de mais de 30 países contra a invasão do ditador iraquiano Saddam Hussein no Kuwait em agosto de 1990 e conseguiu a libertação do pequeno país petroleiro com cinco semanas de ofensiva aérea e 100 horas de combate terrestre.

Outra das suas grandes operações no exterior foi a invasão do Panamá em dezembro de 1989, com a captura do ditador Manuel Antonio Noriega, requerido pela Justiça dos Estados Unidos por narcotráfico.

A popularidade que conquistou entre os americanos com suas vitórias na política exterior ficou minada pela recessão econômica, que lhe obrigou a romper sua grande promessa eleitoral de não aumentar os impostos.

A célebre frase “Leia os meus lábios, não haverá novos impostos”, emblema do seu discurso de aceitação como candidato republicano em 1988, perseguiu-o depois na campanha pela reeleição de 1992, quando seus oponentes a usaram como exemplo das suas promessas descumpridas.

Além disso, sua recusa a ampliar as ajudas ao desemprego por medo de aumentar o déficit fez com que fosse acusado de falta de empatia com os mais afetados pela crise econômica.

Para essa percepção contribuíram suas origens privilegiadas no seio de uma endinheirada família da Nova Inglaterra, filho de Prescott Bush, um grande banqueiro de Wall Street que depois foi senador federal.

Assim, apesar da popularidade sem precedentes que lhe deram seus triunfos militares e diplomáticos, Bush perdeu para o então governador democrata do Arkansas, Bill Clinton, as eleições de 1992, incapaz de sobreviver ao descontentamento social pela crise econômica e pelo aumento da violência nas áreas pobres dos centros urbanos.

Oito anos depois, seu filho mais velho, George W. Bush, sucederia Clinton na Casa Branca, um caminho que tentou seguir nas eleições de 2016, sem sucesso, seu segundo filho e ex-governador da Flórida (1999-2007), Jeb Bush, que teve que se retirar muito cedo das primárias republicanas diante de seu pouco apoio popular.

Embora tenham seguido seus passos na política, nenhum dos seus filhos conseguiu igualar sua vasta trajetória: congressista, embaixador na ONU, presidente do Comitê Nacional Republicano, chefe do escritório de contato com a China, diretor da CIA, vice-presidente de Ronald Reagan (1981-1989) e presidente (1989-1993).

Ex-presidentes dos EUA George W. Bush, George H.W. Bush, Bill Clinton e Barack Obama; e ex-primeiras-damas Laura, Hillary Clinton, Michelle Obama e as atual primeira-dama Melania Trump — (Foto: Paul Morse / Escritório de George H.W. Bush / via Reuters)

 

 

George Herbert Walker Bush (Milton, Massachusetts, 1924) mostrou aptidão para liderança desde muito jovem: foi presidente da sua classe, capitão da equipe de handebol e membro de associações exclusivas durante seus anos no elitista internato da Phillips Academy.

Aos 18 anos, adiou a entrada na Universidade Yale – onde se graduaria anos mais tarde como economista – para entrar na Marinha como o piloto mais jovem até essa data e combater na Segunda Guerra Mundial.

Em 1944, seu avião foi atingido por fogo japonês, mas ele continuou rumo ao seu alvo, uma estação de rádio, e o bombardeou com sucesso antes de saltar de paraquedas e ser resgatado depois por um submarino americano.

Um ano depois se casou com Barbara Pierce, o amor da sua vida, a quem tinha conhecido em um baile de Natal e com quem esteve casado durante 73 anos, até a morte dela há quase oito meses.

Bush esteve à frente da Casa Branca entre 1989 a 1993. Seu mandato foi marcado pelo fim da Guerra Fria e pela primeira guerra do país contra o Iraque de Saddam Hussein.

Diante de acontecimentos que marcaram o século 20, como o colapso do comunismo na Europa Oriental e a invasão do líder iraquiano Sadam Hussein ao Kuwait em 1990, a pauta do governo de Bush foi dominada pela política externa.

Sua participação foi decisiva na construção da aliança militar internacional que expulsou as forças do Iraque do Kuwait durante a Guerra do Golfo, após uma ocupação que durou 7 meses.

 

 

Bush se tornou líder máximo do país após dois mandatos como vice de Ronald Reagan, entre 1981 a 1989 – mas acabou se tornando presidente de um mandato só, derrotado por Bill Clinton em 1992, após um período de desempenho fraco da economia.

 

 

O slogan que ficou famoso durante sua campanha em 1988 – “Leia meus lábios. Sem novos impostos” (“Read my lips. No new taxes“) – voltaria para assombrá-lo anos mais tarde, quando seria obrigado a ceder à pressão do Congresso e negociar aumento de impostos para reduzir o déficit fiscal do governo.

 

À medida que o comunismo entrava em colapso na Europa Oriental, Bush estreitou as relações com a União Soviética de Mikhail Gorbachev – descrita por seu antecessor, Ronald Reagan, como o ‘império do mal’ (Foto: AFP / BBC News Brasil)

 

 

Bush entrou para a política em 1964, aos 40 anos, depois de ficar milionário explorando o negócio do petróleo no Texas.

 

 

Durante a Segunda Guerra, ele foi aviador naval e chegou a ser alvo de forças militares japonesas, em setembro de 1944, durante um bombardeio aéreo.

 

 

Depois de sua dispensa honrosa da Marinha em 1945, ele casou com Barbara Pierce, na época com 18 anos. O matrimônio duraria 73 anos e eles teriam 6 filhos juntos.

Aposentadoria

 

 

Após deixar a presidência, ele se aposentou da vida política, mas participou de campanhas para arrecadar dinheiro para vítimas de calamidade pública, como o Furacão Katrina em 2005, e o Furacão Harvey, em 2017. Neste último caso, participou da iniciativa One America Appeal, ao lado de outro quatro ex-presidentes dos EUA: Jimmy Carter, Bill Clinton, seu filho George W. Bush e Barack Obama.

Em 2011, recebeu de Barack Obama a Medalha da Liberdade, maior honraria que pode ser concedida a um civil no país.

Saúde

 

 

George H.W. Bush sofria de Parkinson, doença que há muitos anos o impedia de caminhar. Mesmo em cadeira de rodas, o ex-presidente continuou fazendo diversas aparições públicas, mas sua saúde foi se tornando cada vez mais frágil.

Em novembro de 2012, foi internado e passou quase dois meses hospitalizado por causa de uma bronquite, chegando a passar o Natal no hospital. Em dezembro de 2014, voltou a ter problemas respiratórios e retornou ao Houston Methodist Hospital.

Em julho de 2015, foi tratado em um hospital do Maine após quebrar um osso no pescoço como consequência de uma queda e, em 2017, teve duas internações por pneumonia, uma em janeiro e outra em abril.

Em 2018, foi internado no dia 22 de abril, com um quadro de infecção, um dia após o funeral de sua esposa, Barbara.

Com os ex-Presidentes George H.W. Bush (à esq.), Bill Clinton (de gravata vermelha) e Jimmy Carter (à dir.), na inauguração da Associação Evangélica Billy Graham em Charlotte (Carolina do Norte), em 2007. (Foto: Chris Keane/Reuters/File Photo)

 

 

George H.W. Bush, que sofria um tipo de Parkinson que lhe impedia de caminhar, morreu aos 94 anos depois de ter sido internado nos últimos tempos várias vezes por problemas respiratórios e também por uma fratura cervical.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/12/01 – NOTÍCIAS / INTERNACIONAL / Do UOL, em São Paulo – 01/12/2018)

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS / MUNDO / 1° DEZ 2018)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo – MUNDO / Por Henrique Gomes Batista (Correspondente) – WASHINGTON – 01/12/2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/12/01 – MUNDO / NOTÍCIA / Por Agência EFE – 01/12/2018)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/12 – MUNDO / Por Carlos Eduardo Lins da Silva – 1º.dez.2018)

Republicano ficou na Casa Branca de 1989 a 1993 e foi o 41º presidente norte-americano; ele era pai do também ex-presidente George W. Bush

O republicano foi 41º presidente da história norte-americana e cumpriu um mandato entre os anos de 1989 e 1993. Ele perdeu as eleições seguintes para o democrata Bill Clinton. Em 12 de junho de 2018 George H. W. Bush tornou-se o primeiro presidente norte-americano a atingir a idade de 94 anos, sendo assim o ex-presidente mais velho da história do país.

Nascido em Milton, Massachusetts, era adolescente quando o Japão atacou Pearl Harbor, no Havaí, durante a Segunda Guerra Mundial. Bush se alistou, contra vontade do pai, nas Forças Armadas aos 18 anos e foi piloto combatente de aeronaves na 2ª Guerra. Em setembro de 1944, o avião dele foi atingido durante uma missão no Pacífico. Bush contou que chorou e precisou nadar muito para se salvar.

 

Depois de servir seu país, foi estudar na Universidade e Yale, onde se formou em Economia. Após se formar, foi um dos pioneiros no setor petroleiro do Texas.

 

Filho do ex-senador, Prescott Bush, sempre esteve envolvido na política, mais precisamente com o Partido Republicano, mas entrou definitivamente para a vida pública no ano de 1963 ao ser eleito para a câmara local de Harris County, Texas.

 

 

Em seguida, passou pelo Congresso e ainda ocupou cargos como Embaixador das Nações Unidas e diretor da Agência Central de Inteligência (CIA). Concorreu sem sucesso para a candidatura a Presidente dos Estados Unidos em 1980, porém foi escolhido por Ronald Reagan a ser candidato a Vice-presidente; os dois foram eleitos nesse pleito. Durante seu mandato, Bush chefiou forças-tarefas da administração Reagan envolvidas na “Guerra contra as drogas”.

 

 

Em 1988, se candidatou à presidência para substituir o companheiro de chapa e amigo pessoal. Derrotou o democrata Michael Dukakis com 54% dos votos populares e 426 dos 537 dos votos do colégio eleitoral. Suas principais marcas na Sala Oval foram a guerra contra as drogas e a política externa. Durante seu mandato, caíram o Muro de Berlim e o regime soviético.

 

Ele ainda foi responsável por enviar tropas para a Guerra do Golfo, em 1990, onde comprou briga com o ditador iraquiano Saddam Hussein, que anos depois, em 2003, viria a ser preso pelas tropas comandadas por seu filho, George W.

 

Apesar disso, problemas na economia do país tornaram o presidente impopular e ele não conseguiu ser reeleito quatro anos mais tarde, quando acabou derrotado pelo democrata Bill Clinton. Mesmo com o famoso apelo de campanha “Leia meus lábios – chega de impostos!”, perdeu a eleição para o democrata. Porém, viu o filho mais velho, George W. Bush, se eleger presidente no ano 2000 e se reeleger quatro anos depois.

 

 

Bush casou-se com Barbara Pierce em 6 de janeiro de 1945. Seu casamento produziu seis filhos: George W., Pauline Robinson “Robin” (20 de dezembro de 1949–11 de outubro de 1953, faleceu de leucemia); John (Jeb); Neil; Marvin e Dorothy Walker (18 de agosto de 1959—). A família foi construída no sucesso político dele e de seu pai, com seu filho George W. Bush acabando presidente depois de ser governador do Texas e Jeb Bush governador da Flórida. A dinastia política dos Bush foi comparada àquela de John Adams e da família Kennedy. O avô materno de Bush era George Herbert Walker Sr., o fundador da G.H. Walker & Co. O tio de Bush, George Herbert Walker Jr., morto em novembro de 1977, foi chefe da companhia. O primeiro primo de Bush, George Herbert Walker III, foi o embaixador dos Estados Unidos na Hungria entre 2003 e 2006.

Jeb Bush nas últimas eleições presidenciais, foi um dos derrotados por Donald Trump nas prévias republicanas.

 

Bush pai recebeu a medalha da liberdade, a maior honraria concedida a um civil, do ex-presidente Barack Obama. E saltou de paraquedas ao lado de veteranos para comemorar os 80, 85 e 90 anos.

(Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2018-12-01 – MUNDO / Por iG São Paulo – 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

George Bush pai ampliou eixo de influência dos EUA no Oriente Médio

Ex-presidente, que morreu aos 94 anos, também foi um dos alicerces do que é hoje o atual Partido Republicano, com seu neoliberalismo conservador

Bush ajudou a elaborar políticas da Era Reagan

 

George Herbert Walker Bush, foi um dos alicerces do que é hoje o atual Partido Republicano, com seu neoliberalismo conservador.

 

Independentemente de seu perfil político, o ex-mandatário se torna uma instituição, por si só. Que carrega em si um legado e o identifica com as características da era em que atuou, tornando-o, se não o maior, um dos principais símbolos desta era.

Com George Bush pai, a marca que fica de seu mandato (1989-1993) é a de um reordenamento das forças conservadoras durante o colapso da União Soviética e do fim da Guerra Fria.

 

George Bush estava na cúpula do governo que comandou o famoso Consenso de Washington, uma cartilha ultraliberal estruturada, em 1989, pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que se espalhou pelo mundo.

 

Acolhido inicialmente por governantes como a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher (1979-1990), o Consenso se prolongou por anos, até um período de recuo. E, sob a forma de neoliberalismo, voltou com força nos tempos atuais.

 

Também foi com ele que se iniciou nova fase da política externa americana. Mesmo não tendo invadido o Iraque, Bush comandou uma intervenção contra o país, ao enviar tropas para o Kuwait, entre 1990 e 1991, e expulsar o Exército iraquiano que tinha invadido a região.

 

Novo foco

 

Bush mudou o foco americano no Oriente Médio, saindo da exclusiva preocupação com a proteção de Israel, em meio a países até então hostis, e ampliando a ação americana para a antiga Mesopotâmia, hoje Iraque, principalmente em função da grande quantidade de petróleo na região.

Petróleo que foi um dos fatores que o levaram à presidência, após muitos anos atuando na política (como deputado e diretor da CIA, entre outros). Bush pai, um riquíssimo empresário ligado ao petróleo, ajudou a formular as políticas de Ronald Reagan (1981-1989), muito contestadas por organizações humanitárias.

 

Neste período de incertezas, sem se saber para onde iria a influência da antiga União Soviética, Bush reforçou o objetivo de contrabalançar o poder esquerdista na vizinhança, se contrapondo a grupos como os sandinistas, na Nicarágua, financiado pelos Estados Unidos no famoso escândalo Irã-Contras.

 

Já como presidente, autorizou a invasão do Panamá para depor, em 1989, o ditador Manoel Noriega, extraditado para os EUA, em uma fase de influência direta americana em países da América Central.

 

Semelhança com Trump

 

O perfil de Donald Trump se assemelha ao de Bush ainda mais do que ao de George W. Bush, o filho, que assumiu o poder oito anos após o pai deixar a presidência. Ambos, Trump e Bush pai foram empresários bem-sucedidos. O fator econômico foi fundamental para eles chegarem ao poder.

 

Mas a intensidade da vida pública de Bush pai, antes dele se tornar presidente foi tão intensa que, depois de seu primeiro mandato, ele se desgastou e não teve fôlego para obter um segundo.

 

No vai-e-vem da política americana, foi a vez da ascensão do progressista Bill Clinton (1993-2001). Depois, o filho de Bush (2001-2009) deu prosseguimento ao legado conservador. E se Bush pai optou por não invadir o Iraque quando era presidente, deixou todo o caminho pavimentado para seu filho iniciar a invasão, na segunda Guerra do Golfo (2003).

 

Até a eleição de Barack Obama (2009-2017) com sua política de apaziguamento em muitos conflitos. E então, foi a vez de Trump (2017), e sua retórica que atribuía a Obama um dito enfraquecimento do país no cenário internacional.

 

Mas, como mostram todas as cerimônias que envolvem a morte de um presidente americano, como vem ocorrendo nestes dias com Bush, a liturgia do cargo é que se destaca. As homenagens surgem de todos os lados.

 

Os ex-presidentes, democratas e republicanos se reúnem, ao lado das esposas, e fazem das discordâncias políticas algo menor. É típico da democracia americana reverenciar um presidente morto. E ressaltar suas qualidades, transformando, do ponto de vista diplomático, até defeitos em feitos.

(Fonte: https://noticias.r7.com/internacional – INTERNACIONAL / Por Eugenio Goussinsky, do R7 – 04/12/2018)

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