Georg Wittig, cientista que descobriu processo que possibilitou a produção industrial de vitamina A

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Wittig: remédios, corantes e pesticidas

Georg Wittig (Berlim, 16 de junho de 1897 – Heidelberg, 26 de agosto de 1987), cientista alemão ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1979 por ter descoberto um processo que possibilitou a produção industrial de vitamina A.

Nobel de Química para o que já deu resultado

Os trabalhos dos dois químicos laureados em 15 de outubro de 1979, o cientista alemão Wittig e o inglês naturalizado americano Herbert Brown rendeu dividendos práticos. Em parte, porque são estudos teóricos bem mais antigos, que só recentemente passaram às aplicações industriais.

Wittig foi professor na Universidade de Heidelberg, chegou a demonstrar alguma surpresa com a premiação, já que seu trabalho estava concluído há trinta anos. Wittig e Brown, de qualquer modo, atuaram numa linha mais ou menos próxima de pesquisa. Ao final de suas experiências, ambos haviam descoberto como combinar com o carbono os elementos fósforo e boro, de forma a dar origem a compostos orgânicos artificiais de muita utilidade como remédios, corantes e pesticidas.

CONTRA O CÂNCER – Talvez o resultado mais importante desses estudos seja a vitamina A sintética obtida a partir das pesquisas de Wittig. Trata-se de um produto excepcional. Primeiro, ele não perde em nada para a vitamina natural no tocante aos benefícios que possa trazer aos doentes que dela necessitam. Além disso, como se sabe, a vitamina A natural é tóxica quando administrada em doses elevadas. E a vitamina artifícial de Wittig não paresenta esse problema.

Foi justamente essa ausência de toxicidade que levou os médicos a experimentarem a vitamina de Wittig no tratamento do câncer. Alguns tipos de câncer reagem positivamente à administração maciça de vitamina A. Contudo, esse tratamento só pôde ser experimentado de algum tempo para cá, com o aparecimento da vitamina não tóxica de Wittig.

Por seu lado, alguns dos compostos sintéticos criados por Herbert Brown – os organoborâmicos – transformaram-se nos reagentes mais utilizados da química orgânica. Com seus métodos de fabricar produtos artificiais, Herbert Brown passou à industria a receita de coisas como lubrificantes, detergentes e pesticidas, que antes simplesmente não existiam.

O cientista alemão morreu dia 26 de agosto de 1987, aos 90 anos, em Heidelberg, na Alemanha.

 

(Fonte: Veja, 2 de setembro, 1987 -– Edição 991 -– DATAS -– Pág; 99 )

(Fonte: Veja, 24 de outubro de 1979 – Edição 581 – CIÊNCIA – Pág: 69)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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