General Osório, cavaleiro exímio, militar gaúcho que comandou o Exécito na Guerra do Paraguai

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

 

General Osório (1808-1879), cavaleiro exímio, o militar gaúcho destacou-se nos campos de batalha durante o Império e comandou o Exécito na Guerra do Paraguai.

Manoel Luis Osorio não queria ser militar – mas, garoto de poucos recursos nascido no interior do Rio Grande do Sul, encontrou no Exército uma possibilidade de ascensão social. Aos 15 anos, já lutava na Guerra da Cisplatina.

O ponto culminante de sua carreira militar foi na Guerra do Paraguai, quando foi comandante do Exército – saiu do conflito consagrado, mas com um ferimento no rosto que nunca sarou completamente, nas complicadas relações do Brasil Império com seus vizinhos, os países do Rio do Prata.

Nascido em Conceição do Arroio (hoje Osório) no ano de 1808, o militar era um típico gaúcho dos pampas. Desde a meninice, acostumara-se a cavalgar, manejar com destreza o laço e a bolea-deira e a se proteger do minuano sob o poncho. Aos 14 anos, o pai lhe disse que estava partindo para combater as tropas portuguesas que se opunham à Independência, aquarteladas em Montevidéu.
Tu vais comigo. Não posso mais sustentar teus estudos. É melhor tentares carreira no Exército.

O adolescente não queria ser militar, mas obedeceu. Acabou descobrindo que a formação campeira havia sido um excelente adestramento para a guerra: a habi-lidade como ginete e a destreza nas armas fizeram dele um dos soldados mais destacados da campanha.

Galgou patentes participando da Guerra da Cisplatina, da Revolução Farroupilha (ao lado dos legalistas) e do enfrentamento a Oribe e Rosas. Quando o exército paraguaio invadiu o Brasil, em 1865, o brigadeiro Osório acabou escolhido comandante-chefe das forças nacionais. No ano seguinte, primeiro brasileiro a penetrar o território guarani, conclamou os comandados: “É fácil a missão de comandar ho-mens livres: basta mostrar-lhes o caminho do dever.”
Voltaria do Paraguai com o maxilar perfurado por uma bala, mas vitorioso.

 
Sorte na guerra, azar no amor. A paixão malsucedida por Ana, filha de um estancieiro de Rio Pardo, encheu de amargura a juventude do militar. O romance foi proibido pelo pai da moça, que considerava Osório muito pobre para desposá-la. Como os namorados insistissem em se encontrar, o fazendeiro conseguiu que o militar fosse transferido para uma guarnição distante. De lá, o rapaz escrevia diariamente para a amada, sem jamais receber notícias – as cartas eram interceptadas pela família. Um dia, recebeu uma mensagem desesperada de Ana. Prometida em casamento a um pa-rente rico, ela suplicava que Osório viesse buscá-la. Ao apear do cavalo em Rio Pardo, o oficial de 21 anos ouviu a notícia que tanto temia:
– Ana casou-se e foi embora com o marido.
No fim da vida, Osório já esquecera os dissabores do passado. Todos o conheciam como o velhinho alegre e trocista que comandava o Ministério da Guerra (cargo no qual morreria, aos 71 anos). Uma ocasião, o imperador cochilou durante uma reunião com o militar. Osório deixou propositalmente a espada cair. dom Pedro II despertou sobressaltado com o estrondo:
– Ainda bem que sua espada não caiu no campo de batalha – provocou.
– É que ali ninguém dormia, majestade – alfinetou Osório.

(Fonte: 500 ANOS/50 PERSONAGENS)

 

 

 

Nasce, em 10 de maio de 1808, Manoel Luis Osório, que se transformaria em herói no Paraguai e em patrono da Arma de Cavalaria.

(Fonte; Zero Hora – ANO 46 – Nº 15.957 – Hoje na História – Almanaque Gaúcho/ Por Olyr Zavaschi – 10 de maio de 2009 – Pág; 54)

(Fonte: Veja, 14 de maio de 2008 – ANO 41 – Nº 19 – Edição 2060 – Veja Recomenda – Pág: 152/153)

 

Powered by Rock Convert
Share.