Gaetano Badalamenti, ex-líder e um dos principais chefes da máfia siciliana

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Foi um dos capos da máfia italiana

Gaetano Badalamenti (Cinisi, em Palermo (Itália), em 14 de setembro de 1923 – Devens, no Estado de Massachusetts, 29 de abril de 2004), ex-líder da máfia siciliana, um dos principais chefes da Máfia.

Gaetano Badalamenti, um dos chefes históricos da “cosa nostra”, foi um dos capos da máfia italiana.

O mafioso, nascido na vila de Cinisi, em Palermo (Itália), em setembro de 1923. Era integrante do grupo mafioso siciliano Cosa Nostra na década de 1970.

Detido em 1984 na Espanha e extraditado aos Estados Unidos, Badalamenti foi condenado a 45 anos de prisão por tráfico de drogas pelas autoridades judiciais americanas e cumpria a pena no presídio de Fairton, em Nova Jérsei.

Conhecido como Don Tano, era um amigo próximo de Charles “Lucky” Luciano, um dos maiores criminosos dos Estados Unidos na década de 1970. Além disso, fazia parte do chamado “triunvirato” que comandou a máfia siciliana.

Mas ainda nos anos 1970, surgiu uma nova família, que incluía Salvatore “Toto” Rina, que passou a ser o maior chefe da máfia siciliana, o que forçou Badalamenti a fugir para o Brasil e depois para a Espanha.

Mais tarde ele passou a ter negócios com o crime organizado em Nova York, onde se usavam pizzarias em uma grande operação que traficou mais de um bilhão de dólares em heroína vinda da Sicília.

Em 1987, Badalamenti foi condenado a 45 anos de prisão pelo seu papel no esquema que ficou conhecido como “Conexão Pizza”.

Portador de uma grave doença há muito tempo, Badalamenti abandonou a Itália havia mais de 20 anos, mas seu nome está associado a alguns casos famosos da máfia siciliana.

Um deles, pelo qual foi condenado à revelia à prisão perpétua, é o assassinato do jovem sindicalista siciliano “Peppino” Impastato, que, em uma rádio local, denunciou as ações criminosas de Badalamenti como chefe de um clã mafioso.

O capo também está envolvido no processo contra o ex-primeiro-ministro Giulio Andreotti (1919-2013) pelo assassinato, em 1979, do jornalista Mino Pecorelli. Em novembro de 2002, um tribunal de apelação de Perugia condenou Andreotti e Badalamenti a penas de prisão pela morte do jornalista, mas em outubro ambos foram absolvidos.

Gaetano Badalamenti morreu em um prisão federal dos Estados Unidos, onde ele cumpria sentença por tráfico internacional de drogas. Badalamenti, 80, morreu de complicações cardíacas em um centro médico federal em Devens, no Estado de Massachusetts, em 29 de abril de 2004.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2004/04/30 – Internacional/ Por Ellen Wulfhorst – NOVA YORK (Reuters) – 30/04/2004)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2004/04/30 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Roma (EFE) – 30/04/2004)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caravaggio roubado pode estar na Suíça

Quase 50 anos se passaram desde que dois ladrões usaram navalhas para extrair uma cena natalina de sua moldura do altar principal de uma capela em Palermo, na Sicília. Considerado o terceiro maior crime do mundo da arte pelo FBI, que estima o valor da obra em 20 milhões de dólares, o caso ganhou fôlego renovado em 30 de maio de 2018, quando policiais italianos anunciaram novas pistas.

 

Segundo o “New York Times”, o ex-mafioso Gaetano Grado informou no ano passado que, dias depois do furto de “Natal com São Francisco de Assis e São Lourenço”, ele próprio rastreou os responsáveis, sob ordens do mafioso Gaetano Badalamenti.

De acordo com o informante, o próprio Badalamenti — preso em 1984, em seguida condenado a 45 anos por traficar mais de 1,6 bilhão de dólares em heroína para os EUA e morto em 2004 — adquiriu a pintura, repassando-a a um negociante de arte suíço.

Grado disse que este “se sentou e chorou a não poder mais” quando viu a imagem, a ponto de o mafioso começar a pensar que “era alguém muito estúpido”. Em seguida, o esteta teria afirmado que, para vender a obra, precisaria retalhá-la em vários pedaços.

 

Não se sabe se “Natal com São Francisco de Assis e São Lourenço” foi despedaçado para ser vendido ou permanece intacto

 

 

A chefe da Comissão Italiana de Combate à Máfia, Rosy Bindi, todavia, disse a jornais que há indícios de que o quadro permaneça intacto na Suíça, depois de ter sido repassado para contrabandistas no país.

Segundo Bindi afirmou ao “Palermo Today”, o roubo foi obra de criminosos comuns apoiados por especialistas. Uma vez roubada, contudo, a pintura teria acabado nas mãos da Cosa Nostra: primeiro nas do todo-poderoso Stefano Bontade (1939-1981), em seguida nas de Gaetano Badalamenti. Ela acrescentou que “Badalamenti não compreendeu a beleza da obra. Ele entendeu, contudo, o quanto ela valia em termos econômicos”.

Ao “The Guardian”, Bindi disse: “Temos um número suficiente de evidências para lançar uma nova investigação. Pedimos a colaboração de autoridades estrangeiras, especialmente das suíças. Esperamos trazer o quadro de volta à sua casa, em Palermo”.

O destino do quadro — também conhecido por “A adoração”, cuja data de pintura varia entre 1600 e 1609, a depender do historiador — é um dos grandes mistérios do mundo da arte. Na década de 1960, todos os principais crimes que aconteciam em Palermo tinham o toque da Máfia. A investigação, naturalmente, concentrou-se na possibilidade de envolvimento do crime organizado.

Ao longo dos anos, diversas teorias foram criadas, a partir de depoimentos de suspeitos. Um deles disse que o quadro se perdeu em um incêndio. Outro, que foi abandonado e devorado por ratos. Hipóteses alternativas especularam ainda que o quadro estivesse escondido e só fosse mostrado durante encontros secretos dos chefões do crime organizado. Outra lenda urbana diz que um deles o usava como tapete.

No livro “The Caravaggio conspiracy” (1984), o jornalista inglês Peter Watson conta sua aventura ao lado de Rodolfo Sievero em busca do quadro perdido. Ele diz que um traficante de arte chegou a oferecê-lo a venda da pintura, mas um terremoto no dia 23 de novembro de 1980 impediu a transação.

Em 2015, uma réplica criada por uma laboratório de restauração digital substituiu a pintura na capela. O resultado da investigação de Bindi será entregue ao Ministério Público de Palermo.

(Fonte: http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2018/06/05 – Jornal do Brasil – CULTURA – 05/06/2018)

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