Formaram o casal mais famoso na história da literatura nacional

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Jorge Amado (1912-2001), escritor e romancista brasileiro. Foi o romancista brasileiro mais lido da história, foi também um dos mais queridos, populares e admirados. Ele nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, cidade da região cacaueira no sul do Estado da Bahia. O pai, João Amado de Faria, viera de Sergipe para tentar a sorte.
Em 1927, ele arranjou o primeiro emprego, como repórter policial do Diário da Bahia. Em 1930, Jorge Amado mudou-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, começou para valer sua carreira literária. Em 1933, foi o ano do primeiro casamento com Matilde Garcia Rosa. Os dois tiveram uma filha em 1935, Eulália, que morreu aos 14 anos. Em 1944, o casamento acabou.
Jorge Amado e Zélia Gattai conheceram-se num congresso de escritores em 1945, os dois deram início a uma das grandes histórias de amor da literatura brasileira, e nunca mais se separaram: formaram o casal mais famoso na história da literatura nacional. O casal teve dois filhos, João e Paloma.
Em 1965, Amado vendeu os direitos de filmagem do livro Gabriela, Cravo e Canela para Hollywood e, com o dinheiro, comprou uma casa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Amado se envolveu com o “Partidão” no começo da década de 30. Deixou a militância em 1956, mas nunca parou de se dizer socialista.
Em 1937, Amado teve 1 694 livros queimados em praça pública, em Salvador. A ata policial falava em “obras de propaganda comunista”. Em 1945, ele foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista e assumiu uma cadeira na Assembléia Constituinte instalada no ano seguinte. Em 1947, porém, o PC foi proscrito e todos os seus parlamentares cassados.
Em 1979, ele assistiu com interesse à criação do Partido dos Trabalhadores, mas depois se decepcionou com a agremiação. Em 1984, apoiou o movimento das diretas já. O fato é que, de 1960 em diante, Jorge Amado foi se tornado cada vez menos um “escritor comunista” e cada vez mais uma personalidade literária reverenciada por todos. Em 1961, foi eleito por unanimidade, e com muita festa, para a Academia Brasileira de Letras. Pouco depois, seu nome passa a constar pela primeira vez das bolsas de apostas para o Prêmio Nobel de Literatura.
Amado tinha certo carinho pelo filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976, com direção de Bruno Barreto e estrelado por Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. Ainda é a maior bilheteria do cinema nacional.
Morreu no dia 6 de agosto, aos 88 anos, de problemas cardíacos.

(Fonte: Revista VEJA, 30 de julho de 1997 – ESPECIAL – Carlos Graieb – ANO 30 – N.º 30 – Edição 1506 – Editora ABRIL – Pág. 96/97/98/99/100/101/102/103)

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