Foi um dos primeiros arquitetos a se desconectar do Movimento Moderno

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Robert Venturi, ponta de lança do pós-modernismo. Venturi, cujo livro de 1966 “Complexidade e Contradição na Arquitetura” cunhou o termo “less is a bore” (em português algo como “menos é uma chatice”) – para contradizer a famosa frase de Mies van der Rohe “less is more (menos é mais) – é possivelmente o mais influente dos teóricos que trabalhou buscando afastar a arquitetura do ethos modernista, no qual ela já havia se enraizado profundamente.

Nascido na Philadelphia em 1925, Robert Venturi é arquiteto e professor da Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Princeton, já tendo trabalhado com Eero Saarinen e Louis I. Khan. Vencedor do Prêmio Pritzker de 1991, o arquiteto em 1964 montou o escritório Venturi & Rausch, que mais tarde tornou-se o que é hoje Venturi & Scott Brown Associates (VSBA), em sociedade com sua esposa Denise Scott Brown. Venturi é considerado um dos principais teóricos pós-modernos, inaugurando a crítica norte-americana, a hegemonia da corporação modernista, sendo um dos primeiros a se desconectar do Movimento Moderno, e resgatando os antecedentes históricos.

Depois de alguns anos estudando arquitetura antiga ele volta aos EUA, onde inicia sua carreira e suas criações projetuais e teóricas. Em sua teoria a forma tem o papel de informar por meio de algum elemento decorativo, e não deve apenas figurar; tornando-se assim o símbolo gráfico ao usar letreiros, fachadas distintas do corpo do edifício, concebidas como painéis.

Para Venturi os símbolos fazem parte do dia-a-dia da cidade, e isso deve ser considerado e trabalhado nos projetos, o que no modernismo não é levado em consideração; e ainda com a influencia que recebe da semiótica, tenta recuperar uma função simbólica da arquitetura. Ao rejeitar a simplicidade do modernismo e responder à máxima de Mies van der Rohe: “Menos é mais”, Robert Venturi é conhecido por dizer: “Menos é um furo”; o que deixa explicita a sua idéia de que as soluções simples, não resolvem as necessidades da sociedade complexa.

Ainda que o arquiteto tenha projetado inúmeros edifícios nos Estados Unidos, Europa e Japão; é mais conhecido por suas polêmicas teorias, consideradas por alguns críticos como responsáveis por uma estética populista do pós-modernismo arquitetônico.

A todas essas características que Venturi atribui na sua postura em quanto arquiteto, podemos separar dois períodos de teorias e projetos, assim como propõe Otília, que se distinguem, demarcados com a criação das obras: “Complexidade e Contradição em Arquitetura” e “Aprendendo em Las Vegas”. Onde enquanto temos um “primeiro” Venturi complexo e contraditório que lança uma sobriedade inventiva, no “segundo” essa sobriedade é abandona, fazendo uma releitura do passado que a sociedade de consumo sobrepôs sobre a antiga.

Para entendermos melhor o que tornou Robert Venturi um dos pioneiros das discussões do pós-modernismo, analisaremos a seguir as duas “fases” do arquiteto, com suas obras: “Complexidade e Contradição em Arquitetura” e “Aprendendo em Las Vegas”; e um projeto que foi usado aqui para exemplificar uma deles. Essas análises serão feitas a partir de visões criticas como as de Otília Arantes, Kate Nessbitt, Juergen Habermas e a própria do arquiteto.

(Fonte: http://www.archdaily.com.br/br – 25 de junho)
(Fonte: http://teroriaecriticarobertventuri.blogspot.com.br – Postado por Anna Cláudia Zelante Menegasso – 7 de outubro de 2009)

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