Foi o primeiro grande artista a valorizar a gravura como arte maior e independente

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Francisco José de Goya y Lucientes (Fuendetodos, Aragão, 30 de março de 1746 – Bordéus, 16 de abril de 1828), mais conhecido apenas por Francisco Goya, está representado por trabalhos que o transformariam no grande patrono do trabalho gravado.

De fato, ele foi o primeiro grande artista a valorizar a gravura como arte maior e independente. Destacou-se com suas sete águas-fortes da série “Desastres da Guerra”, tiragem feita em 1923; e duas da série Provérbios, edição de 1877.

As peças foram características do momento em que o grande artista espanhol rompeu com seu tempo. Abandonando as ondulantes seduções do barroco, trocando a sensualidade italiana, tão em moda nos setecentos, pela angústia espanhola, Goya permanece, apenas na aparência, fiel a seus temas.

Ele deixa de ilustrar a dor, a tortura e a guerra. Em vez disso, desenha seus próprios pesadelos. Os “Desastres da Guerra” desvendam com aparente delicadeza o cotidiano espanhol sob Felipe II: a importância diante da História e o desamparo em face da morte.

Os brancos de Goya pesam como sombras. Os rostos desapareceram: dão lugar a máscaras. Goya continua inimigo da hipocrisia, e a impostura que ele ataca, como observou André Malraux, “não é a que satisfaz a vaidade, mas a que assegura a injustiça.”

Goya, como gravador, tem obras conhecidas: as séries “Caprichos” (1797-1798) e “Os Desastres da Guerra” (1810-1814) são algumas.

Das pinturas que realizou, as mais importantes são: “Retrato da Duquesa de Alba em Matilha” (1797), “A Execução dos Defensores de Madri” (1814), “A Família de Carlos IV”, (1800) e “O Retrato da Marquesa de Pontejos” (1786) são algumas delas.

Goya morreu em Bordeaux, aos 82 anos.

 

(Fonte: Veja, 11 de agosto de 1976 – Edição 414 – ARTE/ Por Cláudio Bojunga – Pág: 124)

 

 

 

 

 

 

 

 

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