Foi o primeiro fotógrafo a ter suas fotos expostas num museu.

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Foi o primeiro fotógrafo a ter suas fotos expostas num museu.

Alfred Stieglitz (Hoboken, 1° de janeiro de 1864 – Nova York, 13 de julho de 1946), considerado o pai da moderna fotografia.

Alfred Steiglitz foi um dos pioneiros da fotografia moderna. Editor, escritor, fotógrafo e dono galeria, Steiglitz desempenhou um papel fundamental na promoção da fotografia como forma de arte.

Alfred Stieglitz, talvez o fotógrafo mais atuante da história

Alfred Stieglitz (1864 – 1946) era um fotógrafo americano e amante da arte moderna que ao longo de 50 anos de carreira promoveu a fotografia como arte. Além de seu trabalho, Stieglitz é conhecido pelas inúmeras exposições que curou na primeira metade do século XX, onde ele apresentou ao público americano muitos artistas da vanguarda européia.

Stieglitz teve seu primeiro contato com a arte na Alemanha, onde venceu seu primeiro concurso de fotografia, em 1887. No ano seguinte, o fotografo faturou o primeiro e o segundo prêmio do mesmo concurso, o da revista Amateur Photography.

Isso deu visibilidade para o fotógrafo, que começou a publicar seu material em diversas revistas britânicas e alemãs.

De volta aos EUA, Stieglitz começou a trabalhar efetivamente com fotografia, o problema é que o artista exigia tudo da melhor qualidade e pagava muito bem seus empregados, dessa forma, o estúdio raramente dava lucro.

No fim de 1892, o fotografo comprou sua primeira câmera portátil uma Folmer & Schwing 4×5. Antes disso, utilizava uma câmera 8×10 que era impossível usar sem um tripé, muito difícil de carregar pra lá e pra cá.

Seu trabalho ganhou agilidade e portabilidade com a câmera e aquele ano, mais tarde, Stieglitz fez duas de suas fotos mais famosas “Winter, Fifth Avenue” e a “The Terminal”.

Em julho de 1897, depois de fundar o Camera Club de Nova York (1896) Stieglitz lançou o primeiro número da revista Camera Notes. Ele era o editor chefe. A revista se tornou, segundo a crítica da época, a melhor revista de fotografia do mundo. Durante os próximos 4 anos Stieglitz usou a publicação para disseminar sua crença que fotografia era arte, incluindo artigos sobre estética ao lado de trabalhos dos maiores fotógrafos da época.

O trabalho de Stieglitz frente à Camera Notes não o impediu de continuar fotografando muito. No fim de 1897 publicou um portfólio chamado: “Picturesque Bits of New York and Other Studies”.

Ele continuou a expor na Europa e nos EUA. Sua reputação cresceu tanto que em 1898 sua obra “Winter – Fifth Avenue”, foi vendia por setenta e cinco dólares, o que, na época, era um valor considerável.

Em novembro de 1898 um grupo de fotógrafos em Munique, Alemanha, montou uma exposição de seu trabalho junto com gravuras de artistas como Edvard Munch e Toulouse-Lautrec. O grupo chamou-se de “Secessionists”, (secessionistas ou dissidentes) um termo que Stieglitz se apropriou pelos seus dois significados, político e artístico. Quatro anos mais tarde, usando este mesmo nome, ele organizou um grupo de fotógrafos pictorialistas em Nova York.

Em maio de 1899 Stieglitz expos 87 fotos no Camera Club. O esforço para preparar esta exposição junto com seu trabalho na revista Camera Notes deixou Stieglitz com a saúde debilitada. A autoridade do Stieglitz começou a ser questionada pelos membros do Camera Club e em 1900 ele ficou tão estressado q teve um colapso nervoso. Passou o verão na casa dos pais no Lake George se recuperando. Quando voltou para NY pediu demissão da revista Camera Notes.

Enquanto o Stieglitz estava se recuperando ele se correspondeu com a fotógrafa Evan Watson Schutze que o convenceu a usar sua influência para organizar uma exposição curada somente por fotógrafos, rompendo com a tradição. Em 1902, um grupo de fotógrafos, liderado por Alfred Stieglitz e por F. Holland Day, acreditava que o importante numa fotografia não era o que estava em frente à câmera, mas sim na manipulação da imagem pelo artista/fotógrafo, para conseguir mostrar sua visão subjetiva do assunto (pictorialismo). O movimento ajudou a elevar o nível e a consciência do que era a arte fotográfica.

Desde a exposição de Munique em 1898 o Stieglitz tinha esperanças de criar uma exposição similar de fotógrafos/artistas nos EUA. Assim, começou a procurar por um espaço e em dezembro de 1901 foi convidado por Charles DeKay, do National Arts Club, para organizar uma exposição “com total liberdade para colocar quem quisesse” . Em dois meses Stieglitz reuniu uma coleção de fotografias de seu círculo de amigos, e aí, em homenagem ao show de Munique, o chamou de Photo-Secession.

Stieglitz havia realizado seu sonho de organizar uma exposição escolhida só por fotógrafos (neste caso ele mesmo) e o público e os membros do National Arts Club adoraram o resultado.

Revigorado pelo imenso sucesso da exposição no National Arts Club de Nova York, Stieglitz começou a arquitetar seu próximo passo: publicar uma revista de fotografia pictorial, completamente independente, para levar adiante a filosofia dos Foto-Secessionistas.

Em agosto do mesmo ano publicou um prospecto do que seria a revista Camera Work, que seria “a revista de fotografia mais bem editada e impressa do planeta.” O primeiro número da revistas saiu em dezembro de 1902 com belíssimas foto-gravuras, feitas à mão, e textos críticos sobre fotografia, exposições, estética e artes de vanguarda em geral. Haviam outras revistas de fotografia no mundo mas a Camera Work seguia o perfeccionismo pelo qual Stieglitz era conhecido. Ele exigia tal qualidade na impressão que o próprio processo de foto-gravura evoluiu graças à revista.

A caminho da Europa, de navio, em 1907 Stieglitz fez o que a crítica depois veio considerar não só como uma de suas fotos mais importante como também uma das fotos mais importantes do século XX. Apontando sua câmera para a parte debaixo do navio ela fez a foto que depois chamou de “The Steerage”. Quando chegou a Paris Stieglitz revelou a imagem, feita em uma chapa de vidro, com uma câmera de grande formato. Levou a foto por toda a viagem e quando voltou para Nova York ficou tão ocupado que esqueceu da imagem. O trabalho só veio a ser publicado quatro anos mais tarde, em 1911.

Picasso quando viu a imagem disse: “este fotógrafo trabalha com o mesmo espírito que eu”. A partir de “The Steerage” Stieglitz começou a desistir da ideia de que fotografias deveriam ser parecidas com pinturas e nasceu daí a fotografia documental e o movimento naturalista começou a ganhar força.

Enquanto estava na Europa, em 1907, Stieglitz viu pela primeira vez uma demonstração do processo Autochrome Lumière que fazia fotos coloridas. Junto com Steichen, Frank Eugene e Alvin Langdon Coburn, Stieglitz fez suas primeiras fotos coloridas. Depois levou três Autochromes, como eram chamados em inglês, de Steichen com ele para Munique, para fazer reproduções que iria depois inserir na revista Camera Work.

(Fonte: http://blogs.band.com.br/portrasdaobjetiva/2011/04/20 – Claudio Edinger – 20 de abril de 2011)

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