Foi o primeiro especulador a codificar a antiga lei de oferta e demanda

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Jesse Livermore: ícone de Wall Street

 

Jesse Livermore foi o maior ícone da história de Wall Street. Sua trajetória traz elementos que todo empreendedor de sucesso conhece: saiu de casa, aos 14 anos, com US$ 5,00 no bolso e, em 1929, já tinha mais de US$ 100 milhões, o que o colocava entre os dez homens mais mais ricos dos EUA.

 

Esse valor, seria o equivalente a mais de US$ 50 bilhões em valores de hoje!

 

Muitos vão tentar convencê-lo de que a forma mais inteligente de investir é operar “freneticamente”, comprando e vendendo ações a cada dia, minuto ou até segundo se for possível.

 

Porém, prestar atenção em milhares de informações e lidar com essa superestimulação é loucura. Mesmo para investidores profissionais!

É por isso que estimulamos os investidores a operar por meio de Fundos de Investimentos.

 

Por trás da gestão de um fundo de investimento existem dezenas de profissionais acompanhando as diversas notícias do mercado e sobre os melhores fundos, inclusive divididos por setores da economia. Mas isso é uma conversa para outro momento!

Você vai ver neste artigo que, mesmo o maior especulador da história, deu algumas dicas sobre o porquê de se manter fora da especulação do dia a dia.

 

Afinal o seu legado é segundo ele mesmo: uma faca de dois gumes. Se você conhecer a sua história vai saber que ele quebrou 3 vezes.

 

Jesse Livermore

 

O maior ícone da história de Wall Street.

 

Graças a seu notável talento natural, em pouco tempo se tornou um dos investidores mais bem sucedidos da história.

 

Ele deixou para trás uma grande riqueza de conhecimentos sobre a arte da especulação.

 

Livermore foi o primeiro a codificar a antiga lei de oferta e demanda, que é tão relevante hoje quanto era há 100 anos. Veja o que ele disse ao seu biógrafo:

 

“Aprendi desde cedo que não há nada de novo em Wall Street. Não pode haver, porque a especulação é tão antiga quanto as colinas. Aconteça o que acontecer no mercado de ações hoje, já aconteceu antes e vai acontecer de novo. Eu nunca esqueci isso.”

 

Suas façanhas têm educado, influenciado e inspirado cada geração de investidores e especuladores desde que o livro Reminiscências de um especulador Financeiro foi publicado pela primeira vez em 1923.

 

Este é um livro muito indicado para os investidores, tanto iniciantes quanto profissionais.

 

Uma das partes mais importantes desse livro é quando Jesse Livermore fala sobre prazos e paciência.

 

O que é especulação financeira?

 

A especulação financeira é uma aposta na valorização de um ativo com o objetivo de obter lucros muito acima da média do mercado em um curto espaço de tempo, assumindo, para isso, riscos maiores do que os investidores comuns.

 

Essa definição aplica-se no plano individual, ou seja, para explicar quem seria um especulador dentro do mercado de ações.

 

A especulação financeira é o movimento de valorização de ativos baseada na crença de que um cenário econômico continuará favorável a novas altas de preços.

 

Isto é certo ou errado? É legal ou ilegal?

 

Como o capital financeiro é mais volátil do que a economia real, é possível que esse ciclo de alta das ações ocorra sem que corresponda a um crescimento da produção, ou seja, sem uma base sólida na economia que justifique tal aquecimento.

 

Esse movimento pode ser desencadeado de forma intencional por alguns setores do mercado ou não.

 

Quando chega a um ponto extremo, pode levar a um crash, ou seja, ao estouro da bolha especulativa, com uma desvalorização repentina nos valores dos ativos, que pode ter consequências para a economia como um todo.

 

A especulação financeira em si, não é crime. Pode ser até moralmente questionada, mas não é ilegal. O uso de informações privilegiadas para antever a movimentação das ações e títulos, isto sim é crime financeiro.

 

A especulação financeira na década de 1920, que foi marcada por uma grande euforia nos Estados Unidos, é um dos fatores usados para explicar a Quebra da Bolsa de Nova York em 1929, que deu origem à Grande Depressão, considerada a mais grave crise no século XX.

 

O que fazer para investir como Jesse Livermore?

 

Muitos investidores (principalmente os novatos) acham que tem de estar comprando ou vendendo ações o tempo todo, com o dedinho trêmulo, loucos para clicar com o mouse de tempos em tempos.

 

Tudo isso gerando grandes custos de corretagem e decepções por operações mal sucedidas de curto prazo! Esse é mais um motivo para indicarmos ao investidor iniciante para começar por Fundos de Investimentos: os baixos custos!

 

Bom, depois dessa introdução, aqui estão finalmente:

 

As nove coisas surpreendentes que Jesse Livermore disse em relação à negociação excessiva:

 

1. O dinheiro é feito por esperando, não negociando.”

O princípio do mercado financeiro não é a precificação do produto em si, mas o valor atribuído à expectativa sobre a sua negociação, que gera a valorização (ou desvalorização) de um título.

2. “Leva tempo para ganhar dinheiro.”

O mercado financeiro não é para pessoas nervosas. Antecipações normalmente levam à venda (ou compra) antecipada com perda da melhor oportunidade e, consequentemente, menor lucro.

3. “Não foi meu pensamento que fez fortuna para mim, foi a minha paciência.”

É necessário entender o ritmo da bolsa. Saber interpretar as suas flutuações é fundamental. Claro que ninguém pode prever todos os movimentos com 100% de acerto, mas um bom trader não se precipita com as primeiras oscilações.

4. “Ninguém pode pegar todas as flutuações.”

Operar a bolsa com inteligência significa estar atento às oportunidades. Mas como são milhares de operações acontecendo a todo instante, é humanamente impossível estar atento à todas elas. Foque em segmentos de mercado onde você possa estudar com calma e conhecer mais a fundo o histórico das empresas, notícias, etc.

Não fique ‘desesperado’ com uma possível oportunidade perdida à cada notícia que você ouvir dizendo: a ação X teve uma alta de 25% no último mês.

5. “O desejo de ação/negociação constante.”

Independentemente das condições serem favoráveis, é responsável pelas maiores perdas em Wall Street, mesmo entre os profissionais. Não tente levar para casa algum dinheiro todos os dias, como se fosse necessário tirar uma renda do mercado.

6. “Compre direito, aguente firme.”

“Buy right, sit tight”. Novamente, ao ter feito o que considera uma boa compra, defina uma margem aceitável de perda e só se desfaça se essa margem for atingida. Lembre-se que não é possível ganhar sempre.

7. “Homens que sabem comprar barato e aguentar firme são difíceis de encontrar.”

Normalmente as pessoas compram quando ouvem notícias de que as ações estão subindo e vendem quando o comentário é de que as ações estão caindo. Mas um bom investidor sabe que não é bem assim. Há uma análise a ser feita pra poder identificar a tendência e muitas vezes, uma baixa vem acompanhada de uma alta posterior.

8. “Não tente achar o momento certo, saiba esperar o tempo certo.”

(“Don’t give me timing, give me time.”)

Ações oscilam a todo tempo. Nem sempre um momento de baixa ou de alta é o ‘fundo do poço’ ou o ‘pico’ de valorização.

O fator tempo, aliado às notícias e às expectativas do mercado, fará com que haja a movimentação dos títulos e consequentemente, conforme a demanda, subirem ou caírem o seu valor.

9. “Há um tempo para todas as coisas, mas eu não sabia disso.”

E isso é precisamente o que vence tantos homens em Wall Street, mesmo os que estão muito longe de ser otários.

Há o tolo simples, que faz a coisa errada em todos os momentos em todos os lugares, mas há o tolo de Wall Street, que acha que ele deve negociar o tempo todo.

Poucos são os que podem ter razões adequadas para comprar e vender ações diariamente, ou conhecimento suficiente para fazer deste jogo um jogo inteligente.

Da ascensão à queda

Jesse Livermore era um Trader/Especulador, mas ele sabia o valor de ficar e manter posições e esperar o lucro acontecer.

Ao longo de sua vida, conquistou e perdeu quatro vezes fortunas multimilionárias.

Sua derrocada foi quando ele, mesmo sendo um investidor experiente, começou a seguir dicas de outras pessoas, quando ele deveria tê-las jogado fora, com isso ele perdeu a maior parte do que tinha conseguido e também sua sanidade.

Em novembro de 1940, Jesse Livermore suicidou-se.

Mesmo após sua última perda, no ano de sua morte, ainda deixou a seus herdeiros um patrimônio líquido equivalente a 5 milhões de dólares em valores da época.

(Fonte: https://www.euqueroinvestir.com – INVESTIMENTOS / Por Redação / Eu Quero Investir Redação / Eu Quero Investir – 23/01/21)

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