Foi o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos

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Kazimir Malevich (Kiev, 12 de fevereiro de 1878 – São Petersburgo, 15 de maio de 1935), pintor russo, mestre e precursor da arte contemporânea, foi o criador do suprematismo. Esgotou suas proposições artísticas, mas deixou margem a uma provocação para novas pesquisas dentro do campo estético.

Trabalhou com os poetas Alexei Kruchenykh e Velimir Khlebnikov, e em 1913, fez os cenários da opera futurista Vitória sobre o sol (libreto de Kruchenykh, prólogo de Khlebnikov, música de Mikhaïl Matyujin). Era o período do alogismo, da obra ininteligível, que seria substituída pelo suprematismo.

Ao lado de Kandinsky e Mondrian, Maliévitch é um dos inventores e teóricos da arte não figurativa. Como fundador do Suprematismo, levou o abstracionismo geométrico à sua forma mais simples, sendo o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos.

Entre 1915 e 1916 trabalhou com outros artistas suprematistas em uma cooperativa de artesãos e camponeses em Skoptsi e Verbovka. Em 1916-1917 participou de exposições do grupo Valet de carreau em Moscou juntamente com Nathan Altman, David Burliuk e Aleksandra Ekster, entre outros.

É por sua concepção da relação entre arte pura e arte aplicada que Maliévitch entra em conflito com os construtivistas.

Com a Revolução de 1917, Malevich trabalha como professor e pesquisador. Sua primeira exposição individual foi inaugurada em 1919, em Moscou.

De 1919 à 1922, o artista viveu e trabalhou em Vitebsk, como professor. Fundou o grupo UNOVIS (afirmadores da nova arte) constituído por alguns dos seus alunos. Nessa época escreveu a maior parte dos seus textos filosóficos e teóricos. A partir de 1923, o artista viveu em Petrogrado, continuando a ensinar.

Por volta de 1925, começa a construir os architectons, composições suprematistas espaciais. Em 1927, Malevich expôs suas obras pela primeira vez em Berlim e retornou à arte figurativa. Deixou na Alemanha 70 quadros e um manuscrito “O suprematismo ou o mundo sem objeto”, publicado pela Bauhaus.

Durante a guerra, cerca de quinze dos seus quadros desapareceram e jamais foram reencontrados. Uma parte deles está atualmente no Stedelijk Museum de Amsterdam e outra, no MoMA de Nova York.

Em 1929, foi acusado pelo governo soviético de “subjectivismo” e nos anos que se seguiram foi continuamente atacado pela imprensa. Perdeu suas funções oficiais e chegou a ser preso e torturado. Morreu abandonado e na pobreza, em São Petersburgo, em maio de 1935.

 

(Fonte: Veja, 15 de agosto de 1979 – Edição 571 – ARTE/ Por Ferreira Gullar – Pág: 117)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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