Foi autor da primeira cobertura de uma guerra com enfoque jornalístico

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Roger Fenton (Lancashire, 20 de março de 1819 – 8 de agosto de 1869), fotógrafo reconhecido mundialmente, foi pioneiro do fotojornalismo, um dos primeiros fotógrafos de guerra.
(Fonte: Super Interessante – ANO 12 – N° 12 – Fevereiro de 1998 – Supermultimídia – Pág; 79)

Roger Fenton e a Guerra da Crimeia
Um dos capítulos mais importantes da história da fotografia mundial é a Guerra da Crimeia (1853-1856). Para o fotojornalismo de guerra, é o primeiro capítulo. O conflito aconteceu na península da Crimeia, na atual Ucrânia, e contrapôs o Império Russo a uma aliança formada por França, Reino Unido, Itália e Turquia (na época, Império Turco-Otomano).

Enviado pelo governo inglês para registrar os acontecimentos, o fotógrafo Roger Fenton (1819-1869) tornou-se autor da primeira cobertura de uma guerra com enfoque jornalístico.

Advogado com vocação artística, Fenton pulou da pintura para a fotografia e se tornou conhecido na Inglaterra vitoriana fotografando, inclusive, para a realeza. Com o agravamento da guerra, ele foi contratado pelo governo para registrar o conflito.

Em pouco mais de três meses no campo de batalha, Fenton pegou cólera, quebrou costelas e sofreu com o calor, que danificou muito o seu material fotográfico, extremamente sensível, transportado numa carroça que servia como laboratório. Ainda assim, produziu cerca de 350 imagens em grande formato.

A cobertura de Fenton não foi imparcial. Sua missão era fazer um registro ameno do conflito, sem sangue ou tragédia – e que obviamente exaltasse o exército britânico. Independentemente disso, suas fotos são um rico documento histórico sobre as circustâncias da guerra, seus personagens, vestimentas e costumes.

Na prática, mesmo se quisesse, Fenton teria problemas para registrar cenas dinâmicas. Tecnicamente, era inviável registrar imagens instantâneas. Os filmes pouco sensíveis e as lentes escuras só permitiam imagens estáticas e de paisagens. Isso explica a predominância de retratos posados, que exigiam que os personagens permanecessem parados por segundos intermináveis para o registro perfeito da fotografia.

As fotos que Fenton colecionou ao longo de sua carreira fazem parte da coleção de 263 fotografias da Biblioteca do Congresso Americano que foram compradas em 1944 da sobrinha do fotógrafo, Francisca M. Fenton.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog – Clássicos, Fotojornalismo, Técnica/ Por Alexandre Belém – 02/02/2011)

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