Fez a primeira apresentação do skate como esporte radical

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“Inventor” do skate viveu entre ondas, drogas, cadeias e Jesus

Jay Adams, em 1978; jovens pobres levaram técnicas do surfe às pistas (Foto: Jim Goodrich)

Jay Adams, em 1978; jovens pobres levaram técnicas do surfe às pistas (Foto: Jim Goodrich)

Lenda do skate mundial

Jay J. Adams (Venice, Los Angeles, 3 de fevereiro de 1961 – Puerto Escondido, 14 de agosto de 2014), ex-skatista tornou-se um mito do skate com apenas 13 anos, quando apresentou manobras jamais vistas até então, fazia parte de um grupo que ficou conhecido nos anos de 1970 como os “Z-Boys”.

Skatista era membro do grupo Z-Boys, que na década de 70 elevou a prancha de lazer infantil para esporte radical.

Interpretado pelo ator Emile Hirsch no filme “The Lords of Dogtown”, baseado no documentário “Dogtown and Z-Boys”, o lendário skatista Jay Adams foi um dos integrantes do grupo original dos Z-Boys, o americano de Santa Mônica, na Califórnia, foi preso algumas vezes nos anos 80 por problemas com drogas, essa foi a primeira vez em 20 anos que Adams foi autorizado pelas autoridades a deixar os Estados Unidos. O ex-skatista de 53 anos estava no México com a esposa há três meses e não tinha histórico com problemas cardíacos.

O skatista Jay Adams, foi um dos principais integrantes do grupo Z-Boys, que nos anos 70 revolucionou a prática de skate em todo o mundo.

 

Lenda do skate mundial, Jay Adams (Foto: Reprodução)

Lenda do skate mundial, Jay Adams (Foto: Reprodução)

 

De lazer inocente para crianças, o Z-Boys, à época um grupo de adolescentes que morava no então violento bairro de Venice, em Los Angeles, transformou a pranchinha com rodas em um estilo de vida. Credita-se a Adams a primeira apresentação do skate como esporte radical.

Em 1975, Adams assombrou os competidores no campeonato nacional de skate em Del Mar, na Califórnia. O caçula da equipe, com apenas 13 anos, fez manobras jamais vistas até então, baseadas nos movimentos do surfe – outro esporte que os garotos do Z-Boys praticavam –, como giros em 360°.

Os próprios juízes não sabiam como qualificar as manobras do adolescente, que acabou apenas em terceiro lugar na competição, mas que dali por diante passou a ser, junto com os companheiros de Z-Boys Tony Alva e Stacy Peralta, um mito do skate. Tanto que ficou famosa a frase de Adams que dizia “você não para de andar de skate quando fica velho, você fica velho quando para de andar de skate”.

 

Considerado o mais técnico dos skatistas do Z-Boys, Jay Adams não alcançou o mesmo sucesso que os companheiros Stacy Peralta e Tony Alva

Considerado o mais técnico dos skatistas do Z-Boys, Jay Adams não alcançou o mesmo sucesso que os companheiros Stacy Peralta e Tony Alva

 

Ainda na década de 70, os Z-Boys aproveitaram a pior seca da história do estado da Califórnia para expandir os horizontes do skate. Sem a permissão dos proprietários, os garotos invadiam as residências de Santa Mônica para andar de skate nas piscinas vazias, criando assim o estilo vertical.

A revolução gerada pelos Z-Boys foi retratada em dois filmes. Em 2001, Peralta, que virou cineasta, contou a história do próprio grupo do qual fez parte no documentário Dogtown and Z-Boys – Onde Tudo começou. Nos relatos dos próprios membros do grupo, todos são unânimes em apontar Adams como o mais técnico dos Z-Boys. Em 2005, o diretor Catherine Hardwicke levou às telas o longa-metragem Os Reis de Dogtown, que foca na relação de Adams, Peralta e Alva dentro do Z-Boys.

Mesmo sendo considerado o melhor do grupo, Adams não alcançou o sucesso dos amigos Peralta e Alva. Antes de se tornar cineasta, ainda na adolescência, Peralta estrelou vários comerciais para marcas de prestígio, como a Pepsi, e nos anos 80 recrutou novos talentos para a sua própria equipe de skate, a Bones Brigade, que entre seus integrantes tinha Tony Hawk, considerado maior ícone do skate.

Com o Bones Brigade, Peralta lançou modelos de skate, filmes, entre outros produtos que viraram febre entre os adolescentes americanos. Alva, que também estrelou comerciais, lançou sua própria marca de skate, uma das mais renomadas até hoje.

Já Adams passou a ter problemas com drogas após o sucesso alcançado com os Z-Boys. Passou boa parte da vida adulta entrando e saindo de prisões – a ida ao México com a família foi a primeira concessão da Justiça para que o skatista pudesse sair do país desde sua última prisão. Mas a áurea de mito do skate jamais o abandonou.

Em 2012, Adams entrou para o Hall da Fama do Skate e foi homenageado pela IASC, a associação internacional das companhias de skate.

Jay Adams faleceu em Puerto Escondido, dia 14 de agosto de 2014, aos 53 anos, vítima de problemas cardíacos durante uma viagem de férias com a família. Ele tinha ido ao México para surfar. A notícia pegou de surpresa e comoveu o mundo do skate.

Um dos maiores skatistas de todos os tempos, Tony Hawk foi um dos primeiros atletas a prestar sua homenagem à lenda da modalidade pelas redes sociais. Através de sua conta no Twitter, o americano de San Diego agradeceu os ensinamentos do mestre.

“Adeus Jay Adams. Obrigado por ter nos inspirado a radicalizar e continua buscando os limites até onde é possível”, disse o skatista.

(Fonte: http://esporte.uol.com.br/radicais/ultimas-noticias/2014/08/16 – ESPORTE – RADICAIS/ Adriano Wilkson Do UOL, em São Paulo – 16/08/2014)

(Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/poliesportiva – ESPORTES – POLIESPORTIVA/ Por Marcos Xavier Vicente – 15/08/2014)

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