Fernando de la Rúa, foi várias vezes senador nacional, chefe do governo de Buenos Aires e presidente do país pela coalizão da Aliança, de 1999 a 2001

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Fernando de la Rúa, ex-presidente argentino foi marcado por uma das maiores crises econômicas da Argentina

Filiado à União Cívica Radical (UCR), governou o país entre 1999 e 2001.

 

Fernando de la Rúa (Córdoba, 15 de setembro de 1937 – Escobar, na província de Buenos Aires, 9 de julho de 2019), ex-presidente argentino que governou o país entre 1999 e 2001. De la Rúa também foi o protagonista de uma das maiores crises políticas-econômicas da história argentina.

 

 

De la Rúa – de origem radical (União Cívica Radical) – foi várias vezes senador nacional, chefe do governo de Buenos Aires e presidente do país pela coalizão da Aliança, de 1999 a 2001.

 

 

Filiado à União Cívica Radical (UCR), De la Rúa teve uma longa carreira política. Foi deputado, senador e prefeito de Buenos Aires. O ponto mais alto da trajetória na vida pública veio em 1999, quando foi eleito presidente do país e sucedeu Carlos Menem para um mandato de quatro anos.

O líder foi em 1996 o primeiro chefe de governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA) eleito pelo voto popular.

No entanto, no fim de 2001, tendo que lidar com uma das maiores crises da história do país, De la Rúa decidiu renunciar ao cargo. Na época, a imagem do agora ex-presidente deixando a Casa Rosada de helicóptero, poucos momentos depois de renunciar, pressionada por inquietação social que causou 39 mortes e deixou mais de 400 feridos, percorreu o mundo.

Terminava aí sua participação na imensa tormenta que tomou o país naquela época e que prosseguiu por meses. A economia argentina se recuperaria apenas anos depois.

O início da crise já havia ocorrido no fim do governo de seu antecessor, o peronista Carlos Menem (1989-1999), famoso pela política neoliberal de amplas privatizações e imposição da Lei da Convertibilidade, que fazia com que um peso valesse um dólar.

No começo, o plano deu certo, com redução da inflação e grande satisfação popular. Produtos importados e passagens aéreas, por exemplo, tornaram-se acessíveis à população.

O modelo, porém, não se sustentou, porque dependia de grande entrada de dólares no país. A princípio, esses vieram, principalmente, por meio das privatizações. Depois, passaram a escassear, causando aumento da dívida externa.

Tudo isso explodiu nas mãos de De la Rúa e de seu chefe da economia, Domingo Cavallo, que havia sido ministro de Menem e depois foi convocado às pressas no fim do mandato de De la Rúa para tentar resolver o que já não tinha remédio.

Veio então o “corralito”, ou seja, a tentativa de conter a retirada em massa de dinheiro dos bancos por parte dos cidadãos, que viam a desvalorização do peso se aproximar.

A tensão nas ruas aumentou. Protestos violentos danificaram carros, lojas e portas de bancos. Popularizou-se o grito de “que se vayan todos” (que todos vão embora).

De la Rúa tentou conter a turba anunciando toque de recolher e colocando as forças de segurança a cavalo para reprimir manifestantes nas ruas e na Praça de Maio. Com a situação insustentável, renunciou, lançando a Argentina em mais de uma década de incertezas.

Eleito por uma aliança de partidos de centro e centro-direita, começou o mandato com bastante apoio popular, tendo sido antes chefe de governo da cidade de Buenos Aires.

Depois de sua renúncia como presidente, porém, retirou-se da vida pública e, ao voltar para a Argentina, passou a responder na Justiça por questões relacionadas ao seu mandato.

A principal delas foi a acusação de ter pago subornos ao Senado para aprovação de leis. A outra, pelas mortes na repressão policial nas turbulências de 2001. Foi absolvido em ambos os processos.

Diferentemente de outros ex-líderes do país e figuras desta época, como Carlos Menem e os ex-ministros Roberto Lavagna e o próprio Domingo Cavallo, De la Rúa não voltou a almejar cargos públicos, deu poucas entrevistas e era visto apenas em algumas ocasiões formais, como posses de presidentes.

De la Rúa foi presidente da nação argentina de 10 de dezembro de 1999 a 21 de dezembro de 2001, quando renunciou em meio a convulsões sociais – em que houve cerca de trinta mortes em todo o país – devido à crise econômica e suas consequência.

 

Foi o mais recente governante argentino proveniente da União Cívica Radical, partido histórico no país e que hoje integra a base de apoio da aliança governista Cambiemos, do atual presidente, Mauricio Macri.

 

Sua última aparição pública ocorreu na cúpula do G20 de Buenos Aires, no fim de 2018, quando assistiu ao concerto no Teatro Colón no qual Macri foi o anfitrião dos líderes internacionais convidados.

 

 

Fernando de la Rúa, de 81 anos, faleceu em 9 de julho de 2019, em um hospital na cidade de Escobar, na província de Buenos Aires. Ele tinha sido hospitalizado em estado grave na segunda-feira (8) com problemas cardíaco e renal.

 

Nos últimos anos, o ex-presidente enfrentou vários problemas de saúde e precisou passar por cirurgias, uma delas na bexiga, uma angioplastia e a colocação de dois stents. Ele foi visto em público pela última vez em um jantar em dezembro de 2018.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/07/09 – MUNDO / NOTÍCIA / Por G1 – (Com informações da AFP) – 09/07/2019)
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/07 – MUNDO / Por Sylvia Colombo – BUENOS AIRES – 9.jul.2019)
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