Ferdinand Piëch, ex-presidente da VW e neto do criador do Fusca
Ferdinand Piëch, pai de Audi Quattro, Bugatti Veyron e do Golf 4
Responsável pela aquisição de Bentley, Bugatti e Lamborghini pela VW, foi chefe na Volkswagen por duas décadas
Ferdinand Karl Piëch (Viena, 17 de abril de 1937 – 25 de agosto de 2019), ex-presidente da Volkswagen, que transformou a montadora alemã de um fabricante regional em um conglomerado automotivo global.
Piëch é neto de Ferdinand Porsche, que lançou a marca icônica de esportivos Porsche e também foi responsável pelo projeto do Volkswagen Fusca.
Ferdinand Piëch, neto de Ferdinand Porsche, que nasceu na Áustria em abril de 1937 e ficará eternizado na memória dos fãs de automóveis como pai do Bugatti Veyron.
Considerado um engenheiro brilhante, Ferdinand Piëch apostou, quando estava no comando da VW, em uma técnica de construção modular, compartilhando suportes de veículos comuns entre as várias marcas dentro do grupo automotivo.
Sob a liderança, a Volkswagen adicionou marcas de luxo de alta margem de lucro ao conglomerado automotivo, adquirindo as fabricantes Bentley, Bugatti e Lamborghini em um único ano.
Nos 82 anos de vida, o executivo foi o responsável por outros ícones, como os Audi Quattro e 100, que foram essenciais para a consolidação da marca no mercado de luxo.
Em 1993, o austríaco assumiu o controle do grupo Volkswagen, onde conseguiu dançar entre dois extremos. Da racionalidade para reduzir custos à criação de carros icônicos.
Piëch antecipou a tendência que, anos depois, se tornaria regra na indústria: compartilhamento de plataforma. Então nasceram A3, Beetle, Bora, Golf e TT sobre a base PQ34.
O neto de Porsche também ampliou o portfólio da empresa. Sob sua supervisão, os alemães compraram Bentley, Bugatti, Lamborghini e Rolls-Royce – depois vendida à BMW.
Mas há um fracasso no currículo do austríaco: feito para andar a 300 km/h sob calor de 50°C e com ar-condicionado a 22°C, o luxuoso Phaeton não convenceu clientes da VW.
Executivo salvou a Volkswagen da falência na década de 1990 e transformou a Audi em rival à altura de BMW e Mercedes-Benz
Em 1972, Piëch entrou na Audi, pois a família Porsche decidiu que eles não deveriam ter cargos de comando dentro da empresa. Fez história na marca das quatro argolas ao iniciar o desenvolvimento do Audi Quattro, que seria utilizado no World Rally Championship. Ele foi o responsável por fazer a fabricante adotar motores acima de quatro cilindros, aproveitando a ideia de um motor de cinco cilindros em linha que fez para a Mercedes-Benz no período entre Porsche e Audi.
Piëch entrou no Grupo Volkswagen em 1993, quando a fabricante estava perto da falência, com um prejuízo de 1 bilhão de euros. Conseguiu reverter o quadro melhorando a qualidade de produção e reduzindo os custos de produção. Foi um dos executivos que criou a estratégia de dividir plataforma entre veículos. Com a empresa em ordem, entrou com o plano de adquirir a Porsche.
Seu período na fabricante encerrou em 2015, após um desgaste que vinha desde 2012. Apaixonado por carros, Piëch sempre defendeu que a Volkswagen deveria produzir os melhores carros possíveis, mesmo que fossem mais caros. Isso gerou uma série de modelos que foram um fracasso de vendas, como o sedã Phaeton e o Audi A2. Bateu de frente com a diretoria da empresa ao ser contra a extensão do contrato de Martin Winterkorn como CEO do Grupo Volkswagen. Deixou a empresa cinco meses antes do escândalo do Dieselgate vir à tona, embora uma reportagem do jornal alemã Bild diga que Piëch ficou sabendo do esquema e questionou a diretoria da Volkswagen a respeito antes de deixar a empresa.
Ferdinand Piëch deixa um legado enorme para a indústria automobilística, como um executivo que realmente amava veículos a motor – mesmo com 71 anos, ainda pilotava uma Ducati. Rumores dizem que ele foi o comprador do Bugatti La Voiture Noire, modelo único que também é o carro mais caro do mundo, por R$ 48,7 milhões.
Desde então, dedicou seus dias a aproveitar a coleção de supercarros, que incluía dois Bugatti para o dia a dia. E em 25 de agosto, na Alemanha, se despediu de vez dos fãs de carros.
Ferdinand Piëch, de 82 anos, faleceu em 25 de agosto de 2019.
(Fonte: https://www.bol.uol.com.br/noticias/2019/08/26 – NOTÍCIAS / Por Edward Taylor Em Frankfurt (Alemanha) – 26/08/2019)
(Fonte: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias – NOTÍCIAS / Por Gabriel Aguiar – 26 ago 2019)
(Fonte: https://motor1.uol.com.br/news – NEWS / Por: Chris Bruce – 26/08/2019)