Escrever não é uma profissão, mas uma vocação para a infelicidade. Não acho …

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Entre os grandes detetives da literatura universal, talvez o inglês Sherlock Holmes de Conan Doyle seja o mais famoso. Um outro célebre investigador da ficção europeia é o Jules Maigret dos romances policiais de Georges Simenon (1903 – 1989), escritor belga que se tornou um dos mais prolíficos autores do século 20, com cerca de 200 romances no currículo – além de contos, artigos e textos autobiográficos.

O fascínio de Simenon pelo mundo do crime talvez tenha algum fundamento genealógico – um antepassado do século 18 era um criminoso conhecido na região de Limburgo e morreu enforcado por seus atos. Na prática, ele também tomou contato com esse mundo ao trabalhar em um jornal de Liège, sua cidade natal, no início da carreira. Já vivendo na França, em 1930, Simenon criou o personagem Maigret, comissário da polícia de Paris, apreciador de cervejas e vinhos brancos, presente em dezenas de livros, muitos deles adaptados para cinema e televisão, como Maigret se Defende, Maigret e o Ministro e O Caso Saint-Fiacre, entre muitos outros.

Embora tenha produzido muito, Simenon não via seu ofício com muito glamour: Em uma entrevista de 1955, ele declarou: “Escrever não é uma profissão, mas uma vocação para a infelicidade. Não acho que um artista possa ser feliz.”

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Edição n° 17.134 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – Frase do dia/ Postado por Luís Bissigo – 4 de setembro de 2012)

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