Ernesto Melo Antunes, ideólogo da Revolução dos Cravos, que pôs fim a quarenta anos de ditadura salazarista em Portugal

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Antunes: revolucionário

Militar e político, foi ministro de vários Governos Provisórios e presidente do Tribunal Constitucional.

Ernesto Melo Antunes (Lisboa, 2 de outubro de 1933 – Sintra, 10 de agosto de 1999), ideólogo da Revolução dos Cravos, que pôs fim a quarenta anos de ditadura salazarista em Portugal, em 1974.

Ernesto Augusto de Melo Antunes nasce em Lisboa, a 2 de outubro de 1933, ingressando na Escola do Exército, em 1953, na arma de Artilharia, sendo colocado, em 1957, como alferes, em S. Miguel. Cumpre três comissões de serviço em Angola (1963-1965; 1966-1968; 1971-1973), sendo sucessivamente promovido a Tenente (1959), Capitão (1961) e Major (1972).

O tenente-coronel Antunes também foi um dos principais articuladores da política de descolonização portuguesa na África.

Participa pela primeira vez numa reunião do Movimento dos Capitães já em 1974. É o autor do documento ‘O Movimento, as Forças Armadas e a Nação’ e co-autor do Programa do MFA.

Após o 25 de Abril de 1974, integra a Comissão Coordenadora do MFA e assume os cargos de ministro sem pasta nos II e III Governos Provisórios e de ministro dos Negócios Estrangeiros do IV e VI Governos Provisórios.

Em 1974 coordena um grupo de trabalho encarregue de elaborar um plano de ação econômico-social (também conhecido como Plano Melo Antunes), que, na sequência do 11 de março, acabará por não ser posto em prática, apesar de aprovado em Conselho de Ministros. Integra o Conselho de Estado na qualidade de representante do MFA.

Em 1975 integra o Conselho da Revolução e subscreve o ‘Documento dos Nove’, sendo o seu autor principal. Um ano depois, é nomeado pelo Conselho da Revolução presidente da Comissão Constitucional, antecessora do Tribunal Constitucional.

Em 1982 passa a reserva como Tenente-Coronel. Nos anos 80 exerce funções na UNESCO, primeiro como consultor e depois como Subdiretor-geral desta organização internacional.

Em 1983, foi nomeado diretor-geral adjunto da Unesco.

Em 1991, adere ao Partido Socialista.

Em 2004, é promovido a Coronel, a título póstumo.

Ernesto Melo Antunes faleceu em Sintra, Portugal, em 10 de agosto de 1999, aos 66 anos, de câncer.

(Fonte: Veja, 18 de agosto de 1999 – ANO 32 – Nº 33 – Edição 1611 – DATAS – Pág: 123)

(Fonte: http://memoriasdarevolucao.pt – MEMÓRIAS DA REVOLUÇÃO – HISTÓRIA – ERNESTO MELO ANTUNES | 1933-1999)

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