Enzo Ferrari, o piloto e empresário italiano que criou e tornou famosa a escuderia Ferrari

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Enzo Ferrari apaixonou-se por competição aos dez anos. Pilotou e desenvolveu vários carros da Alfa, antes de fundar sua própria empresa

 

 

Enzo Ferrari

Enzo Ferrari

 

Enzo Ferrari, o fundador da maior marca automotiva de todos os tempos, foi um ícone do automobilismo

 

Enzo Anselmo Ferrari (Modena, Itália, 18 de fevereiro de 1898 – Modena, 14 de agosto de 1988), o piloto e empresário italiano que criou e tornou famosa a escuderia Ferrari, um dos mais notáveis fabricantes de automóveis de competição e de passeio na Europa e uma lenda na Fórmula 1, categoria em que seus carros conquistaram nove títulos mundiais. Ferrari iniciou sua carreira como piloto, na década de 20, defendendo a escuderia Alfa Romeo e venceu treze das 42 provas de que participou.

 

 

Em 1940, lançou a escuderia Ferrari, cuja marca – um cavalo negro sobre um fundo amarelo – tornou-se sinônimo de sucesso nas pistas e de refinamento em automóveis de estilo esportivo. A Ferrari começou a brilhar na Fórmula 1 na década de 50, conquistando, com o italiano Alberto Ascari, os campeonatos mundiais de 1952 e 1953.

 

 

Foi um dos homens mais populares de seu país, onde era conhecido pelo título de comendador, honraria que recebeu do ditador fascista Benito Mussolini. A fama do comendador italiano se manteve acesa nos últimos anos, apesar de sua escuderia não mostrar mais a força de outras épocas – desde 1979 a Ferrari não conquista um mundial de Fórmula 1.

 

 

Enzo Anselmo Ferrari tinha apenas dez anos quando se apaixonou por carros de corrida. A paixão precoce surgiu ao assistir uma corrida em Bolonha, na Itália, e nunca mais diminuiu. Só foi interrompida em 14 de agosto de 1988, quando o fundador da Ferrari faleceu. O piloto e empresário tornou-se um mito tão forte quanto os esportivos que até hoje fazem sucesso levando o seu nome.

 

 

“Il Commendatore” era conhecido pelas reações fortes. Em uma de suas discussões acaloradas mais célebres, teria brigado com Ferruccio Lamborghini, então um fabricante de implementos agrícolas. Conta-se que Lamborghini tinha comprado uma Ferrari, e foi dizer a Enzo que seu carro tinha problemas no câmbio. A resposta teria vindo seca: se não estava satisfeito com a Ferrari, que fizesse seu próprio carro. E assim teria nascido a marca que hoje é a maior concorrente da Ferrari.

O garoto nascido em Modena em 1898 ainda jovem decidiu trabalhar como mecânico, como forma de ficar perto dos carros. Seus planos foram temporariamente interrompidos durante a Primeira Guerra Mundial, na qual serviu no regimento de artilharia.

 

 

Em 1918, foi dispensado do serviço militar, após ser acometido pela gripe, pandemia que atingiu a Europa e matou seu pai e seu irmão mais velho.

 

 

Depois da Guerra, as pistas

 

 

A carpintaria que pertencia à família estava em crise, e Ferrari tentou ingressar na Fiat. Sem sucesso, acabou entrando na Costruzioni Meccaniche Nazionali (CMN), um fabricante de carros de Milão. Lá, conseguiu o posto de piloto de testes, e mais tarde de piloto de corrida.

 

 

Em 1920, transferiu-se para a Alfa Romeo, como piloto. Com o nascimento de seu filho Alfredo (Dino), em 1932, Enzo decide abandonar a posição de piloto e investir no desenvolvimento dos carros de corrida da Alfa. Assim nasceu a Scuderia Ferrari, inicialmente como divisão de competições da Alfa.

 

 

Foi nessa época que a imagem do cavalinho rampante, que se tornaria o símbolo da Ferrari, começou a ser empregado, nos Alfa de competição. O símbolo foi uma homenagem ao piloto de caça Francesco Baracca, abatido durante a Primeira Guerra.

 

 

Em 1939, Ferrari funda em Modena a Auto-Avio Costruzioni, fabricante de peças de competição. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, acabou transferindo a sede para Maranello, distante apenas 18 quilômetros.

 

 

Após a guerra, Enzo rebatiza a empresa para Ferrari S.p.A, em 1947. Os resultados nas pistas não demoraram a vir, mas seus métodos costumavam ser questionados. Ele era conhecido por criar rivalidades internas na própria equipe. Sua intenção era que cada um desse o máximo possível para obter a condição de primeiro piloto, mas à custa de gerar muita pressão psicológica sobre a equipe.

Após a morte de seu filho, Dino, em 1956, vítima de distrofia muscular progressiva, Enzo tornou-se uma pessoa reclusa, distante das pistas de competição. Dificilmente saía de Maranello ou Modena.

 

O último carro aprovado pessoalmente por ele foi o lendário F40, de 1987, um ano antes de sua morte.

 

Enzo Ferrari morreu dia 14 de agosto de 1988, aos 90 anos, de insuficiência renal, em sua casa, em Maranello, Modena, Itália.

(Fonte: Veja, 24 de agosto, 1988 – Edição 1042 – DATAS – Pág; 100)

(Fonte: https://jornaldocarro.estadao.com.br/fanaticos – JORNAL DO CARRO / FANÁTICOS – 17.09.2018)

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