Enver Hodja, secretário-geral do Partido do Trabalho (comunista) da Albânia

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Ditador que transformou a Albânia num mosteiro marxista silencioso e pastoril

Enver Hodja (Arguirokastro, 16 de outubro de 1908 – Tirana, 11 de abril de 1985), político albanês, secretário-geral do Partido do Trabalho (comunista) da Albânia. Ditador que transformou a Albânia num mosteiro marxista silencioso e pastoril. Enver Hodja nasceu na cidade de Arguirokastro, em 16 de outubro de 1908. Filho de uma família mulçumana.

Enver Hodja, estadista que há 41 anos dirigia a minúscula Albânia com punho de ferro e fervor stalinista.

Considerado o “lider bem-amado e glorioso” da Albânia. É provável que, fora da própria Albânia, um genuíno pesar pela morte de Hodja só tenha sido expresso no Brasil – talvez um dos únicos países do mundo a hospedar um ativo grupo comunista, o PC do B, que tem como modelo a monástica e pastoril ditadura albanesa.

Ao morrer no dia 11 de abril de 1985, Hodja havia se tornado o mais longevo governante europeu e tinha cumprido o objetivo de moldar a Albânia a um desconcertante figurino marxista-lenista talhado por ele mesmo. Em tese, a Albânia órfã de Hodja é um típico país de modelo marxista: partido único, coletivização total da vida econômica e empenho internacionalista. Até num detalhe litúrgico ela lembra o país comunista número 1, a União Soviética: o presidente da comissão que organizou os funerais de Hodja, Ramiz Alia, foi imediatamente visto como o sucessor. Na prática, a Albânia de Hodja sugere mais Freedonia, o país balcânico imaginado pelos irmãos Marx no filme O Diabo a Quatro, uma delirante sátira às ditaduras. Em Freedonia, um país paupérrimo onde o ditador promete 1 000 anos de felicidade ao povo, o tirano, vivido por Groucho Marx, entoa seu programa de governo em forma de uma canção intitulada Esperem Só até Eu Acabar com Eles.

NOS PASSOS DE STÁLIN – Ao longo do seu reinado, Hodja promoveu vários grandes expurgos – quatro “brutais”, como admitiu -, eliminando em cada um os adversários do momento. Em 1948, seguindo os passos do ditador soviético Josef Stálin, rompeu com o líder iugoslavo Josip Broz Tito, seu antigo protetor na época da II Guerra Mundial, e promoveu a caça aos seus inimigos, batizando-os de “titoístas” e “renegados anticomunistas”. Quando, em 1960, Nikita Kruchev desmantelou o culto a Stálin na URSS, foi a vez de Hodja expurgar os “revisionistas kruchevianos”. Na década de 70 livrou-se de outra bateria de adversários, acusando-os de simpatizantes do “social-imperialismo”, nome que deu ao regime instalado por Deng Xiaoping na China, a aliada que até então lhe restara. No último expurgo, o dos chamados “europeístas”, em 1981, o então primeiro-ministro Mehmet Shehu foi assassinado numa conjura palaciana.

Abandonados os laços com a China longíqua, Hodja trancou a Albânia num isolamento ainda mais exasperado, transformando-a num país quase clandestino em plena Europa. “Somos o único país que permanece revolucionário e socialista”, gabava-se o ditador. E enumerava como trunfos do regime a ausência de impostos sobre a população de 2,7 milhões de pessoas, a inexistência de dívida externa – proibida por lei – e a auto-suficiência de alimentos e produtos de uso individual. Na realidade, os albaneses, embora vivam a apenas 650 quilômetros de Roma, 500 quilômetros de Atenas e 800 quilômetros de Viena, lembram tudo menos um país europeu do século XX. Proibidos de viajar ao exterior, eles não podem possuir automóveis particulares e correm o risco de ir para a cadeia se expressarem em público qualquer sentimento religioso. A auto-suficiência, assim, é a de um mosteiro que fez votos de pobreza e de silêncio.

Em toda a Albânia, cujo território é do tamanho do Estado de Alagoas, existe um único jornal, o Zeri i Populit, de quatro páginas. Ali é expressa a verdade oficial do partido comunista sobre os eventos nacionais e internacionais considerados educativos o suficiente para serem levados ao conhecimento da nação. Nas livrarias e bibliotecas é proibido praticamente tudo – de Balzac a Freud, de Dostoievski a Nietzsche. O que prolifera são as obras do próprio Hodja, discursos e ensaios exibidos ao lado das obras de Marx e Engels, Lênin e Stálin. Enfim, no único canal de televisão, em branco e preto, bem como nos cinemas e nos teatros, só são apresentados espetáculos de cunho patriótico e ideológico, todo o tempo conclamando o povo a se entrincheirar contra os inimigos externos – na prática, o resto do mundo.

A xenofobia de Hodja, seu traço mais característico, não existiu sempre. Ele estudou em Paris e na década de 30 serviu como secretário no consulado da Albânia em Bruxelas. Foi na tabacaria que abriu em Tirana, ao voltar ao país, que nasceu o movimento de resistência às tropas italianas e alemãs que ocuparam a Albânia na II Guerra Mundial. Apesar do tímido e formal reatamento de relações com a China, em 1984, e da intensificação do comércio com os vizinhos europeus, nada faz pensar que o desaparecimento de Hodja leve a Albânia a se abrir rapidamente, sob pressões internas ou externas, para o mundo. A mensagem de condolências enviada pela China foi aceita sem comentários, mas a da União Soviética foi devolvida como “inaceitável”. Não existe qualquer possibilidade de debate interno, e externamente a única oposição visível é a do herdeiro do finado trono albanês, Leka I. Autoproclamado rei da Albânia, Leka I, filho do falecido rei Zog, colecionou armas e noivas, e foi viver na África do Sul.
Com o Brasil, a Albânia mantém relações comatosas, mas num clima de simpatia. Jamais houve a instalação mútua de embaixadas, desde que o governo do primeiro-ministro Tancredo Neves, em 1961, foram estabelecidas laços diplomáticos. Mas, o embaixador brasileiro em Atenas, Alarico da Silveira, esteve presente aos funerais de Hodja, em Tirana, num gesto simétrico ao doa embaixador albanês nas Nações Unidas, Justin Papajorgji, que veio ao Brasil para a posse presidencial no dia 15 de março de 1985.

Hodja morreu no dia 11 de abril de 1985, aos 76 anos, de ataque cardíaco, em Tirana, capital da Albânia.
(Fonte: Veja, 17 de abril, 1985 – Edição n° 867 – ANO 28 – N° 18 – DATAS/INTERNACIONAL – Pág; 40/41)

ENVER HODJA: Ardor Revolucionário em Defesa do Marxismo-Leninismo
Enver Hodja nasceu na cidade de Arguirokastro, em 16 de Outubro de 1908. Filho de uma família mulçumana, freqüentou a escola primária da cidade natal, que foi um dos mais antigos centros das aspirações nacionais albanesas, e aí aprendeu, além das primeiras letras, um sentimento patriótico muito elevado, de total identificação com os interesses populares.

No período da revolta democrática de 1924, conduzida pelo bispo ortodoxo e poeta Fan Noli, revolta inconseqüente que iria levar ao regime tirânico de Ahmet Pacha, apoiado por sérvios e italianos, Enver Hodja, então estudante em Kortcha, organizou a primeira manifestação de estudantes contra a opressão. Conhece, nesta altura, pela primeira e última vez na sua vida, o cárcere, aos 16 anos de idade, com muitos colegas do liceu.

Definição como comunista

Como brilhante aluno do liceu francês de Kortcha, Enver Hodja recebe, em 1930, uma bolsa do governo albanês a fim de fazer os estudos superiores na França, para onde parte no fim desse mesmo ano.

Na França, inscreve-se na faculdade de ciências Montpellier, no final de 1931, com 23 anos, e, dentro em breve, entra nas fileiras do Partido Comunista Francês (PCF).

O regime de Zogu segue a sua evolução ideológica, e faz com que lhe seja suprimida a bolsa de estudos, em feve-reiro de 1934. Enver Hodja é então obrigado a ir para Paris à procura de trabalho, e, na capital, começa a escrever, como colaborador, para o jornal do PCF L´Humanité onde denuncia a ditadura de Zogu, que conduz a Albânia para o fascismo mais descarado, para a entrega total à Itália de Mussolini. Em seus artigos contra o fascismo, Enver Hodja chega mesmo a prever a ocupação da Albânia pelas tropas italianas, o que veio a suceder em 07 de abril de 1939.

Em Paris, Enver Hodja esteve em ligação direta com os imigrantes albane-ses, sobretudo com o grupo de comunistas que tenta criar uma “frente democrática” contra o regime Zogu, na linha das frentes populares proposta pelo Komintern como única forma de luta eficaz contra o fascismo.

Enquanto muitos outros jovens, individualmente ou aconselhados pelo grupo de Paris, partem para as brigadas internacionais, que se vão bater na guerra-civil da Espanha, Enver Hodja regressa à Albânia

Depois de um período de vários meses sem trabalho, Enver Hodja ensina, durante quatro meses, no liceu de Tirana. Em seguida, por causa do domínio da língua francesa, foi enviado para o liceu de Kortcha, onde utiliza as aulas para difundir as idéias marxistas, sob a capa democrática e antimonárquica, para assim passar mais despercebido à repressão, que o conhece bem.

Ao mesmo tempo, dedica-se à atividade política clandestina, como membro do grupo comunista de Kortcha, do qual é um dos militantes mais ativos, sobretudo no movimento sindical, ajudando os operários das oficinas artesanais e das pequenas fábricas, da cidade e dos arredores, a organizarem-se no seio das associações profissionais.

Destituído do seu posto do liceu, em 1939, sob o pretexto de não ter querido filiar-se no partido fascista, mas de fato, por ter sido um dos organizadores da grande manifestação antifascista de Kortcha, do mesmo ano, Enver Hodja passa a só poder atuar na clandestinidade.

A esta altura, ainda reina grande confusão nos grupos comunistas albaneses, separados por profundas divergências internas. Só o grupo comunista de Kortcha defendia, na prática, a criação de um verdadeiro partido comunista e o lançamento da frente anti-fascista. Foi como representante do grupo de Kortcha e com a missão de impor, pelo debate e persuasão, estas posições de princípio, que Enver Hodja foi enviado a Tirana, nos princípios de 1940.

Frente a esta situação política bastante complexa e confusa, que oscilava entre o mais descarado oportunismo de direita e o sectarismo cego, o trabalho de Enver Hodja foi prolongado e difícil, até à afirmação prática, mobilizadora, de uma linha com o completo apoio das massas populares, de luta declarada contra o fascismo.

Partido do Trabalho nasce no fogo da luta

O início da guerrilha popular, no fim de 1940, com o total apoio do grupo de Kortcha, e o deslocamento de Enver Hodja para a montanha, em contato direto com a guerrilha, em junho de 1941, deu uma contribuição decisiva para a unidade política de princípios com os outros grupos, proporcionando o reconhecimento prático da vanguarda proletária na sua atuação concreta.

Enver Hodja consegue convocar, em 3 de novembro de 1941, uma reunião de todos os grupos comunistas, na qual luta para convencer todos os oportunistas de direita e os esquerdistas de que é possível a construção do Partido num país de classe operária reduzida. Mostra na ocasião que o partido unificado será a condição básica da vitória, a única forma de a Albânia não cair sob a hegemonia de vizinhos poderosos.

A 8 de Novembro de 1941, nasce o Partido do Trabalho da Albânia. Enver Hodja é nomeado, no ato da fundação, primeiro secretário do comitê central e passa a viver nas zonas montanhosas libertadas, onde as nove guerrilhas populares albanesas passam a formar o corpo central de combate do Exército Popular de Libertação. O jornal Zeri i populit (Voz do Povo), criado em agosto de 1942, sob a direção do primeiro secretário do PTA, surge como o elemento unificador de todo o partido, como transmissor a todos os seus membros, da teoria marxista-leninista, da linha única política, ideológica, organizativa e de ação do proletariado revolucionário.

Construindo o socialismo

Em 28 de Novembro de 1944, depois de três anos de luta vitoriosa à Frente do PTA, condutor do Exército Popular de Libertação e da Frente Popular de Libertação, Enver Hodja entra em Tirana e é eleito chefe do governo democrático da Albânia, que se estrutura sob a forma política de ditadura do proletariado vitorioso. É o início da construção do socialismo na Albânia, mas é igualmente o alvorecer de novas lutas.

É também nesta altura que Enver Hodja casa com uma professora e militante do PTA, Nedjmie Djolini, filha de uma família mulçumana da cidade de Dibra, integrante do Partido desde a fundação e responsável pela Juventude Comunista, que sempre teve uma intensa atividade política, com um papel muito ativo no movimento de emancipação da mulher albanesa.

Em 14 de Julho de 1947, Enver Hodja faz uma viagem a Moscou, a convite do secretário-geral do PCUS Stálin. Desse encontro, derivam os primeiros acordos comerciais e culturais entre os dois países socialistas, bem como o auxílio técnico soviético, num momento em que a Albânia está no auge do esforço da industrialização e de preparação dos terrenos pantanosos do litoral para a agricultura.

Desde 1947, o presidente da Iugoslávia, Josip Broz Tito, deixa claro o desejo de anexar a Albânia, o que não passa de uma política burguesa mascarada de marxismo, que procura transformar a Albânia na sétima república da Federação Iugoslava. Mas, se encontra adeptos dentro do próprio PTA, a idéia suscita, no geral, uma oposição firme na maior parte do Comitê Central e uma total repugnância nas massas populares.

Além da independência política, da afirmação do direito de “cada povo dispor de si próprio”, segundo os princípios básicos de Lênin e de Stálin, a luta contra a tentativa de ingerência iugoslava é, também, a luta entre duas linhas: a linha proletária, o caminhar sobre as suas próprias forças, e a linha capitalista de dar predominância à técnica afastada das massas populares, seus meros executantes. É caminhando com as forças do povo que o PTA realiza a reforma agrária, pratica a diversificação da indústria e da agricultura, precavendo o abastecimento interno, para evitar qualquer gênero de dependência, qualquer tipo de chantagem econômica, como a URSS tentou fazer em 1960, ao cortar o fornecimento de trigo e de carvão, na sua tentativa infrutífera de dominar os albaneses.

O 20.º Congresso do PUCS, em 1956, no qual se juntam os representantes dos interesses da nova burguesia soviética, instalada no aparelho do PUCS e do Estado, nos seus ataques a Stálin abre o combate declarado contra a ditadura do proletariado, mas levanta uma onda de protestos na Albânia contra a defesa de posições burguesas reacionárias.

Seis meses depois do 20.º Congresso do PUCS, Enver Hodja vai a Pequim, à frente da delegação do PTA convidada a assistir ao 8.º Congresso do Partido Comunista da China (PCC), de setembro de 1956. As relações com a República Popular da China, que se tinham incrementado a partir de 1956, com grandes fornecimentos de arroz à Albânia, estreitam-se ainda mais.

Em 1960, em Bucareste, no Congresso dos 81 Partidos Comunistas e Operários, Enver Hodja é o primeiro dirigente a fazer a denúncia pública do revisionismo moderno da própria tribuna do Congresso. Em 1961, o PTA, com Enver Hodja, abandona o Pacto de Varsóvia, denunciando-o como força agressiva contra os povos do mundo, como tentativa de domínio, por parte da URSS, dos países da Europa Oriental e das massas populares

Sob o controle das massas

Em 1967, inicia-se, com toda força e prestígio do PTA, a Revolução Cultural, conduzida pessoalmente por Enver Hodja, processo de extinção das classes e de crescimento ideológico, levado a efeito sob a ditadura do proletariado. A Revolução Cultural incidiu em todos os setores da produção e da vida social. Enver Hodja, que dirige e participa ativamente de todo o processo da Revolução Cultural, apresenta, citando Stálin, a forma correta da sua condução: “ Organizar o controle pela base, organizar a crítica de milhões de homens da classe operária contra o espírito burocrático das nossas instituições, contra os seus defeitos, contra os seus erros… Só deslocando o centro de gravidade para a crítica da base podemos esperar o sucesso na nossa luta e o burocratismo será extirpado”.

O informe político de Enver Hoda ao 6.º Congresso do PTA contém a essência política e ideológica de todo o movimento da Revolução Cultural, da luta contra o revisionismo, das bases para a continuação da construção do socialismo e é também o reconhecimento de que é um caminho longo e difícil, um caminho de constante apuramento político e ideológico, perante o cerco do imperialismo e do social-imperialismo soviético, de continuação da luta da classe operária, de participação dos comunistas em todos os trabalhos de vanguarda, sobretudo nos mais perigosos, que exigem maior esforço e dedicação, do seu exemplo no seio do povo, do seu trabalho ao serviço do povo – como afirma Enver Hodja no Discurso histórico de 2 de Fevereiro de 1973 – de total abdicação de si próprio, sem vantagens econômicas ou regalias particulares, mas pela obrigação do seu elevado grau de consciência política, de construtores do mundo novo.

(Manuel Quirós (1939-1975), professor português, ficou preso durante quatro anos (1965-1969) nos porões da PIDE, a temida polícia política da ditadura salazarista.
Foi solto em decorrência do seu estado de saúde, debilitado em razão das torturas sofridas no cárcere. Mas a doença não o acomodou.
Dedicou-se à reconstrução do Partido Comunista Marxista-Leninista de Portugal até o último instante de sua vida.)

Nota da redação O artigo de Manuel Quirós sobre Enver Hodja foi escrito em 1974. Em 1978, a Albânia rompe com a China por discordar de sua aproximação com os EUA, com quem restabeleceu relações diplomáticas e comerciais. Sob a direção de Hodja, o PTA permanece fiel ao marxismo-leninismo, recusando-se a fazer concessões aos países capitalistas. Mas, com a morte de Enver Hodja, em abril de 1985, seu sucessor Ramiz Alia inicia um processo de reformas capitalistas que levam à destruição das conquistas da revolução. As aves de rapina do imperialismo passam a saquear a Albânia, que, hoje se encontra com seu parque industrial aniquilado, o mesmo ocorrendo na agricultura; 70% da alimentação consumida chegam de outros países; o povo vive na miséria, a corrupção e o crime organizado imperam.
(Fonte: www.pcrbrasil.org – Jornal A Verdade, nº 93)

Partido Comunista Revolucionário
Integrante da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas (Unidade e Luta)

O primeiro Estado ateu da história
Toda a Albânia (28 000 km², do tamanho de Alagoas) foi convertida, nos últimos anos, num verdadeiro laboratório de experiência política para transformar seus 2 milhões de habitantes em comunistas “puros”. Em 1967, a Albânia anunciou que era o primeiro Estado ateu da história, eliminando completamente a religião e transformando as 2 169 igrejas ortodoxas, católicas, protestantes e as mesquitas muçulmanas em bibliotecas, escolas de marxismo e restautantes. A Albânia é o único país europeu que tem estátuas de Stálin nas praças públicas e suas obras nas livrarias.
Enver Hodja, antigo professor de francês, que manteve com mão de ferro tanto o PC como o regime, foi o primeiro líder comunista a atacar o Kremlin. Ele o fez com tanta violência que Kruschev rompeu relações diplomáticas com a Albânia em dezembro de 1961.

(Fonte: Veja, 17 de dezembro, 1969 – Edição 67 -– INTERNACIONAL – ALBÂNIA -– Pág; 60)

 

 

 

 

 

 

 

 

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