Dolores O’Riordan, talentosa vocalista da banda irlandesa The Cranberries

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Dolores O’Riordan, cantora do Cranberries ficou famosa por hits como ‘Zombie’, ‘Linger’, ‘Dreams’, ‘Ode to my family’ e ‘Salvation’.

 

Dolores O’Riordan, vocalista da banda irlandesa The Cranberries (Foto: AP Photo/Bruno Bebert)

 

Dolores Mary Eileen O’Riordan Burton (Ballybricken, Irlanda, 6 de setembro de 1971 – Londres, 15 de janeiro de 2018), cantora e compositora, talentosa vocalista da banda irlandesa The Cranberries.

Famosa desde os anos 1990 por sucessos como “Linger”, “Zombie”, “Dreams” e “Ode to My Family”, a cantora Dolores Mary Eileen O’Riordan Burton nasceu em Ballybricken, na Irlanda, em setembro de 1971, a mais nova de sete filhos.

Quando The Cranberries estourou nos anos 1990, com músicas como Dreams, Zombie e Linger, havia algo a mais naquela banda de rock formada por jovens irlandeses. Havia a voz de Dolores O’Riordan. Potente, que transitava entre o grave e o agudo, a doçura e o lamento – e que a tornava única em meio a um cenário então povoado por cantoras igualmente talentosas, como Alanis Morissette, Gwen Stefani, Sinéad O’Connor e tantas outras.

Nascida em 6 de setembro de 1971 na pequena cidade de Ballybricken, perto da cidade de Limerick (sudoeste da Irlanda), Dolores Mary Eileen O’Riordan destacou-se muito cedo por sua capacidade de cantora para modular suas cordas vocais e alternar graves e agudos, em estilo tradicional irlandês que ela uniu com sucesso ao pop / rock / grunge do The Cranberries. Tecladista e guitarrista também, casou-se com o empresário musical Don Burton, ligado ao grupo britânico Duran Duran, mas eles se separaram em 2014 após quase 20 anos de casamento. Tiveram três filhos.

 

 

A vocalista Dolores O’Riordan (sentada), o baixista Mike Hogan, o baterista Fergal Lawler e o guitarrista Noel Hogan, do Cranberries, em 2012 (Foto: Joël SAGET / AFP)

 

 

Em Limerick, Dolores conheceu os outros três músicos no final dos anos 1980, com quem ele formaria The Cranberries: Feargal Lawler (bateria), Mike Hogan (baixo) e Noel Hogan (guitarra). Depois de um início frustrante, a banda chegou a atrair milhões de fãs nos anos 1990, década em que eles lançaram seus álbuns lendários, Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We? (1993) e No Need To Argue (1994).

Na segunda metade dos anos 1990, o sucesso foi diminuindo até chegar ao quinto álbum, Wake Up And Smell The Coffee (2001), e os integrantes do grupo se separaram dois anos depois para se dedicar às suas carreiras solos. Durante esse período, Dolores lançou dois álbuns solos, Are You Listening? (2007) e No Baggage (2009), que nunca alcançaram a mesma fama dos primeiros trabalhos à frente do Cranberries – a banda chegou a vender mais de 40 milhões de discos no mundo.

Os quatro se reuniram novamente em 2010 para uma turnê pelos Estados Unidos e pela Europa, e dois anos depois lançaram seu sexto álbum de estúdio, Roses. Após essa turnê, Dolores tomou medidas legais contra Noel Hogan, guitarrista e coautor da maioria das músicas da banda irlandesa.

Depois de superarem as diferenças que os levaram ao tribunal, os integrantes da banda voltaram a se encontrar para uma turnê que começou na Polônia em junho de 2016. Em 2017, o grupo também lançou o trabalho acústico Something Else. Em maio de 2017, o grupo foi forçado a cancelar os compromissos programados por problemas de saúde da cantora. Parecia mais um desafio que ela tinha superado. “Quando a vida é perfeita, torna-se chata, você deve se desafiar, porque isso dá a você um motivo para viver.”

 

Dolores O'Riordan, vocalista da banda The Cranberries Foto: Guillaume Souvant/ AFP

Dolores O’Riordan, vocalista da banda The Cranberries Foto: Guillaume Souvant/ AFP

 

Hits nos anos 90

Formada em 1990, a banda emplacou hits como “Zombie”, “Linger”, “Dreams”, “Ode to my family” e “Salvation”. O grupo ficou conhecido pela voz potente e emotiva dela.

A estreia foi em 1993, com “Everybody else is doing it, so why can’t we?”.

O trabalho mais recente de inéditas, “Roses”, é de 2012, o único com novas canções após o retorno, em 2010. Os integrantes haviam ficado afastados por seis anos.

Dolores O’Riordan, do Cranberries, em show de 2012 (Foto: Joël SAGET / AFP)

 

A letra meio falada, meio cantada de “Linger”, sobre uma relação de amor frustrada, e o sotaque e o tom de voz peculiares da cantora (O’Riordan era meio-soprano) chamaram a atenção de crítica e público em um ambiente tomado pelo som denso e gritado das bandas grunge e de remanescentes do hard rock.

“Escrevi sobre ser rejeitada”, disse a cantora sobre o clássico durante entrevista ao jornal britânico “The Guardian” em 2017. “Nunca imaginei que se tornaria uma grande canção”, completou.

Também colaboraram para alçar a banda ao top 10 norte-americano o videoclipe de tons cinematográficos e ares retrô de “Linger” e a habilidade audiovisual do grupo, manifesta em outros videoclipes de sucesso, como “Zombie” e “Dreams”.

Frequentemente identificada com o rock alternativo e com o pós-grunge, a banda tinha forte vocação para o pop rock e foi uma das atrações de rock mais bem-sucedidas comercialmente nos anos 1990, tendo vendido mais de 40 milhões de discos desde então.

A banda ainda lançou outros quatro discos até se separar, em 2003. Nos anos seguintes, O’Riordan dedicou-se a uma carreira solo na qual lançou dois álbuns, além de diversas colaborações com outros artistas.

O grupo se reuniu em 2009 e lançou mais dois álbuns, “Roses” (2012) e “Something Else” (2017).

Com a banda, a cantora veio ao Brasil em 2010 com a turnê sul-americana “Reunion”, passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Brasília e Porto Alegre.

Três anos antes, ela estreou no país com show do álbum “Are You Listening?”, o primeiro de sua carreira solo.

Com o lançamento do álbum acústico “Something Else”, a banda planejava excursionar pela Europa e pela América do Norte. No entanto, a turnê foi cancelada devido a problemas de saúde da cantora -ela tinha um problema nas costas que causava dor e não foi detalhado à época.

Suas últimas apresentações ao vivo aconteceram em dezembro. Na época, a cantora publicou um comunicado nas redes sociais, no qual dizia “sentir-se bem”.

“Fiz meu primeiro show em meses neste fim de semana, apresentei algumas músicas na festa anual dos funcionários da [revista]‘Billboard’, em Nova York, com a banda da casa. Realmente gostei! Feliz Natal para todos os nossos fãs”, escreveu.

 

Em 2014, ela teve um “ataque de raiva” e foi detida após bater em uma aeromoça e cuspir em um policial.

Dolores O’Riordan, do Cranberries, em show de 2016 (Foto: GUILLAUME SOUVANT / AFP)

Em 2017, eles lançaram “Something Else”, com releituras acústicas dos sucessos do grupo. Além da cantora, o Cranberries tinha Noel Hogan, Mike Hogan e Fergal Lawler.

Dolores O’Riordan, do Cranberries, em show de 2017 (Foto: REUTERS/Arben Celi)

No dia 20 de dezembro de 2017, Dolores disse por meio das redes sociais da banda que estava “se sentindo bem”.

“Eu fiz meu primeiro show em meses no fim de semana, tocando algumas músicas na festa anual para o staff da Billboard em Nova York… Gostei muito! Feliz Natal para todos os nossos fãs! Beijos”.
Aos 46 anos, Dolores foi encontrada morta no Hilton Hotel, na manhã de segunda-feira, 15, em Londres, onde estava para fazer algumas gravações.
Dolores morreu “subitamente”, anunciou sua agente, Lindsey Holmes Publicity, em comunicado. Em 2017, ela contou para o jornal do metrô de Londres que tinha sido diagnosticada com transtorno bipolar, e falou para o Irish News sobre sua batalha contra a depressão.
(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia – MÚSICA – NOTÍCIA / Por G1 – 15/01/2018)
(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 18.986 – 16 de janeiro de 2018 – TRIBUTO – Pág: 28)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/01/19 – ILUSTRADA / DE SÃO PAULO – 15.jan.2018)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – NOTÍCIAS – MÚSICA / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS –  O Estado de S.Paulo – 15 Janeiro 2018)
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