Diego Galán, cineasta que pôs San Sebastián no mapa do cinema mundial
Diego Galán Fernández (Tânger, Marrocos, 13 de outubro de 1946 – Madri, 15 de abril de 2019), figura de destaque do cinema espanhol que dirigiu o Festival de San Sebastián e assinou documentários sobre a sétima arte em seu país.
O cineasta Diego Galán, nasceu em Tânger, no Marrocos, em outubro de 1946, histórico diretor do Festival de San Sebastián que o tornou um evento obrigatório do cinema mundial, dedicou sua vida à memória e à gestão cultural da sétima arte em suas diversas facetas profissionais.
Galán, jornalista, crítico e diretor, dirigiu o Festival de Cinema de San Sebastián durante dois períodos –1986-1989 e 1995-2000– e, em 2018, foi reconhecido com a Medalha de Ouro da Academia de Cinema.
O cineasta começou a fazer crítica em 1967 na revista Nuestro Cine, uma atividade que lhe daria crédito e prestígio; depois, desenvolveu o mesmo trabalho na revista Triunfo e no jornal El País, com o qual continuou colaborando até o fim de sua vida.
Como diretor do Festival de San Sebastián, Galán promoveu campanhas para que o público da cidade também sentisse a mostra como se fosse sua, algo que incentivou através da presença das principais estrelas internacionais de momento, desde Bette Davis até Gregory Peck, Al Pacino e Robert De Niro.
Responsável por vários documentários focados na história do cinema espanhol, Galán dirigiu, entre outros, trabalhos sobre o editor Pablo G. del Amo (“Pablo G. del Amo, un Montador de Ilusiones”), o Festival de San Sebastián (“Una Historia de Zinemaldia”) e abordou como a tela grande representou a mulher (“Con la Pata Quebrada”) e o homem (“Manda Huevos”).
Seu trabalho se desenvolveu também na televisão, com séries de não-ficção como “Memorias del Cine Español” e “Queridos Cómicos”.
Diego Galán morreu em sua casa em Madri aos 72 anos, em 16 de abril de 2019.
“Ninguém conheceu como Diego Galán o cinema a partir de todos os âmbitos, especialmente o cinema espanhol. Vamos sentir saudades de seu rigor, de sua solvência e, em nível pessoal, de sua generosidade para com todos nós. Até logo e obrigado. Voe alto, querido Diego”, disse o presidente da Academia de Cinema da Espanha, Mariano Barroso, ao saber da notícia.
O Festival de San Sebastián se despediu de seu emblemático diretor com uma mensagem no Twitter: “Até logo, Diego. Você transformou o Festival de San Sebastián em um evento de todos e nunca vamos nos esquecer de você. Encontre seu filme onde você estiver, descanse em paz”.
(Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/efe/2019/04/15 – ENTRETENIMENTO / Filmes e Séries / De Madri (Espanha) – 2019-04-15)
(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 55 – N° 19.375 – 17 de abril de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 32)