Dean Stoecker, empresário que criou solução visionária por trás do software Alteryx que simplifica a gestão de dados para os leigos

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Conheça a trajetória de Dean Stoecker, bilionário por trás do software Alteryx

 

 

Resumo:

  • A Alteryx, do empresário Dean Stoecker, possui um software, de mesmo nome, que simplifica a gestão de dados para os leigos;

 

  • A ascensão da empresa aconteceu ao mesmo tempo que a popularização do big data, resultando em US$ 254 milhões em receita, em 2018;

 

  • Os revendedores de Coca-Cola, empresas aéreas e bancárias utilizam a ferramenta na administração de seus recursos e produtos.

 

 

 

Dean A. Stoecker é um empresário bilionário americano, e o co-fundador (em 1997), presidente e CEO da Alteryx, uma empresa de software de computador, que simplifica a gestão de dados para os leigos.

 

 

Stoecker cresceu como filho de um funileiro. Seu pai construiu tanques de nitrogênio líquido para a Nasa antes de deixar o emprego para vender casas de férias “pré-montadas” no Colorado, criadas por ele mesmo.“Ele cortava madeira para 50 construções, literalmente, durante nove meses do ano”, lembra Stoecker. Quando adolescente, ele se juntou ao pai e, quando chegou à Universidade do Colorado, em Boulder, para estudar economia, conseguiu se sustentar.

 

 

 

Depois de se formar, em 1979, Stoecker fez um MBA na Pepperdine e, em 1990, conseguiu um emprego de vendas na Donnelley Marketing Information Services, uma empresa de dados em Connecticut. Lá, ele conheceu Libby Duane Adams, que trabalhava no escritório de Stamford da empresa. Sete anos depois, a dupla fundou uma empresa de dados, que eles chamaram de Consultores Espaciais de Reengenharia. (Um terceiro cofundador, Ned Harding, juntou-se na mesma época; Stoecker, que teve a ideia, assumiu a maior parte do patrimônio.)

 

 

A Alteryx, com sede em Irvine, na Califórnia, gerou US$ 28 milhões em lucro, com US$ 254 milhões em receita em 2018, e Stoecker espera atingir US$ 1 bilhão em vendas anuais até 2022.

 

 

 

O primeiro cliente da SRC, uma empresa de correio de Orange County, pagou US$ 125 mil para segmentar melhor seus cupons. “Estávamos construindo soluções de nuvem analítica de big data em 1998”, diz o empresário, quando muitas empresas mal estavam online e termos como “computação em nuvem” estavam a anos de distância.

 

 

 

A SRC foi lucrativa desde o início. “Não gastamos e nem contratamos antes de ter receita”, explica Adams, sentado em um ônibus Volkswagen remodelado de 1962 na sede da Alteryx -teoricamente um símbolo da jornada da empresa. “Nunca calculamos as taxas de queima. Esse foi um grande tópico em toda a era dos sites. Não estávamos administrando o negócio como um pontocom.”

 

 

 

Sun Tzu, autor do livro “A Arte da Guerra”, encontra o software. É meados de agosto, no Crawford Hotel, no centro de Denver, e os pisos são de mármore e os lustres são detalhados em ouro. Dean Stoecker, CEO da empresa de sofware Alteryx, convocou seus executivos para a sessão anual de estratégia ele chama de Bing Fa. “Sun Tzu falava sobre como economizar recursos”, diz Stoecker, 62 anos. “Como você vence uma guerra sem entrar na batalha?”

 

 

Stoecker entende sobre conservação de recursos. Ele fundou a Alteryx em 1997, quando a indústria de ciência de dados mal existia, e passou uma década aumentando a empresa para meros US$ 10 milhões em receita anual. “Tivemos de esperar o mercado recuperar o atraso”, afirma. Enquanto aguardava, ele manteve o negócio enxuto, contratando lentamente e renunciando a investimentos externos até 2011. Então, quando o “big data” começou a comer o mundo, ele levantou US$ 163 milhões antes de abrir o capital da Alteryx, em 2017. O estoque subiu quase 900%, e Stoecker vale cerca de US$ 1,2 bilhão.

 

 

“As pessoas me perguntam: ‘Você pensou que ficaria tão grande?’ E eu digo: ‘Sim, mas eu não achei que demoraria tanto tempo’”, comenta.

 

 

O Alteryx facilita a administração de dados. Seu design simples, permite que qualquer pessoa, de recém-formados a presidentes, transforme números brutos em tabelas e gráficos. Vai muito além do Excel. Conecte alguns números, selecione a operação desejada (por exemplo, limpeza de dados ou regressão linear) e pronto.

 

 

Existem aplicações do software para todos os setores. A Coca-Cola usa o Alteryx para ajudar os restaurantes a prever quanto refrigerante pedir, as companhias aéreas para cobrir o preço do combustível de aviação e os bancos para modelar derivativos. A análise de dados “é a única habilidade que todo ser humano precisa ter para sobreviver nesta próxima geração”, diz Stoecker. “Mais do que equilibrar as contas”.

 

 

 

Em 2006, como parte de uma série de concessões pontuais de consultoria, a SRC lançou um software para permitir que os clientes analisassem seus números. Eles nomearam o software como Alteryx, uma piada nerd por alterar duas variáveis ​​simultaneamente: “Alter Y, X”. Em 2010, Stoecker fez renomeou a empresa com o nome da plataforma.

 

 

 

O mercado ainda era pequeno. Para aumentar a receita, “continuamos aumentando o preço de nossa plataforma”, explica Stoecker. No início, a Alteryx vendeu seu software por assinatura, pelo valor de US$ 7.500 por usuário; em 2013, estavam cobrando US$ 55 mil. No ano seguinte, quando Stoecker sentiu a demanda crescer, reduziu os preços para US$ 4.000. O volume compensou a taxa mais baixa. Hoje, a Alteryx possui 5.300 clientes. “Passamos imediatamente da média de oito, nove ou dez [novos clientes]no bimestre para quase 250”, comenta.

 

 

Embora a mineração e a análise de dados sejam campos estabelecidos há muito tempo, abrangendo uma série de startups e gigantes como Oracle e IBM, “não vemos quase nenhuma concorrência direta”, insiste Stoecker.

 

 

“É um campo bem aberto”, diz Marshall Senk, analista sênior de pesquisa da Compass Point Research & Trading. “A escolha é comprar uma assinatura da Alteryx ou 15 produtos diferentes e tentar descobrir como fazê-los trabalhar juntos”.

 

 

Dentro dos escritórios da Alteryx, Stoecker faz uma pausa na frente de uma linha do tempo que descreve seus primeiros 22 anos no negócio. “As coisas boas ainda nem ocorreram. Vou precisar de uma parede maior”.

 

 

(Fonte: https://forbes.uol.com.br/negocios/2019/09 – NEGÓCIOS / Por Noah Kirsch – 3 de setembro de 2019)

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