“De longe, a pior dor / É não entender / Por que, sem ódio ou amor / Meu coração tanto dói.” Paul Verlaine (1844-1896), poeta francês – chegou a ser eleito pelos colegas como o “Príncipe dos Poetas” da França, em 1894

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De longe, a pior dor / É não entender / Por que, sem ódio ou amor / Meu coração tanto dói.” Em tradução livre, os versos do livro Romances sem Palavras (1874) traduzem bem a inquietação sentimental e existencial do poeta francês Paul Verlaine (1844-1896).

Assim como um de seus inspiradores, Charles Baudelaire, Verlaine foi uma personalidade complexa e viveu uma vida de excessos. Mas, para além das turbulências da vida pessoal, conquistou grande reputação na literatura de seu tempo – chegou a ser eleito pelos colegas como o “Príncipe dos Poetas” da França, em 1894.

Associado ao Simbolismo, Verlaine investiu em uma poética permeada de arrebatamentos, impressões e nostalgias. Seu poema Clair de Lune inspirou obras musicais de Debussy e também de Gabriel Fauré. O músico americano Thomas Miller, da banda Television, adotou o sobrenome artístico Verlaine em homenagem ao poeta.

Verlaine chegou a ser casado, mas também teve romances conturbados com homens – notadamente, o também poeta Arthur Rimbaud (1854-1891). Em um episódio de raiva, chegou a ferir o amante com dois tiros, crime pelo qual Verlaine foi preso por dois anos. Depois de solto, o poeta ainda viveu na Inglaterra, onde atuou como professor, e voltou a Paris, onde morreu, aos 51 anos.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Almanaque Gaúcho – Frase do dia: Verlaine – 8 de janeiro de 2013)

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