David Koch, é considerado pela “Bloomberg” o 8º homem mais rico do mundo, impulsionou movimento conservador nos EUA

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Bilionário David Koch é considerado pela “Bloomberg” o 8º homem mais rico do mundo, foi um doador generoso a causas políticas conservadoras e a grupos educacionais, médicos e culturais.

 

 

 

David Koch, bilionário filantropo e figura polarizadora, durante evento em Nova York em 2012. (Foto: Brendan McDermid / REUTERS / 23-08-2012)

 

 

Bilionário que impulsionou movimento conservador nos EUA

Koch e seu irmão, Charles, são grandes doadores do Partido Republicano

 

 

David Hamilton Koch (Wichita, Kansas, 3 de maio de 1940 – 23 de agosto de 2019), bilionário americano, ex-vice-presidente executivo da Koch Industries e ex-candidato a vice-presidente, que, junto com seu irmão Charles, ajudou a financiar o movimento conservador americano que fortaleceu a ala de ultradireita do Partido Republicano.

 

 

 

Koch deixou sua marca nos negócios, na filantropia e na política. Nascido em Wichita, Kansas, em maio de 1940, filho de Fred e Mary Koch, ele foi o terceiro de quatro irmãos. O mais velho, Charles Koch, é CEO e presidente da Koch Industries desde 1967, enquanto o irmão gêmeo, Bill Koch, administra a empresa de commodities Oxbow Corp., que ele fundou após deixar o negócio da família em 1983.

 

 

 

Engenheiro de formação, Koch estudou no MIT antes de trabalhar como engenheiro de pesquisa e design na Amicon Corporation, Arthur D. Little e Halcon International. Mais tarde, ele se juntou à Koch Industries, co-fundada por seu pai, e ajudou a supervisionar a expansão do conglomerado para US$ 110 bilhões (negócios de vendas). Ele valia US$ 42,4 bilhões na época de sua morte.

 

 

 

Uma força nos círculos políticos, Koch também foi um filantropo que fez doações ao longo de sua vida no valor de mais de US$ 1,3 bilhão. As principais delas contemplam US$ 207 milhões para o Memorial Sloan Kettering Cancer Center (incluindo U $ 135 milhões para uma nova unidade médica ambulatorial) e US$ 185 milhões para o MIT (incluindo US$ 100 milhões para um instituto de pesquisa de câncer). Ele também apoiou várias causas culturais e artísticas, de modo a financiar a renovação da praça do Metropolitan Museum of Art, do antigo Teatro do Estado de Nova York no Lincoln Center e a criação de um salão destinado à exposições das origens humanas no Museu AMericano de História Natural do Instituto Smithsoniano.

 

 

 

Um dos doadores mais frequentes do Partido Republicado e presidente de uma das maiores empresas do mundo, ele concorreu à vice-presidência dos EUA em 1980. Juntos, eles controlavam a Koch Industries, do ramo do petróleo, uma das maiores companhias de mercado fechado do mundo.

 

 

 

O empresário era uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 42,2 bilhões de dólares, além de ser dono de 42% das Indústrias Koch. Em uma disputa familiar, David e Charles compraram a participação de seus outros dois irmãos na empresa fundada por seu pai, transformando a companhia de refino e exploração de petróleo e de atividade pecuária em uma das maiores empresas do mundo.

 

 

 

Charles e David Koch foram classificados pela “Bloomberg” como o 7º e 8º homens mais ricos do mundo, respectivamente, com fortunas de US$58,7 bilhões (R$ 240 bilhões) cada – que acumularam com uma grande participação acionária nas Indústrias Koch.

 

O conglomerado, sediado em Wichita, no Kansas, tem receita anual de cerca de US$ 110 bilhões (R$ 450 bilhões). É a segunda maior companhia americana de capital fechado em receita.

 

Os Koch ficaram conhecidos por uma vasta rede política que construíram que se tornou popularmente conhecida como “Kochtopus” – trocadilho em inglês para o sobrenome deles unido à palavra “octopus”, que significa “polvo”.

O bilionário, que morava em Nova York, foi doador generoso para causas políticas conservadoras, assim como para grupos educacionais, médicos e culturais.

 

David Koch lutou contra um câncer de próstata por 20 anos. Em 2007, ele doou US$ 100 milhões (cerca de R$ 408 milhões) para criar o Instituto David H. Koch para Pesquisa Integrativa sobre o Câncer no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

Também deu milhões à Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, ao Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, ao M.D. Anderson Cancer, em Houston, e a outras instituições.

Museu Nacional de História Natural do Smithsonian nomeou, em sua homenagem, uma ala dedicada à história da evolução humana ao longo de 6 milhões de anos. David Koch doou US$ 15 milhões (R$ 61 milhões) para financiar o salão.

 

Também foi o candidato a vice-presidente do Partido Libertário em 1980.

Charles ainda comanda a empresa, mas David dedicava boa parte do tempo à agenda política, chegando a concorrer como vice-presidente dos EUA pelo Partido Libertário, em 1980, com uma plataforma fortemente oposta à intervenção do Estado na economia.

Seu dinheiro foi um grande fomentador do movimento libertário que ajudou na ascensão do Tea Party — algo que os irmãos rejeitam —, no fortalecimento da ala de extrema direita no Partido Republicano e na eleição de Donald Trump em 2016. Os grupos financiados pelo bilionário americano influenciaram  o pensamento de organizações e centros de estudo conservadores brasileiros, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Instituto Mises. Membros do MBL participaram de seminários e atividades realizadas pelo Students For Liberty, instituição que recebe doações da família Koch.

Há anos, os irmãos enfrentam acusações de terem utilizado a causa conservadora para promoção de seus próprios interesses, mas insistem e, que aderiram a uma crença tradicional na liberdade do indivíduo e no livre comércio, nos mercados livres e  em liberdade em relação ao que chamavam de “intrusões” do governo, como impostos, regulamentações comerciais, programas de assistência social e leis que criminalizam a homossexualidade e o uso de drogas.

 

 

 

Desde os anos 1970, os irmãos Koch já gastaram ao menos US$ 100 milhões — valor que, segundo algumas estimativas, pode ser bem maior — para catapultar o então pequeno movimento conservador radical americano. Eles foram pioneiros nas táticas de uso de “dark money”, mascarando a fonte de doações políticas e interesses por trás de movimentos aparentemente espontâneos. Suas contribuições ajudaram a mover os EUA para a direita, influenciando o resultado de eleições, acabando com limites para doações de campanha e promovendo candidatos, regras e centros de estudo conservadores.

Apesar de rejeitarem terem feito parte do impulsionamento do Tea Party, os irmãos reconheceram seu papel na fundação e no financiamento do Americans for Prosperity, que especialistas afirmam ter fornecido apoio logístico para o movimento de extrema direita e para outras organizações que promovem apoio a causas conservadoras. Causas como corte tributários, combate à imigração irregular, regras ambientais e trabalhistas mais frouxas, o apoio à indústria bélica e o questionamento das mudanças climáticas estão entre as causas defendidas por empresas financiadas pelos irmãos.

Morador de Nova York, Koch tornou-se um benfeitor das artes, apoiando companhias de balé e de ópera. Ele havia se afastado das Indústrias Koch por motivos de saúde em 2018.

 

 

David Koch ocupou a 13ª posição no ranking da Forbes de Bilionários do Mundo de 2018 com um patrimônio líquido de US$ 50,5 bilhões.

David Koch faleceu em 23 de agosto de aos 79 anos.

 

“É com o coração pesado que eu tenho que informá-los da morte de David”, declarou Charles Koch. “Ele fará muita falta, mas nunca será esquecido.”

 

 

“É com tristeza que eu anunciou o falecimento de meu irmão David”, Charles Koch escreveu em um comunicado. “Há 27 anos, David foi diagnosticado com câncer avançado na próstata e recebeu um prognóstico ruim. Ele gostava de dizer que um combinado de excelentes médicos, medicações de primeira linha e sua própria insistência preveniram o avanço do câncer.”

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/23 – MUNDO/ NOTÍCIA / Associated Press / Por G1 – 23/08/2019)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo – MUNDO/ NOVA YORK / Por O Globo – 23/08/2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.486 – 24 E 25 de AGOSTO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 32)

(Fonte: https://forbes.uol.com.br/last/2019/08 – COLUNAS  / REDAÇÃO – 23 de agosto de 2019)

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