David Hockney, maior nome da pop art britânica

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INCANSÁVEL ARTISTA

Um dos mais influentes do mundo artistas do mundo

 

 

Tela ‘Woldgate Woods’, pintada por David Hockney em 2006 – (Richard Schmidt / Divulgação)

 

 

 

David Hockney, é um pintor, cenógrafo, fotógrafo e gravador britânico, maior nome da pop art britânica, considerado um dos mais produtivos da sua geração.

São mais de 25 000 obras, entre desenhos, pinturas, fotografias e vídeos. Entre às mais conhecidas está a série de piscinas, feitas em Los Angeles nos anos 60.

 

O artista britânico David Hockney, um dos mais importantes da segunda metade do século 20, nasceu numa família de operários de Yorkshire, no Norte da Inglaterra, passou a vida retratando diferentes culturas e combinando estilos.

Hockney não gosta de olhar para trás, prefere focar na produção do momento, no que ele vai fazer amanhã.

Hockney é movido pela inquietação, o artista se reinventa, adotou o tablet como forma de fazer arte, substituindo o caderno de desenho pela superfície lisa e iluminada.

Hockney nasceu em Bradford, na Inglaterra em julho de 1937 e educado primeiramente na Escola Primária de Wellington. Mais tarde ele foi para o Bradford Grammar School, Bradford College of Art e o Royal College of Art, em Londres, onde conheceu RB Kitaj.

 

 

 

O artista David Hockney baseia-se em seus retratos para o século XXI - (Foto: LA Times/ Reprodução)

O artista David Hockney baseia-se em seus retratos para o século XXI – (Foto: LA Times/ Reprodução)

 

 

 

Enquanto ainda era estudante no Royal College of Art, Hockney foi apresentado na exposição de jovens contemporâneos, ao lado de Peter Blake, que anunciou a chegada da Pop Art britânica.

Em 1963, Hockney visitou Nova York, fazendo contato com Andy Warhol (1928-1987). Uma visita mais tarde para Califórnia, onde viveu por muitos anos. Em 1967, ganhou o Prêmio John Moores com a pintura “Peter Getting Out Of Nick’s Pool”.

Às quatro pinturas mais recentes de David Hockney, são todas do jardim dele na Califórnia.

 

 

 

Pinturas mais recentes de David Hockney, são todas do jardim dele na Califórnia (Foto: Reprodução)

Pinturas mais recentes de David Hockney, são todas do jardim dele na Califórnia
(Foto: Reprodução)

 

 

Desde os anos 60, Hockney usou a fotografia para registrar sua família, amigos e viagens, que serviriam de base para novos estudos e pinturas. Mas foi só a partir dos anos 80 e do uso de uma câmera Polaroid SX-70 que o artista começou a experimentar com composições e fotocolagens de maneira mais radical e inovadora.

 

Trabalhos como Pearblossom Hwy, composto por dezenas de polaróides de uma estrada no deserto californiano de Antelope revelam uma maneira singular de buscar uma “terceira dimensão” e fugir de um único ponto de vista para uma imagem, numa forte influência do cubismo do início do século 20. Hockney realizou tais experiências com polaróides com elementos do seu dia, como a varanda de sua casa, uma mesa de trabalho e retratos de amigos.

Hockney teve sua mostra em Londres, em março de 2017, comemorando os seus 80 anos, como o maior nome da pop art britânica, das últimas seis décadas.

(Fonte: http://g1.globo.com – JORNAL DA GLOBO – 2 de março de 2017)

(Fonte: http://arteehistoriaepci.blogspot.com.br/2015/05/David Hockney – ARTE E HISTÓRIA – 05/2015)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos mais influentes do mundo artistas do mundo

O britânico David Hockney nunca foi muito de olhar para trás. Às vésperas de completar 80 anos, continua trabalhando incansavelmente e diz que prefere focar no que está por vir. Talvez por isso o público tenha esperado tanto tempo para ver a mais completa retrospectiva de um dos artistas mais populares e influentes do mundo — uma aventura que tem como ponto de partida os anos 1960, quando ele ainda era um aluno prodígio do Royal College of Art, até uma série de desenhos recentes feitos no iPad. A exposição inaugurada ontem pela Tate Britain, em Londres, é uma explosão de cores em torno dos temas que fascinam o artista desde sempre: sua casa, seus caminhos, suas relações. Expostas de forma cronológica, as 250 peças sintetizam o olhar generoso de Hockney sobre o mundo e sua disposição para desafiar as formas de retratar a realidade.

A exposição, um sucesso antes mesmo da abertura, com a Tate batendo recorde de venda de ingressos antecipados, levou quatro anos para ser montada. Entre idas e vindas de Londres a Hollywood, onde Hockney vive, os curadores encontraram um artista alegre por rever sua obra, mas preocupado em não mergulhar na nostalgia. Ele desejava apenas uma mostra que deixasse o público feliz, fosse diante do prazer de ver algumas de suas telas mais icônicas ou do fascínio despertado por desenhos em movimento riscados num tablet. Pinturas, gravuras, fotografias e vídeos ocupam 13 salas que misturam, pela primeira vez, clássicos como “A bigger splash” (1967) com quadros bem menos conhecidos do início da carreira de Hockney, além de obras inéditas, produzidas exclusivamente para a exposição, em cartaz até o fim de maio.

Constantemente apontado como o mais importante artista britânico vivo, Hockney é definido pelo curador Andrew Wilson como uma “força da natureza”:

— Ele tem uma visão periférica do mundo, um olhar que está sempre em movimento — afirma, chamando a atenção para a fase fotográfica do artista, nos anos 1980, quando criou montagens a partir de centenas de imagens feitas com uma Polaroid.

O ponto de partida da exposição é sua experimentação com o abstracionismo, numa Londres que começava a ser sacudida pela revolução cultural dos anos 1960. Em sua primeira mostra, em 1963, já se colocava como observador, pintando cenas domésticas que continuaram a ser uma marca do pintor, um dos primeiros artistas ingleses a assumir publicamente sua homossexualidade. A mudança para Los Angeles, até então uma cidade que ninguém havia retratado e cujas cores eram o oposto da chuvosa Inglaterra, fez do jovem Hockney, com seus cabelos muito louros e óculos de aro redondo e grosso, uma lenda.

 

OBSESSÃO POR ÁGUA EM MOVIMENTO

 

 

Apaixonado pelos espaços abertos, a arquitetura de linhas retas e o clima de hedonismo da Costa Oeste, retratou corpos bronzeados à beira das piscinas de Santa Monica, pátios ensolarados, amigos em poses informais, porém representados com a seriedade dos retratos tradicionais. Entre os destaques da mostra em Londres estão as salas dedicadas a essa primeira fase californiana de Hockney, que inclui o ciclo das piscinas (ele é obcecado pelo desafio de representar a água em movimento) e os retratos duplos. Entre os personagens, estão os pais do artista e nomes importantes na vida social californiana da época, como o escritor Christopher Isherwood e seu parceiro, Don Bachardy, um dos primeiros casais abertamente gays de Hollywood, cujo retrato não era visto no Reino Unido há mais de 30 anos.

 

David Hockney

Tela ‘Peter getting out of Nick’s pool’, de 1966 – (Richard Schmidt / Divulgaçao)

 

 

 

— Hockney tem uma extraordinária habilidade para captar a personalidade de lugares, pessoas e relacionamentos — resume Chris Stephens, cocurador da mostra da Tate, que teve inúmeros encontros com o artista nos últimos anos e conta que ele, aos poucos, foi se encantando com a chance de juntar obras de períodos tão diversos.

 

 

Hockney começou a perder a audição ainda na década de 1970, e hoje só ouve com o auxílio de aparelhos. Já sofreu um derrame e é conhecido como um fumante incurável, mas nada parece impedir sua vontade de produzir. Em 2006, depois de também criar cenários para óperas, voltou para Yorkshire e fez várias séries tendo como foco principal a paisagem rural. São telas monumentais e instalações digitais que celebram a mudança bem marcada das estações, um contraste com a sempre iluminada Califórnia.

 

David Hockney Tela ‘Garden with blue terrace’, pintada por David Hockney em 2015 – (Richard Schmidt / Divulgação)

 

 

 

De volta a Hollywood Hills desde 2013, Hockney voltou a pintar sua casa, mas a piscina agora aparece cercada por uma varanda azul e flores. As telas mais recentes da retrospectiva, que depois de Londres passará por Paris e Nova York, são do ano passado. Na última sala, a tecnologia de tablets e smartphones é usada para animar desenhos em movimento, embora a linha que sempre uniu as diferentes fases de Hockney continue clara. Para comemorar a abertura de sua maior retrospectiva, ele redesenhou o logo do jornal “The Sun”, o mais popular e conservador tabloide britânico. O desenho viralizou no Twitter e dividiu o público. O artista não aderiu ao debate, deixando as redes sociais se digladiarem em torno da relação entre arte e mídia.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais – CULTURA / ARTES VISUAIS / por Claudia Sarmento / Especial para O GLOBO – 10/02/2017)

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