Danilo Venturini, foi assessor do marechal Castello Branco, tornou-se o primeiro chefe de gabinete do recém-criado Serviço Nacional de Informações, SNI, sob o comando do general Golbery do Couto e Silva

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Danilo Venturini (Itarana, 28 de novembro de 1922 – Paranoá, 12 de novembro de 2015), foi um militar e político brasileiro, com a patente de general-de-brigada.

 

Defensor da abertura democrática, não se teve notícias de ligações de Venturini com os porões do regime. Católico praticante, estava casado por mais de seis décadas. Disciplinado, reservava as tardes para ler e organizar as anotações sobre os vinte anos em que ficou no poder.

 

 

Venturini foi assessor do marechal Castello Branco em 1964. Dois anos depois, tornou-se o primeiro chefe de gabinete do recém-criado Serviço Nacional de Informações, SNI, sob o comando do general Golbery do Couto e Silva.

 

 

Ainda tenente-coronel, passou seis anos assessorando o general Orlando Geisel, irmão do ex-presidente Ernesto Geisel, na chefia do Estado-Maior do Exército e depois no Ministério do Exército. O currículo de Venturini também inclui dois ministérios, Gabinete Militar e Assuntos Fundiários.

 

 

Foi chefe do Gabinete Militar no governo João Figueiredo, de 15 de março de 1979 a 24 de agosto de 1982, e ministro extraordinário para Assuntos Fundiários no mesmo governo, de 24 de agosto de 1982 a 15 de março de 1985.

 

 

Quando era chefe do Gabinete Militar do general Figueiredo, ele foi responsável por um dos assuntos mais turbulentos do país, a política nacional de informática. Venturini discordava da denominação “ditadura” para o regime militar. “O Congresso funcionava, havia eleições e o governo respeitava as manifestações da oposição”, dizia.

 

 

Em 22 de setembro de 1981 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.

 

De todos os últimos generais da ditadura, Venturini foi um dos poucos que não aparece entre os militares daquele período que não esteve entre o grupo de come-abelhas, que formavam a linha dura.

 

Fora do governo, passou a cuidar de sua fazenda de gado leiteiro localizada no núcleo rural de Paranoá, próximo a Brasília.

 

(Fonte: Revista Veja, 15 de dezembro de 1999 – ANO 32 – Nº 50 – Edição 1628 – BRASIL / MILITARES / Por Leonel Rocha – Pág: 50/57)

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