Claire Lee Chennault, foi um aviador militar americano mais conhecido por sua liderança dos ” Flying Tigers ” ea República Popular da China Força Aérea na Segunda Guerra Mundial.

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“Tigres Voadores”, um mito da História

 

 

Claire Lee Chennault (Commerce, Texas, 6 de setembro de 1893 – Nova Orleans, Louisiana, 27 de julho de 1958), foi um aviador militar americano mais conhecido por sua liderança dos “Flying Tigers” ea República Popular da China Força Aérea na Segunda Guerra Mundial.

Os “Tigres Voadores”, o corpo de pilotos voluntários americanos que combateu na China contra a invasão japonesa, completaram 75 anos como um verdadeiro mito da História.

Levados à fama pela mística das aventuras no Oriente, e uma imprensa e cinema empenhados em consagrar heróis bélicos, os Flying Tigers, nome assumido pelo Grupo de Voluntários Americanos (American Volunteer Group, AVG), se transformaram rapidamente em símbolo da resistência contra o Japão.

Imortalizados no cinema por figuras como John Wayne e Fred Astaire, os “Tigres”, um grupo de aventureiros e mercenários, chegaram rapidamente ao imaginário popular graças à imprensa e à Disney, autora do desenho do tigre voador pintado em seus aviões.

O grupo foi criado após a invasão japonesa de 1937, quando os modernos aviões japoneses liquidaram rapidamente a pequena e antiquada força aérea chinesa dentro da ofensiva das tropas nipônicas.

O líder chinês, Chiang Kai-shek, recrutou a preço de ouro alguns assessores americanos, liderados pelo comandante na reserva Claire Louis Chennault, para formar novos pilotos.

Chennault, grande piloto e pioneiro no desenvolvimento de táticas de combate aéreo, formou recrutas chineses e alguns mercenários, mas em 1940 voltou a Washington junto com o cunhado de Chiang (T.V. Soong, um graduado em Harvard).

Embora os EUA eram então neutros, o presidente Franklin Roosevelt, impressionado com as rápidas vitórias nazistas na Europa, queria fazer o possível para conter Alemanha e Japão.

Assim, Washington autorizou um empréstimo à China para comprar material bélico e de saúde (incluindo aviões) e permitiu a pilotos militares pedir licença e se alistar na Força Aérea da China, que lhes pagava o triplo de seu salário americano mais um prêmio por avião inimigo destruído.

Finalmente, Chennault e sua organização recrutaram cem pilotos e cerca de 250 técnicos, e conseguiram caças para tentar resistir aos bombardeiros japoneses que atacavam com impunidade as cidades chinesas.

O avião escolhido foi o Curtiss P-40 Tomahawk, menos operacional que os ligeiros caças japoneses, mas também mais robusto e resistente ao fogo inimigo.

As fuselagens foram decoradas com um símbolo que se tornou universal, embora não fosse original: uma boca de tubarão mostrando dentes ferozes. Tinham nascido os “Tigres Voadores”.

Após vários meses de transporte e preparação, em 20 de dezembro de 1941 (com os EUA já na guerra após o ataque japonês a Pearl Harbor), aconteceu seu primeiro combate: os “Tigres” frearam um bombardeio sobre a cidade de Kunming, derrubando três dos 12 aparelhos japoneses.

No entanto, a guerra fez com que Washington os integrasse em suas forças regulares, o que ocorreu em 4 de julho de 1942. “Os ‘Tigres’ entraram para a História”, escreveu Chennault, que continuou à frente do grupo, apesar de vários rejeitarem a disciplina militar e voltarem à vida civil.

Nesse período, os “Tigres” combateram na China e em Mianmar e foram quase o único freio às ofensivas japonesas no sudeste da Ásia. Receberam o crédito de derrubar 296 aviões, embora o número real seria de 114. Além disso, 22 de seus cem pilotos morreram ou foram feitos prisioneiros.

Este contingente “cobriu o vazio da Força Aérea chinesa”, explicou à Efe Xu Haiyun, catedrático de História da Universidade Renmin, de Pequim, ressaltando o impulso à moral que deram às forças chinesas.

A China comunista minimizou o papel dos nacionalistas de Chiang Kai-shek na guerra contra o Japão, embora recentemente o tenha avaliado e com isso ressurgiu o interesse chinês pelos “Tigres”, lembra Xu. Por exemplo, em março passado foi inaugurado um museu em sua memória em Guilin.

Embora o sobrenome continuou sendo usado na nova “China Air Task Force” até o final do conflito em 1945, os pioneiros do grupo disseram que eles foram os autênticos “Tigres”, lendários também por suas jaquetas, ainda hoje na moda.

O investigador e autor Daniel Ford ressalta em seu livro “Flying Tigers” (2007) o caráter aventureiro deste contingente, às vezes com casos de indisciplina, saque e contrabando.

Um dos pilotos foi Albert “Ajax” Baumler, mercenário da República na Guerra Civil espanhola, e o primeiro americano a derrubar aparelhos das três potências do Eixo.

Ainda sobrevivem três “Tigres” originais e bastantes “sucessores”, segundo Jobe, que acompanhou alguns deles, convidados pela China para os festejos de 2015 do 70º aniversário da derrota do Japão.

“O AVG tinha boa aparição na imprensa porque era o único ponto brilhante em um período muito obscuro de nossa História”, afirmou à Agência Efe Larry Jobe, presidente da Associação Histórica dos Tigres Voadores.

Claire Lee Chennault faleceu em Nova Orleans, Louisiana, em 27 de julho de 1958.
(Fonte: https://br.noticias.yahoo.com – NOTÍCIAS/ Pequim (EFE).- Rafael Cañas – 24 dez 2016)

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