Christopher Hogwood, maestro britânico, foi um pioneiro na apresentação de compositores do século 18, como Bach e Handel

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Christopher Hogwood, por vezes descrito como “o Karajan da música antiga”

Christopher Hogwood, maestro britânico, em imagem de maio de 2004, feita na Alemanha (Foto: Hermann Wüstmann/Associated Press)

Christopher Hogwood, maestro britânico, em imagem de maio de 2004, feita na Alemanha (Foto: Hermann Wüstmann/Associated Press)

Christopher Jarvis Haley Hogwood (Nottingham, 10 de setembro de 1941 – 24 de setembro de 2014), cravista e maestro britânico, foi um pioneiro na apresentação de compositores do século 18, como Bach e Handel

Responsável por mais de 200 gravações com a Academy of Ancient Music de Londres, que criou em 1973 e dirigiu até 2006, Hogwood estudou cravo com Gustav Leonhardt e integrou a Academy of St

O cravista e maestro inglês Christopher Hogwood, foi um dos maiores nomes da música historicamente informada, responsável por mais de 200 gravações com a Academy of Ancient Music de Londres, que criou em 1973 e dirigiu até 2006, Hogwood estudou cravo com Gustav Leonhardt e integrou a Academy of St. Martin in the Fields, regida por Sir Neville Marriner. Fez a primeira integral das sinfonias de Mozart e registrou as primeiras 79 das 104 sinfonias de Haydn com instrumentos de época ou réplicas exatas.

Musicólogo e pesquisador rigoroso, Hogwood fez restauros importantes de manuscritos de música antiga e também do período clássico (Haydn e Mozart). Transformou em celebradas gravações o resultado dessas pesquisas.

Esteve com a Academy of Ancient Music várias vezes no Brasil nos anos 80 e 90, no auge de seu prestígio mundial. Em 1980, gravou uma leitura de referência do oratório O Messias de Haendel, de 1980, com a soprano Emma Kirkby e o contratenor James Bowman. Ela foi incluída pela revista BBC Music como um dos 20 melhores discos de todos os tempos.

Seu magnífico trabalho, ao lado dos de Nikolaus Harnoncourt, Roger Norrington, John Eliot Gardiner e Trevor Pinnock, entre outros, criou novos padrões de interpretação para a música antiga em instrumentos de época. Aos poucos, os grupos de música antiga avançaram sobre o repertório clássico de Haydn-Mozart-Beethoven e nas últimas décadas estas releituras que pretendem reproduzir a sonoridade original das obras musicais chegou ao século 20, com leituras historicamente informadas até da Sagração da Primavera, de Stravinski.

Seu temperamento forte o fez ser chamado, a certa altura de sua carreira, de “Karajan da música antiga”. O fato é que ele foi um dos responsáveis pela mudança no modo como as orquestras modernas interpretam o repertório do período clássico. Hoje, quando tocam Haydn, Mozart e mesmo Beethoven, as orquestras optam por efetivos reduzidos, com cordas sem vibrato e andamentos mais acelerados – lições dos grupos historicamente informados como a AAM de Hogwood.

Grande parte de suas gravações para o selo L’Oiseaux-Lyre está disponível. No iTunes, você ouve a integral das sinfonias de Mozart e também Música Aquática e O Messias, de Haendel.

Christopher Hogwood morreu em sua casa em Cambridge, em 24 de setembro de 2014, aos 73 anos.

(Fonte: http://www.otempo.com.br – CELEBRIDADES – 25/09/14)

Agência Estado

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