Cary Grant, que ao longo de três décadas fora o mais durável mito sexual do cinema americano.

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Cary Grant, que ao longo de três décadas fora o mais durável mito sexual do cinema americano.

 

Cary Grant (Bristol, Inglaterra, 18 de janeiro de 1904 – Davenport, Iowa, 30 de novembro de 1986), nome artístico do inglês Archibald Alexander Leach nascido em Bristol, em 1904, que, ao longo de três décadas, sustentou-se como o mais durável mito sexual masculino do cinema americano.

 

Além de uma jovialidade aparentemente eterna, ajudou-o a manter-se sempre no papel de galã o fato de representar com frequência o herói seduzido, sempre desejado e quase nunca conquistado, em vez do sedutor implacável. Suas mais memoráveis interpretações foram nos filmes Penny Serenade (Serenata Prateada), de 1941, e None But the Lonely Heart (Apenas um Coração Solitário), de 1944, que lhe valeram duas indicações para o Oscar de melhor ator. Grant, no entanto, nunca chegou ao prêmio.

 

 

Assim que o código de produção cinematográfica foi estabelecido e começou a campanha contra os gays na tela e na vida real, a partir dos anos 30, com a entrada em vigor do Código Hays, que estabelecia a censura prévia dos filmes para eliminar qualquer detalhe que pudesse atentar contra a moral e os bons costumes, a marcação tornou-se ainda mais cerrada.

 

O caso do astro Cary Grant – um dos maiores ícones masculinos produzidos pelo cinema – é emblemático. Até então, o astro morava com seu namorado, o ator Randolph Scott (1898-1987), outro modelo de machão nas telas. Com a cruzada moralizadora, Grant resolveu casar-se, e casou-se com a atriz Virgina Cherrill (1908-1996). Desde o início, o casamento foi um desastre: Grant, que antes não ligava para nada, tentou o suicídio depois de alguns meses. Libertado pelo divórcio, voltou a morar com Scott. Ao longo da vida, teve cinco mulheres, e algumas nunca esconderam quanto foram infelizes.

 

Na velhice, ele frequentemente era visto num restaurante com seu velho e bom amigo Scott, de mãos dadas.

 

Um derrame cerebral, em Davenport, Iowa, encerrou a 30 de novembro de 1986 a carreira, aos 82 anos.

(Fonte: Veja, 31 de dezembro de 1986 – Edição 956 – Memória – Pág; 224)
(Fonte: Veja, 10 de dezembro de 1986 – Edição 953 – DATAS – Pág; 115)

(Fonte: Revista Veja, 15 de dezembro de 2002 – ANO 36 – Nº 2 – Edição 1785 – Livros / Por Marcelo Marthe – “Bastidores de Hollywood” de William J. Mann é um romancista americano, biógrafo e historiador de Hollywood – Pág: 90/91)

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