Carlos Kleiber, maestro argentino-austríaco, um dos regentes mais importantes do século 20

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Carlos Kleiber (Berlim, 3 de julho de 1930 – Konjsica, Eslovênia, 13 de julho de 2004), maestro argentino-austríaco, um dos regentes mais importantes do século 20.

Kleiber é considerado pelos apreciadores de música um dos mais importantes e enigmáticos maestros do século XX.

O maestro nasceu em 3 de julho de 1930 em Berlim, filho do famoso maestro austríaco Erich Kleiber, que poucos anos depois foi obrigado a emigrar junto com sua família para Buenos Aires, devido à perseguição do regime nazista.

Carlos Kleiber iniciou sua carreira musical na Argentina, onde regeu em 1952 pela primeira vez uma orquestra, no teatro de La Plata.

Na metade dos anos 50, na sua volta à Europa, Kleiber foi obrigado por seu pai a estudar Química na Universidade de Zurique (Suíça), embora sua vocação de músico acabasse se impondo. Com isso, ele iniciou uma importante carreira como maestro em diversas orquestras europeias.

No entanto, contratos fixos como os assinados com as orquestras de Potsdam, Düsseldorf, Zurique e Stuttgart foram a exceção durante sua carreira, marcada por atuações extremamente brilhantes mas esporádicas.

Kleiber era um perfeccionista com uma difícil personalidade e foi considerado durante muitos anos o “rebelde da música clássica”, ao provocar vários escândalos por cancelar apresentações de última hora sem motivo aparente.

O mito do maestro, que nunca falou com a imprensa, se deve às suas raras atuações. O grande maestro austríaco Herbert von Karajan chegou a dizer uma vez que Kleiber “só rege se acabar a comida na sua geladeira”.

Durante seus anos em Buenos Aires, Kleiber e sua família se nacionalizaram argentinos, por isso perderam sua cidadania austríaca, que foi devolvida finalmente em 1980.
Em Viena, a cidade natal de seu pai, realizou alguns de seus maiores triunfos, o mais importante em 1994 com a regência da ópera “O cavaleiro da rosa”, de Richard Strauss.

Nos anos 1989 e 1992, ele esteve à frente da Orquestra Filarmônica de Viena no tradicional Concerto de Ano Novo.

O maestro da Ópera de Viena, Ioan Holender, que manteve com Kleiber um intenso contato por carta durante os últimos anos, disse hoje em Viena que “morreu o mais importante dos maestros contemporâneos”.

“As atuações tão esporádicas de Kleiber se explicam porque ele buscava na arte o que ninguém encontra: o absoluto”, declarou Holender.

Carlos Kleiber morreu em 13 de julho de 2004, aos 74 anos de idade e foi enterrado na Eslovênia, país de origem de sua mãe.

(Fonte: Veja, 2 de fevereiro de 2005 – ANO 38 – Nº4 – Edição 1890 – Veja Recomenda – Pág: 112)

(Fonte: http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI346321-EI3615,00- DIVERSÃO – ARTE E CULTURA – 19 de julho de 2004)

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