Carlos Augusto Strazzer, ator que começou a se projetar em O Profeta, novela exibida na Rede Tupi

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Carlos Augusto Strazzer inicia carreira em peça censurada pela ditadura em 1967

Sucesso no teatro, na TV e no cinema

Nas novelas, ganhou popularidade com o bruxo Argemiro de ‘Mandala’, da Rede Globo

Carlos Augusto Strazzer (São Paulo, 4 de agosto de 1946 – Petrópolis, 19 de fevereiro de 1993), ator paulista. Strazzer começou a se projetar em O Profeta, novela exibida na Rede Tupi em 1977.

Um de seus personagens de maior sucesso na televisão foi o conselheiro Crespy da novela Que Rei Sou Eu?, da Rede Globo, em 1989.

 

Carlos Augusto Strazzer iniciou sua carreira na televisão na TV Record e na extinta TV Tupi, de São Paulo, na década de 70. Ganhou popularidade com o bruxo Argemiro de “Mandala”, exibida pela Rede Globo, em 1987. Nos anos 70, ja havia feito sucesso com outro personagem paranormal, Daniel, em “O profeta”, novela exibida pela TV Tupi. Espiritualista e místico, o ator paulista começou a enfrentar problemas de sáude em 1990, e interrompeu seu trabalho em “Que rei sou eu?”.

Carlos Augusto Strazzer começou sua carreira artística no teatro por acaso. Era 1967 e ele tinha acabado de retornar de uma viagem internacional quando leu um anúncio classificado oferecendo uma vaga para ator. Ganhou seu primeiro papel na peça “Os sinceros”, de Idibal Piveta, que foi censurada antes de ser encenada. Mas Strazzer gostara da experiência no palco.

 

Em 1968, mostrou ao público seu primeiro personagem: o cavalinho do “Carrossel zangado”, de Maurício Rozenkoff. Depois de 12 anos fazendo teatro, estreou na televisão em 1970 na novela “As pupilas do Senhor Reitor”, exibida pela TV Record. Dois anos depois, interrompeu a carreira que estava deslanchando e passou o ano inteiro vivendo em uma comunidade agrícola no interior de São Paulo.

Mas Strazzer deixou a vida de agricultor de lado e fez seis novelas seguidas na TV Tupi, além de teatro. Em 1977, o sucesso do papel-título de “O profeta” lhe valeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte como o melhor ator de televisão do ano. Em 1980, estreou na Rede Globo como o Piero Camerino de “Coração alado”, de Janete Clair. Ele ainda participaria de “Livre para voar”, “Champagne” e “Jogo da vida”. Em 1983, então com 20 peças no currículo, Strazzer interpretou Che Guevara, o grilo-falante do musical “Evita”, apresentado no Teatro João Caetano. No cinema, participou de “Gajin” e “O beijo da mulher aranha”.

Cassiano Gabus Mendes, autor da novela exibida pela Rede Globo no horário das 19h, “matou” o conselheiro Crespy Aubriet. Mas Strazzer se recuperou e voltou ao Reino de Avilan, dois meses depois, para dar continuidade ao seu último personagem numa telenovela. Na mesma época, apareceu ainda na minisserie “O cometa”, exibida pela TV Bandeirantes, como o mascate Habib. No inicio de 1990, seu estado de saúde piorou e Strazzer internou-se primeiro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e depois no Hospital Oswaldo Cruz, também na capital paulista, onde foi atendido pelo médico especialista em doenças infecto-contagiosas Michal Gejer.

 

 

Em 1992, fez seu último papel na TV na minissérie O Sorriso do Lagarto e dirigiu, no teatro, a peça Dorotéia, de Nelson Rodrigues. Em maio de 1992, numa corajosa entrevista a Veja, Strazzer assumiu publicamente a doença.

Strazzer morreu no dia 19 de fevereiro de 1993, aos 47 anos, de pneumonia em consequência de Aids, em Petrópolis.

(Fonte: Veja, 3 de março de 1993 – ANO 26 – Nº 9 – Edição 1277 – Datas – Pág; 67)

(Fonte: Veja, 5 de janeiro de 1983 – Edição 748 – Televisão – Pág: 56/57)

(Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque – EM DESTAQUE – CULTURA – 09/02/18)

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