Carlos Altamirano, ex-dirigente socialista chileno, acusado pela radicalização da Unidade Popular no governo de Salvador Allende e alvo do golpe militar de Augusto Pinochet em 1973

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Dirigente histórico do socialismo chileno

 

Ex-secretário geral do PS encabeçou a lista de procurados pela ditadura militar de Pinochet

 

 

Carlos Altamirano Orrego (Santiago, Chile, 18 de dezembro de 1922 – 19 de maio de 2019), ex-dirigente socialista chileno, acusado pela radicalização da Unidade Popular no governo de Salvador Allende e alvo do golpe militar de Augusto Pinochet em 1973.

 

Altamirano foi um dos protagonistas do governo de Salvador Allende, da Unidade Popular (UP) entre 1970 e 1973, encerrado por um golpe de estado encabeçado pelo general Augusto Pinochet.

 

Adepto da via armada, Altamirano defendia a tese de que o processo revolucionário democrático em curso no país devia também se preparar militarmente como forma de reação aos setores oligárquicos que já começavam a se articular contra o governo de Allende.

 

Por essa razão, alguns setores responsabilizam Altamirano pela desestabilização que ocorreu no interior da UP, já que Allende defendia uma transição pacífica ao socialismo. O dirigente também foi responsável por denunciar, dois dias antes do golpe que assassinou o ex-presidente, que um golpe estava em curso.

 

Altamirano foi acusado tanto pela direita como pela esquerda de ser o grande responsável pelo fracasso do governo Allende (1970-1973) por permitir o crescimento de movimentos radicais dentro da Unidade Popular – a coalizão de partidos de esquerda – e de defender a via armada que polarizou o país e resultou no golpe de Pinochet.

 

Ele nasceu em 18 de dezembro de 1922, em uma família próspera de Santiago. Seu avó fundou e presidiu o Banco do Chile.

 

Advogado de profissão, foi secretário-geral do PS chileno de 1971 a 1979, deputado (1961-65) e senador (1965-73).

 

Depois do golpe, encabeçou a lista das pessoas mais procuradas pelo regime militar. Nunca foi revelado como conseguiu fugir do país. Repareceu em Cuba, em 1974, e viveu no exílio na Alemanha e na França, se convertendo num dos artífices da renovação socialistas, deixando para trás posturas marxistas-leninistas.

 

Voltou ao Chile em 1991 com a restauração da democracia, mas deixou exercer a política, optando pelo ostracismo.

 

 

Histórico

 

 

Altamirano nasceu em 18 de dezembro de 1922, em Santiago. Advogado de profissão, assumiu seu primeiro cargo público em 1953 como subsecretário da Fazenda, durante o governo do presidente Carlos Ibáñes del Campo (1877-1960).

 

Atuou como deputado entre 1961 e 1965. Se tornou senador também em 1965, tendo sido reeleito nas eleições seguintes. Só deixou o cargo em 1973, ano em que começou a ditadura militar.

 

Após o golpe, encabeçou a lista de pessoas mais procuradas pelo regime de Pinochet, tendo sua imagem inclusive divulgada em jornais da época. Nunca se soube ao certo como conseguiu fugir, apenas que passou pela Argentina e que, posteriormente, viveu na Alemanha e na França.

 

Voltou ao Chile em 1991, um ano depois do fim da ditadura militar, no entanto, não retornou à vida política. Passou seus últimos anos recluso, dando poucas entrevistas.

 

Carlos Altamirano faleceu em 19 de maio de 2019 aos 96 anos.

Em nota, o PS chileno lamentou a morte de um de seus mais proeminentes dirigentes. “O Partido Socialista do Chile anuncia com pesar o falecimento do nosso ex-secretário geral e ex-senador da República, companheiro Carlos Altamirano Orrego”, informou.

(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.404 – 21 de MAIO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 31)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2019/05/20 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS / INTERNACIONAL / Por Agência France-Presse (AFP) Santiago – 20 Mai 2019)

(Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2019/05/20 – Brasil de Fato | INTERNACIONAL / São Paulo (SP) – 

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